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1 de fevereiro de 2017

FUTURO DA LAVA JATO VIRÁ DE UM LANCE DE DADOS?




Nesta quarta-feira, um lance de dados decidirá o futuro da maior investigação sobre corrupção da história do País. Ao que tudo indica, o novo relator da Lava Jato será escolhido, por sorteio, nesta quarta-feira, entre cinco ministros do Supremo Tribunal Federal: o decano Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin, que deve pedir sua transferência para a turma da corte que acompanha o caso.

Em tese, portanto, serão 20% de chances para cada um, se o sistema de sorteio do Supremo Tribunal Federal não for viciado – o que, pelo histórico recente, não é propriamente uma garantia.

Definir uma escolha dessa importância por meio de um sorteio, no momento em que o Brasil vive, é algo de extrema gravidade. Como muitos sabem, Dilma Rousseff, a presidente legítima, foi afastada por meio de um golpe parlamentar, arquitetado por políticos corruptos que brilham nas 77 delações da Odebrecht.

O objetivo deste golpe, que já produziu a maior recessão da história do País, foi, como definiu precisamente o senador Romero Jucá (PMDB-RR), estancar a sangria da Lava Jato. Ou, em outras palavras, parar essa porra, como ele mesmo disse.

Há pouco mais de uma semana, a possibilidade de estancar a sangria se materializou quando o ex-ministro Teori Zavascki morreu num trágico acidente aéreo, cujas causas ainda não foram esclarecidas. Além disso, já se sabe que as delações da Odebrecht atingem Michel Temer, que pediu e recebeu R$ 10 milhões que saíram do departamento de propinas da Odebrecht, como vários de seus ministros, como José Serra e Eliseu Padilha. Sabe-se também que Aécio Neves (PSDB-MG), o principal arquiteto do golpe, foi também delatado por propinas nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Portanto, um sorteio definirá quem irá, em última instância, acolher ou não pedidos de inquérito formulados pela procuradoria-geral da República, contra a elite política do País.

Qualquer que seja o escolhido suscitará questionamentos – principalmente, se o dado cair no nome de Gilmar Mendes, que se disse amigo de 30 anos de Michel Temer, depois de um encontro recente no Palácio do Jaburu.

Diante desse cenário, a única alternativa para evitar dúvidas sobre a lisura do processo é pedir o fim do sigilo sobre todas as delações – uma medida que já deveria ter sido tomada pelo procurador-geral Rodrigo Janot e pela presidente da corte, ministra Cármen Lúcia. Medida esta que já foi defendida pela Ordem dos Advogados do Brasil. Só assim será possível evitar que o Supremo asse a maior pizza da história da humanidade.

Quarta-feira, 1º de fevereiro de 2017 ás 13hs00

JUSTIÇA FEDERAL EM CURITIBA RETOMA TRABALHOS DA OPERAÇÃO LAVA JATO




Os trabalhos da Operação Lava Jato serão retomados hoje (1º) na Justiça Federal em Curitiba. Cinco testemunhas de acusação devem ser ouvidas nesta quarta-feira, na ação penal que investiga o ex-ministro Antônio Palocci, o empresário Marcelo Odebrecht e mais 13 pessoas. Eles foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, após a 35ª fase da Lava Jato, chamada de Omertá, deflagrada em setembro do ano passado e que resultou na prisão de Palocci. Tanto o ex-ministro quanto Marcelo Odebrecht estão presos na carceragem da Polícia Federal (PF) na capital paranaense.

Estão previstos para hoje os depoimentos dos executivos da empresa UTC, Ricardo Pessoa e Walmir Santana, e dos empresários Vinícius Veiga Borin, Marco Pereira de Sousa Bilinski e Luiz Augusto França. Todos já assinaram acordos de delação premiada com a Justiça.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Palocci e a construtora Odebrecht teriam estabelecido um “amplo e permanente esquema de corrupção” entre 2006 e 2015. O esquema envolveria o pagamento de propina ao Partido dos Trabalhadores (PT). Os procuradores do MPF afirmam que o ex-ministro teria atuado de modo a garantir que a empreiteira vencesse licitação da Petrobras para a contratação de 21 sondas.

Entre os denunciados no processo aparecem também o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, o ex-marqueteiro do PT João Santana, a publicitária Mônica Moura, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e João Carlos Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil.

À época em que foram feitas, as prisões foram criticadas pela defesa de Palocci. Os advogados disseram que tudo ocorreu no estilo “ditadura militar”, de maneira secreta, e negaram as acusações, que consideraram vazias. O diretório nacional do partido classificou o fato como espetáculo pré-eleitoral, já que aconteceu seis dias antes das eleições municipais. (ABr)

Quarta-feira, 1º de fevereiro de 2017 ás 9hs15