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2 de julho de 2016

NÃO ADIANTA BRIGAR COM OS FATOS




No que seriam os estertores de sua permanência no poder, mesmo agora limitados, Madame surpreendeu uma vez mais. Esta semana concedeu entrevista a uma revista francesa e disse com todas as letras: o Lula será candidato a presidente em 2018.

Até o dia em que deixar definitivamente o poder, prevê-se que a 26 de agosto, Dilma Rousseff não dará o braço a torcer. Não admitirá a iminência de estar saindo. Logo depois, porém, dará troco. Lançará o antecessor para sucessor.

É preciso atentar para o conteúdo. Concorde-se ou não com ele, o Lula dispõe de pelo menos metade do eleitorado. O PT pode estar em frangalhos, desmoralizado e exangue, mas dispõe de uma liderança inconteste. Para seus contingentes, permanece sua primeira e única opção, a despeito de sítios, apartamentos, palestras e viagens subsidiadas.

Com uma vantagem: o outro lado carece de uma única opção, muito pelo contrário. Ainda que no final possam a aglutinar-se num só nome, partirão para o embate sucessório com vasto leque de opções. Aécio Neves, Geraldo Alckmin José Serra, Ciro Gomes, Marina Silva, Ronaldo Caiado e quantos mais?

Desgastado o ex-presidente está, até às voltas com a Justiça. Uma vez lançado, porém, crescerá. Primeiro, por falta de opção. O PT não dispõe de outra saída. Depois, pela dificuldade de seus concorrentes se entenderem antes do primeiro turno. Por último, os prováveis fracassos do governo Michel Temer em sua trajetória neoliberal. 

Em suma, eis um novo personagem no palco, que não pode ser ignorado. Não adianta brigar com os fatos.

Por: Carlos Chagas

Sábado, 02 de julho, 2016

1 de julho de 2016

CASOS DE INFARTO AUMENTAM 30% DURANTE INVERNO



O infarto é uma das principais causas de morte entre os brasileiros. Durante o período de inverno, o número de casos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) chega a subir cerca de 30%, especialmente entre a população idosa. Isso porque entre julho e agosto, quando as temperaturas médias ficam em torno de 14 graus em algumas regiões do País, a reação do corpo ao frio pode desencadear esse quadro.

Segundo o cardiologista do Instituto do Coração (Incor), Luiz Antônio Machado César, que desenvolveu um estudo sobre o tema, os casos são mais recorrentes entre pessoas com mais de 65 anos, cujo sistema cardiovascular é mais frágil. Esse também é o caso de pessoas com hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade, que têm maior propensão a doenças coronárias, que reduzem o calibre dos vasos.

"Ao se expor ao frio, há a contração das artérias, o que pode provocar a quebra da placa de aterosclerose. Isso leva a formação de um coágulo dentro da artéria, que entope e causa o infarto", esclareceu o médico.

Causas

O infarto ocorre quando o fluxo de sangue nos vasos que irrigam o coração é interrompido, seja por coágulos ou obstrução das artérias pelo acúmulo de gordura. Mas, durante o inverno, há outros fatores que contribuem para o aumento de casos. Nesse período, o corpo libera mais adrenalina para equilibrar a temperatura corporal, e, para isso, reduz a espessura dos vasos, que se contraem.

Também nessa época, há a elevação na ocorrência de infecções respiratórias. Por isso, Machado alerta: "não sair no frio e, se precisar sair, que seja bem protegido".

O médico também lembrou que a poluição do ar é outro fator que aumenta o risco de infartos nessa época do ano, por causa da inversão térmica. Esse é um fenômeno comum nas grandes cidades, quando a camada de ar mais frio, que concentra os poluentes, fica retida perto da superfície pelo ar quente, que é menos denso. 
Prevenção

A prevenção contra o infarto está ligada à adoção de hábitos saudáveis no longo prazo, como manter uma dieta balanceada com a ingestão de, no mínimo, cinco variedades de frutas, prática de pelo menos 30 minutos de exercícios físicos diários e não fumar. Essas práticas evitam o surgimento e o agravamento de doenças coronárias e diminuem as chances de infarto em até 75%, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Machado também ressaltou que a vacinação para prevenir a gripe é outra maneira de evitar problemas cardiovasculares no inverno. De acordo com o cardiologista, a vacina reduz de 6% a 10% a quantidade de internações por infarto nos hospitais públicos.

"A vacina diminui a incidência desses problemas, por isso tem sentido ser aplicada em pessoas de mais idade, nas que já sabem que têm doenças crônicas e grávidas", afirma.

Consequências

Dependendo do tempo para o socorro e a gravidade do problema, o paciente pode enfrentar consequências por conta do infarto, como insuficiência cardíaca. Em geral, o acompanhamento médico será para toda a vida, com o uso de medicação como aspirina e estatina, que reduzem as taxas de colesterol e freiam a evolução da doença. 

Casos

Ao todo, no ano passado, 101.156 pacientes foram internados por conta do infarto do miocárdio. Desses, 87.234 morreram nos hospitais, o equivalente a 86% das internações. Segundo a OMS, todos os anos, 17,5 milhões de pessoas morrem no mundo por causa de infartos, o que representa 31% dos óbitos.

Fonte: Ministério da Saúde

Sexta-feira, 1º de julho, 2016


A LUTA DO LOBBY CONTRA A PICARETAGEM




Com a instalação da Assembleia Nacional Constituinte em 1º de Fevereiro de 1987 houve mobilização da sociedade civil e de órgãos públicos em preparar pessoas para trabalhar na defesa dos seus interesses criando-se atuação intensa dos diversos setores e a contratação de profissionais especializados na atividade de relações governamentais.

O senador Marco Maciel, em 1984, havia apresentado projeto de lei regulamentando a atividade de lobby no Congresso Nacional, instituindo o controle e a transparência das ações de lobistas.

O projeto do senador Maciel foi debatido em vários centros de estudos inclusive com a participação de especialistas internacionais. A Universidade de Brasília – UNB – sob a direção do professor David Fleischer ministrou cursos de especialização sobre a instituição do lobby no Brasil, processo legislativo, relações Institucionais e governamentais credenciando, desde então, centenas de profissionais que atuando individualmente ou em conjunto com especialistas de outras áreas, prestaram e prestam auxílio aos parlamentares, aos governos e aos contribuintes.

É claro que em um ambiente de conflitos de interesses constantes, logo surgiram os “picaretas” que, aproveitando-se da proximidade com autoridades, adotaram métodos ilícitos ou duvidosos para atingir os seus objetivos.

A eleição de pessoas sem vocação política, interesse público e disposição de trabalhar, exigiu do parlamento, por concurso público, a contratação de assessores qualificados que dedicam longas jornadas de estudos para bem preparar os projetos de leis a serem propostos pelos parlamentares.

Ao longo dos anos, grupos que financiavam a eleição de parlamentares, para incrementar os negócios dos seus setores, entraram na política passaram a participando diretamente do processo legislativo provocando, consequentemente, a aprovação de leis estapafúrdias e inconstitucionais que só viriam a ser derrubadas após percorrerem os longos caminhos do judiciário.

Políticos desqualificados e seus cúmplices, ao constatarem o caminho livre para mudar a legislação para favorecer ou prejudicar interesses privados e públicos passaram, eles próprios, ou por intermédio de prepostos, a agregar parceiros na aprovação de projetos direcionados aos seus propósitos montando uma verdadeira feira de picaretagem, hoje monitorada e desmontada pelos órgãos competentes.

Neste embate, a regulamentação da atividade de lobby tramita há mais de trinta anos sem definição. Em outubro de 2015, o conceituado IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - divulgou alentado estudo sobre a questão intitulado “Percepções sobre a regulamentação do lobby no Brasil: Convergências e Divergências”, de autoria dos professores Manoel Leonardo dos Santos e Lucas Cunha que, infelizmente, foi desprezado pelo governo já contaminado pelas descobertas da rede de corrupção instalada no país; o estudo é público e pode ser aproveitado para fundamentar a necessária discussão na sociedade civil e no Congresso Nacional.

O senador Ricardo Ferraço é relator da matéria no Senado Federal e tem se empenhado em ouvir e debater a questão com estudiosos e interessados, para aprofundar o seu conhecimento e elaborar o relatório e voto sobre este assunto tão relevante.

Não há dúvidas de que, com a regulamentação da atividade de lobby e das relações governamentais, o país poderá, finalmente, conhecer através da transparência e da fiscalização, os procedimentos praticados por todos os que desejarem participar com ética e interesse público no aprimoramento da legislação nacional.

Por: Paulo Castelo Branco

Sexta-feira, 1º de julho, 2016