Se não é, seja nosso novo seguidor

Cadastre-se você também, ja somos 46 brothers no Clube Vip *****

8 de outubro de 2017

FUNDO CRIADO PARA BANCAR CAMPANHAS JÁ NASCE COM ROMBO DE R$ 300 MILHÕES




O fundo eleitoral criado para bancar as campanhas provocará no Orçamento do ano que vem um “rombo” de ao menos R$ 300 milhões. Embora parlamentares usem o discurso de que o fundo não vai tirar recursos públicos de outras áreas, como saúde e educação, esse valor terá de ser coberto com verba do Tesouro já que os cálculos para chegar ao total de R$ 1,77 bilhão consideraram uma receita que não será obtida em 2018.

A nova legislação, sancionada anteontem pelo presidente Michel Temer, cria o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, abastecido com parte dos recursos originários de emendas de bancadas e o restante pela compensação fiscal gerada a partir do fim da propaganda partidária nas emissoras de rádio e TV em anos não eleitorais. O fundo público para abastecer as campanhas é uma medida alternativa ao financiamento empresarial, proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2015.

Pela proposta aprovada no Congresso, o fundo receberá o “equivalente à somatória da compensação fiscal que as emissoras comerciais de rádio e televisão receberam pela divulgação da propaganda partidária efetuada no ano da publicação da lei e no ano imediatamente anterior”. De acordo com cálculos dos parlamentares, isso significa algo em torno de R$ 450 milhões – R$ 300 milhões equivalentes a 2017.

Porém, como 2018 é ano de eleição, e apenas no primeiro semestre são veiculadas as chamadas propagandas partidárias, o governo deverá arrecadar das emissoras, com o fim da transmissão dessas peças, algo em torno de R$ 150 milhões. Ou seja, como o projeto foi sancionado com essa redação, haverá um déficit de pelo menos R$ 300 milhões.

Conta. Segundo técnicos do Senado que participaram da elaboração da proposta, a previsão inicial era de que, apesar do déficit inicial, o fim da propaganda de partidos e candidatos na TV e no rádio pudesse gerar saldo positivo de quase R$ 100 milhões em três anos. A conta leva em consideração os impostos que serão pagos pelas emissoras com o fim do benefício fiscal. Mas o estudo incluiu o fim do programa eleitoral, o que não foi aprovado pelo Congresso.

Durante a discussão, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), repetiu diversas vezes que o fundo não poderia ter dinheiro “novo”. “Venho dizendo há bastante tempo que temos que encontrar uma solução sem mexer na saúde, na educação e sem buscar dinheiro novo. E, sim, dinheiro que já é gasto com a política. Chegou a hora de os políticos e a política cortar na própria carne”, defendeu o senador na reta final das discussões.

Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicava que o valor total do fundo fosse um valor condizente com a situação fiscal do País. Ainda no primeiro semestre, o Congresso chegou a cogitar um fundo público que poderia ultrapassar o montante de R$ 3,6 bilhões, mas os parlamentares recuaram depois de críticas.

Emendas

Um problema semelhante ocorre com o dinheiro de parte das emendas de bancadas que deve ser usado para abastecer o fundo.

Esses recursos costumam ser apenas uma “promessa”, pois, na prática, o governo pouco libera ou demora anos para liberar o que foi reservado para esse tipo de emenda.

Pela proposta aprovada no Congresso, o governo terá que repassar de uma vez só para o fundo 30% dos R$ 4,4 bilhões previstos para próximo ano, o que corresponde a R$ 1,32 bilhão. Neste ano, por exemplo, o governo pagou apenas 0,9% desse tipo de emenda até agora.

As emendas são indicações das bancadas estaduais e do Distrito Federal de como o governo deve gastar parte dos recursos previstos no Orçamento. Vão desde a construção de obras de infraestrutura, como uma ponte, a valores destinados a programas de saúde ou educação.

Desde 2015, o governo é obrigado a fazer o pagamento dessas indicações. Em 2016, cada uma das 27 bancadas teve até R$ 224,7 milhões divididos em emendas. (AE)

Domingo, 08 de outubro, 2017 ás 00hs05

7 de outubro de 2017

TEMER VETA ARTIGOS DA REFORMA, COMO O RATEIO DO FUNDÃO E CENSURA NA INTERNET




O constitucionalista Michel Temer não hesitou e nem economizou tinta na caneta ao exercer a prerrogativa presidencial de vetar partes da Reforma Política. As novas regras foram sancionadas no limite do prazo, já que sábado (7/10) é o último dia para que alterações na legislação eleitoral tenham validade nas eleições de 2018.

O presidente sancionou a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que ficou conhecido no Congresso como "fundão" e terá R$ 1,7 bilhão estimados para financiar as candidaturas.

Basicamente, todos os detalhes de como o fundão de R$ 1,7 bilhão seria distribuído foram vetados pelo presidente. O texto original do projeto esperava destinar 49% dessa montanha de dinheiro para as campanhas seriam divididos entre os partidos na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição para a Câmara dos Deputados.

O restanre ficaria assim: 2% (dois por cento), divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral; 34% (trinta e quatro por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes na Câmara, consideradas as legendas dos titulares; e 15% (quinze por cento), divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado Federal, consideradas as legendas dos titulares.

Mas Michel Temer decidiu que será responsabilidade do Tribunal Superior Eleitoral fazer o rateio do valor a ser dividido.

Censura na internet

O segundo veto de Michel Temer sobre as alterações que a Câmara e o Senado promoveram sobre a legislação eleitoral retirou do texto a bizarra tentativa de censurar o conteúdo na internet (nas redes sociais e nos veículos de comunicação.

Foi vetada por completo a redação do parágrafo 6º do artigo 57-B, que dizia: “A denúncia de discurso de ódio, disseminação de informações falsas ou ofensa em desfavor de partido ou candidato, feita pelo usuário de aplicativo ou rede social na internet, por meio do canal disponibilizado para esse fim no próprio provedor, implicará suspensão, em no máximo vinte e quatro horas, da publicação denunciada até que o provedor certifique-se da identificação pessoal do usuário que a publicou, sem fornecimento de qualquer dado do denunciado ao denunciante, salvo por ordem judicial.”

O presidente sancionou a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que ficou conhecido no Congresso como "fundão" e terá R$ 1,7 bilhão estimados para financiar as candidaturas.

Dentre os dispositivos vetados por Temer estão:

 - o que abria caminho para censura em publicações na internet.

- o artigo da reforma que provocou divergências sobre a extinção ou não do autofinanciamento dos candidatos. O veto do presidente manteve a permissão do autofinanciamento dos candidatos nas campanhas.

- o novo limite da doação de pessoa física, ficando a regra que estabelecia como limite para doação de pessoa física apenas os 10% dos rendimentos brutos declarados no ano anterior à eleição,

Limite de gastos

O presidente manteve as novas previsões de limites de gastos das campanhas, que deverão levar em consideração doações e recursos do fundo eleitoral:

Presidente: total de R$ 70 milhões para toda a campanha. E metade deste valor será o teto do 2º turno, se houver.

Governador: valores totais variam de R$ 2,8 milhões até R$ 21 milhões, de acordo com o número de eleitores do estado. O teto para 2º turno será a metade desses valores.

Senador: de R$ 2,5 milhões a R$ 5,6 milhões, de acordo com o número de eleitores do estado.

Deputado federal: R$ 2,5 milhões, independentemente do estado.

Deputado estadual: R$ 1 milhão, independentemente do estado.

Os projetos sancionados por Temer estabelecem, entre outros pontos, limites de custos de campanha, além de regulamentar a distribuição do recém criado fundo eleitoral.

Temer, conforme apurou o G1, vinha discutindo desde quinta-feira com auxiliares da equipe jurídica e políticos da base aliada os pontos a serem sancionados e vetados na reforma.

Fundo eleitoral

O presidente manteve as novas regras para a distribuição do fundo eleitoral, elaborado pelos parlamentares para financiar as campanhas, e que deve ser composto por mais de R$ 1,7 bilhão. O fundo será composto por recursos públicos e dividido da seguinte forma:

2% igualmente entre todos os partidos;

35% entre os partidos com pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, proporcionalmente aos votos obtidos por eles na última eleição para a Câmara dos Deputados;

48% entre os partidos na proporção do número de deputados na Câmara em 28 de agosto de 2017;

15% entre os partidos na proporção do número de senadores em 28 de agosto de 2017.

Cláusula de barreira

Também faz parte da reforma política uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e que estipula uma cláusula de barreira e o fim das coligações a partir de 2020.

Por se tratar de uma PEC, não passou pela sanção presidencial.

Lei de Cartórios

Michel Temer também vai vetar na segunda-feira (9/10) uma mudança na Lei de Cartórios que previa que a legislação estadual iria dispor sobre as normas e os critérios para o concurso de remoção, inclusive daqueles que tivessem sido destituídos da função. Para o presidente, a medida causaria insegurança jurídica.

Por: Tiago de Vasconcelos

Sábado, 07 de outubro, 2017 ás 19hs00

APESAR DA RETOMADA, MEDO DO DESEMPREGO SOBE NO PAÍS




O medo do brasileiro de ficar sem trabalho voltou a subir apesar de o País apresentar alguns sinais de recuperação da produção e postos de trabalho. É o que mostra levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Medo do Desemprego subiu para 67,7 pontos em setembro, alta de 1,6 ponto em relação ao registrado em julho.

O indicador de setembro é o segundo maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. Os únicos valores maiores que o do mês passado são os 67,9 pontos verificados tanto em maio de 1999 quanto em junho de 2016. O dado de setembro também está bem acima da média da pesquisa, de 49,0 pontos.

"Se uma pessoa tem receio de que ela ou alguém próximo venha a perder o emprego, isso reflete na alta do indicador", explica a economista da CNI Maria Carolina Marques. Segundo ela, fatores como a instabilidade política e incertezas sobre a retomada do crescimento influenciam a piora no indicador. "As notícias positivas da economia vêm acompanhadas por notícias negativas e há, ainda, 12 milhões de desempregados", destaca.

A CNI também divulgou o Índice de Satisfação com a Vida de setembro, que ficou praticamente estável em relação a julho: subiu de 65,9 pontos para 66,0 pontos. A marca foi mantida, de acordo com a CNI, por influência da Região Sudeste, onde o indicador subiu 1,3 ponto no período. Na contramão, houve queda no Norte-Centro-Oeste, de 2,6 pontos. No Nordeste, o índice caiu 0,1 ponto e, no Sul, 0,7 ponto.

O levantamento dos dois indicadores foi feito com base em 2 mil entrevistas em 126 municípios. A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 20 de setembro. (AE)

Sábado, 07 de outubro, 2017 ás 00hs05