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27 de outubro de 2018

E o PT criou Bolsonaro


O recado da sociedade é inequívoco: em busca do novo, tentando enterrar a política do compadrio, da corrupção e da mentira disseminada pelo lulopetismo, o País está prestes a eleger como presidente Jair Bolsonaro, antagonista que o próprio Lula gerou

Foi durante um pesadelo que a escritora inglesa Mary Shelley buscou a inspiração para, aos 19 anos, escrever a obra prima da literatura de horror. No livro, o médico Viktor Frankenstein ousa brincar de Deus recriando a vida a partir de uma criatura que constroi a partir de partes de corpos humanos. Logo, porém, o médico percebe que o ser que julgava ter criado era na verdade uma criatura que, logo no primeiro momento após a vida, se voltaria contra seu criador. Há um parentesco óbvio entre a obra de Mary Shelley e o desenlace da disputa presidencial. Em boa parte, foi o PT quem engrossou o caldo de cultura responsável pela provável eleição de Jair Bolsonaro, candidato do PSL. O ex-presidente Lula, que já se comparou a Jesus Cristo, fez de tudo para transformar o pleito numa eleição polarizada. Acabou gerando sua própria antítese, que se revelou nas urnas um líder de massas, como ele. Inicialmente, Lula imaginava que o eleitorado brasileiro iria ungí-lo novamente. Sabendo que não poderia ser candidato, com base na Lei da Ficha Limpa, sancionada por ele mesmo quando presidente, considerou que conseguiria transferir sua popularidade para um preposto, como fez com Dilma Rousseff em 2010. Posaria de vítima, reafirmando que sua prisão era política. Ao final, apostava que essa narrativa seria consagrada nas urnas. Era a eleição plebiscitária com que sonhava. Ao contrário da Justiça, que o condenava, as urnas, acreditava, o absolveria. De roldão, viriam juntos absolvidos todos os demais petistas condenados e denunciados.

À medida em que avançava nesse projeto, o PT e Lula radicalizavam o discurso e a postura de vítimas. Afrontavam a Justiça e outras instituições na conformação da sua narrativa. Iam, assim, juntando as peças do seu Frankenstein político. Quando o Frankenstein acordou, revelou-se algo bem mais virulento do que previam. Como reação à radicalização do discurso petista, surgiu em contraposição Jair Bolsonaro, do PSL, um candidato radical, de discurso por vezes perigoso, mas que parece encarnar aos olhos do eleitor justamente a contraface do que, para ele, o PT representa. “Bolsonaro é uma armadilha que o PT inicialmente não previa”, considera o analista político Leopoldo Vieira, da empresa de consultoria IdealPolitik.

O que torna complicada a situação para o PT é que boa parte do eleitorado de Bolsonaro declara saber dos riscos que ele representa. Mas fez a escolha por rejeição ao PT. O efeito teflon migrou de Lula para Bolsonaro. Para o analista político, um dado importante desse fato incontestável é que alguns dos defeitos que o PT aponta em Bolsonaro, o próprio eleitor de Bolsonaro enxerga no PT. Se o aspirante do PSL ao Planalto, agora, é acusado de ter criado uma ampla rede na internet para propagar fake news, antes era o PT quem montava uma estrutura de disseminação de notícias e perfis falsos. Se Bolsonaro às vezes demonstra ter pendores antidemocráticos, expostos por diversas declarações suas e de seus filhos, Eduardo e Flávio, o PT foi além: financiou governos que em nada respeitavam os princípios básicos da democracia, como Cuba e Venezuela. Se o candidato do PSL provoca sobressaltos, capazes de pôr em vigília instituições como o Supremo Tribunal Federal, o PT assustava ao ameaçar levar a cabo atitudes revanchistas caso vencesse as eleições – consubstanciadas na frase do ex-ministro José Dirceu, para quem o partido não iria vencer a disputa, mas “tomar o poder”.

Embriagado pela ideia de reescrever a história e redimir Lula, o PT, portanto, não enxergou os sinais de que a história de radicalização que vinha construindo tinha grande chance de refluir para o nascimento de um contraponto igualmente radical. Atônitos para o que antes do domingo 28 parece já ser uma derrota inevitável, hoje integrantes do partido e de seus aliados, como PDT e PSB, admitem que deveriam ter prestado mais atenção ao que começou a transparecer no país a partir dos protestos de 2013, durante a Copa das Confederações. “A gente pareceu esquecer que tudo começou como reação a aumentos de passagens de ônibus, trem e metrô na gestão do próprio Haddad na Prefeitura de São Paulo”, observa agora um parlamentar do PT.

Em algum momento da trilha para o fracasso nas urnas, Lula tentou promover uma espécie de evangelização de seus aliados e correligionários. Foi quando comparou-se a Cristo. “Jesus Cristo foi condenado à morte sem dizer uma palavra, recém-nascido. E, se o José não corre, ele tinha sido morto. E olhe que não tinha empreiteira naquele tempo, não tinha Lava Jato”, disse. Às vésperas de ser preso, o petista autoproclamou-se uma “ideia”. “Eu não sou mais um ser humano, eu sou uma ideia misturada com as ideias de vocês”, proclamou. “Minhas ideias já estão no ar e ninguém poderá encerrar. Vocês são milhões de Lulas”. No seu entender, ele havia ascendido à dimensão divina. Agora ele encontra no extremo oposto e “com a mão na faixa presidencial”, o antagonista gestado por ele próprio – embora nem Bolsonaro seja capaz de encarnar o “mito”, alardeado pelo seu séquito, nem Lula possa arvorar-se de ente divino, como querem crer os fanáticos petistas.

Dentro do próprio PT, integrantes da sigla admitem que o antipetismo chegou a um nível tão grande que dificilmente ele será dissipado nas próximas eleições. A grande questão é que esse antipetismo foi fomentado, justamente, por ações do próprio partido. A autocrítica cobrada por muitos, Fernando Haddad só começou a fazer, de forma tímida, na reta final da campanha eleitoral. Para um integrante da Executiva Nacional do PT, um grande equívoco agora seria o partido desistir de aprofundar essa revisão dos seus erros. Ainda que, no que parece hoje improvável, o PT venha a virar as eleições, a autocrítica precisará ser feita. E, no caso mais provável de derrota, será essencial para que o partido não acabe minguando nos próximos anos. Hoje, parte do PT ressente-se de não ter feito o que o ex-ministro Tarso Genro propôs quando presidia o partido logo após o escândalo do mensalão, uma revisão profunda, que chamava de “refundação”. “Éramos para ter cortado na própria carne enquanto havia tempo”, diz o petista.

Ao contrário, o PT não apenas renegou seus erros como passou a atacar todos aqueles que os explicitavam. A começar pela imprensa, passando pelo juiz Sérgio Moro, condutor da Operação Lava Jato, por todos os juízes em todas as instâncias, até chegar ao próprio Supremo Tribunal Federal (STF), e alguns de seus integrantes, como o ex-ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão. Para tanto, valeu-se de uma ampla rede de blogueiros e influenciadores digitais. No esforço para estabelecer uma narrativa distorcida da realidade, o PT acabou criando em contraposição outra realidade igualmente distorcida. Assim, a racionalidade foi ficando de lado e as paixões afloraram.

Outro sinal que hoje os petistas admitem ter ignorado foi a reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Estava clara ali uma profunda divisão do país, a partir da constatação de que Dilma vencia o pleito com somente pouco mais da metade dos votos. Deveria ter sido feito, avaliam petistas hoje, um aceno de conciliação. Não foi feito. Nem cogitado. Dilma passou a campanha incutindo nas pessoas o temor de que perderiam suas conquistas sociais caso não fosse reeleita. E de que ela era a única alternativa para evitar a recessão e a crise. Mais uma mentira deslavada propagada pelo PT. Tão logo tomou posse, Dilma passou a fazer exatamente o que dizia que seus adversários fariam. Ali apareceu uma figura que, dizem, hoje Bolsonaro explora: a do petista arrependido. “Quando tentamos rever posições, ele cola na gente a ideia do petista arrependido”,diz um integrante do partido. Ou seja: estabelece uma falta de firmeza e de convicção, em vez de um reconhecimento de erro.

No processo de impeachment de Dilma, já parecia claro, pela falta de reação mais forte das ruas, que a narrativa do golpe não ganhava eco na sociedade. Foi outro sinal ignorado. Com efeito contrário, a manutenção de tal discurso reforçou o antipetismo. Na prisão de Lula, a intensidade só aumentou. Finalmente, o erro fatal: a manutenção da candidatura de Lula pelo máximo de tempo possível quando já se sabia da sua impossibilidade legal. A visão colhida até mesmo de petistas é que, ao insistir em uma candidatura que todos sabiam insustentável, Haddad ficou sem tempo de construir a sua própria identidade. Quando entrou, não era como um candidato próprio à eleição. Era como um reserva de Lula. “Lula é Haddad”, dizia o slogan da campanha. “Com o arrefecimento do antipetismo, Haddad herdou mais a rejeição de Lula do que os seus votos”, observa o analista Leopoldo Vieira. Como disse Ciro Gomes, do PDT, era dançar “uma valsa à beira do abismo”. Às vésperas do segundo turno, o PT exibe o que chama de “face perigosa” de Bolsonaro. A essa altura, o eleitor parece decidido. Prefere correr o risco com Bolsonaro, do que endossar a volta do PT ao poder, cujas práticas ele conhece bem e quer ver extirpadas do País.

Numa reação orquestrada, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram duros. Entenderam que precisavam se impor como instituição e deixar claro os limites democráticos de um presidente, por maior que seja sua popularidade. O vídeo que começou a circular no fim de semana, em que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, fala que bastam “um cabo e um soldado” para fechar o STF chocou os ministros. “Eu já adverti o garoto”, desculpou-se Bolsonaro.

Em julho, durante uma palestra para estudantes, Eduardo Bolsonaro foi perguntado sobre o que aconteceria se o STF impugnasse a candidatura de seu pai. “Aí vai ter que pagar pra ver. Pessoal até brinca lá, cara, se quiser fechar o STF sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe, manda um soldado e um cabo”, disse Eduardo. Diversos ministros reagiram. Para o ministro Celso de Mello, a fala foi “inconsequente e golpista”. Para o presidente do STF, Dias Toffoli, “atacar o Judiciário é atacar a democracia”.

As reações mostram uma ação combinada de defesa da ordem institucional. Mas não foi a primeira vez que o STF foi atacado. Como reação à prisão de Lula, petistas também falaram em “fechar” o Supremo. Defendiam diminuir a importância da Suprema Corte. “Temos que redesenhar o papel do Poder Judiciário. Temos que fechar o STF. Fazê-lo virar corte constitucional”, disse o deputado Wadih Damous (PT-RJ). Em entrevista a um portal do Piauí, o ex-ministro José Dirceu foi na mesma linha. “É preciso tirar poderes do STF para ser só corte constitucional”, disse. “Nossa Constituição estabeleceu três poderes, mas só existem dois, que são eleitos: o Legislativo e o Executivo”. Afrontar as instituições, bem como ameaçar a imprensa, é moda perigosa e precisa ser duramente combatida.

De escândalo em escândalo, o chamado “quadrilhão do PT” – termo usado pelo STF para investigar os petistas que comandaram o maior esquema de corrupção já desvendado no Brasil – acabou sendo responsável pelo empoderamento dos grupos que orbitavam em torno de Bolsonaro, como a bancada evangélica (que clamava contra a crise nos costumes), a bancada de bala (inconformada com a onda de violência) e a bancada ruralista (insatisfeita com o crescente desprestígio do agronegócio). Foi o rio caudaloso onde desaguou o capitão reformado (IstoÉ)


Sábado, 27 de outubro, 2018 ás 00:05

Ministro dá seguimento em ação que pede que Haddad seja declarado inelegível

O ministro Jorge Mussi, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu dar prosseguimento na ação da coligação de Jair Bolsonaro (PSL), que pede para que Fernando Haddad (PT) seja declarado inelegível. Mussi também determinou que sejam ouvidas as duas defesas, para depois analisar a necessidade, ou não, de novas provas.

“O que se pode aferir é a defesa apaixonada do povo nordestino; a mera reprodução de manifestações de personalidades políticas; a exibição de matéria relacionada a declaração feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, amplamente divulgada pela mídia; nota da UEPB em repúdio a ações violentas e defesa da educação e de valores democráticos, sem agressões à honra ou à imagem de candidato ou explícita propaganda eleitoral; e, finalmente, publicidade de evento no qual se associa o nome do candidato representado à universidade, cuja organização se atribui à ‘Comunidade Acadêmica UEPB'”, declarou Mussi.

O pedido da coligação de Bolsonaro é para que o TSE apure se houve apoio irregular do governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) ao petista. “Com todo seu staff e toda a estrutura política e administrativa”.

De acordo com a coligação, o reitor e o vice-reitor da Universidade Estadual da Paraíba usaram a estrutura acadêmica para “fomentar” a candidatura de Fernando Haddad. O reitor Flávio Romero nega que a universidade tenha fomentado qualquer tipo de campanha política, e ressalta que não existe comprovação de nada dessa natureza. Destacou que o ambiente acadêmico da universidade tem mais de 20 mil alunos e que uma das prioridades é respeitar as diferenças e singularidades.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa de Haddad afirmou que “A campanha de Fernando Haddad é feita dentro da lei, defende a democracia, não espalha mentiras nem incita a violência e o preconceito”. (DP)


Sábado, 27 de outubro, 2018 ás 00:01

26 de outubro de 2018

Campanha de Jair Bolsonaro quer acompanhar apuração na sala-cofre do TSE


A coligação de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que cinco representantes das campanhas de cada um dos dois candidatos possam acompanhar a apuração de votos na sala-cofre do tribunal.

“Estamos em busca de um direito constitucional: a transparência dos atos públicos. Fizemos isso de forma democrática e ampla”, explicou o articulador político de Bolsonaro, deputado Onyx Lorenzoni (DEM).

Segundo ele, o pedido só foi feito agora às vésperas do segundo turno porque a equipe estudava maneiras de garantir a credibilidade do sistema eletrônico, “que não é usado em nenhum lugar com democracia consolidada”, afirmou.

Caso a ministra Rosa Weber negue o pedido, Lorenzoni adiantou que tentará uma liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a presença na sala-cofre, onde a contagem é monitorada apenas por técnicos da casa. (ABr)


Sexta-feira, 26 de outubro, 2018 ás 19:30

Universidades públicas são alvos de policiais e fiscais de tribunais eleitorais


Universidades públicas são alvos de policiais e fiscais de tribunais eleitorais por suposta propaganda eleitoral. A fiscalização às instituições vem gerando reações da comunidade acadêmica e de entidades da sociedade civil; alguns acusam censura.

A Justiça ordenou que a Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio de Janeiro, retirasse da fachada uma bandeira em que aparece “Direito UFF Antifascista”. Denúncias recebidas pela Justiça dizem que ela teria “conteúdo de propaganda eleitoral negativa contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro [PSL]”. A faixa alvo de denúncias foi substituído por outra, com a palavra “censurado”.

Já na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o alvo foi uma faixa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março, e outra em que estava escrito “Direito Uerj Antifascismo”. A Unirio também teria sido alvo das ações de fiscalização.

Na Paraíba, policiais federais estiveram na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande, onde cumpriram mandado de busca e apreensão de panfleto de “Manifesto em defesa da democracia e da universidade pública” e outros supostos materiais a favor do candidato petista, Fernando Haddad. A Universidade Federal da Paraíba também passou por fiscalização por fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do estado.

Na Universidade Federal da Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul, uma aula intitulada “Esmagar o Fascismo”, que aconteceria na quinta-feira (25/10), foi suspensa por um mandado do TRE.

No Rio Grande do Sul, a Justiça Eleitoral barrou a realização de um evento denominado “Contra o Fascismo. Pela Democracia” sob a alegação de que seria ato eleitoral dentro de uma instituição federal.

O Pará também foi alvo de ações: policiais militares entraram armados no campus da Universidade do Estado do Pará (UEPA) na quarta-feira (24/10) para averiguar o teor ideológico de uma aula e ameaçaram de prisão um professor. A polícia foi chamada por uma das alunas, que se sentiu ofendida por uma menção à produção de fake news feita pelo professor que ministrava a aula.

(Com informações da FolhaPress)


Sexta-feira, 26 de outubro, 2018 ás 08:00

25 de outubro de 2018

Cenário é Bolsonaro eleito, dúvida vai ser a diferença, diz presidente do Ibope

De acordo com Carlos Augusto Montenegro, apenas um "tsunami" poderia tirar do candidato do PSL a vitória no pleito do próximo domingo (28/10)

O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro afirmou que o cenário hoje aponta para uma vitória do candidato Jair Bolsonaro (PSL) na disputa contra Fernando Haddad (PT) no próximo domingo (28/10). A declaração foi dada durante entrevista ao Estadão.

Fonte: Último Segundo Ainda de acordo com o presidente do Ibope, apenas um "tsunami" poderia fazer Bolsonaro não ser eleito presidente da República. " A grande dúvida, como não haverá debate na TV e os fatos são esses que estão acontecendo, é qual vai ser a diferença", disse.

Na última pesquisa Ibope contratada pela TV Globo e pelo Estado de S. Paulo, divulgada na última terça-feira (22), o candidato do PSL apareceu com 57% das intenções de voto contra o 43% do petista, quando considerados apenas os votos válidos.

Para Montenegro, a vantagem do vencedor vai seguir de acordo com os votos dos eleitores indecisos e das abstenções. No levantamento divulgado pelo instituto no último dia 23,3% dos eleitores se dizem indecisos ou não responderam ao questionamento sobre intenção de voto.

Para Haddad, as abstenções no Nordeste, região que tem mais simpatia pelo petista, podem representar um impacto. Segundo Montenegro, como a eleição foi decidida logo na primeira etapa em sete Estados nordestinos, parte do eleitorado pode ficar desmotivada a ir às urnas por não haver um candidato ao governo estadual que puxe votos.

O cenário de reversão é muito difícil de acontecer já que a convicção de votos do eleitorado de Bolsonaro e de Haddad afastam a possibilidade de mudança.

Na pesquisa de terça-feira, 58% das pessoas que declaram voto no candidato do PSL e 58% daqueles que têm intenção de votar no petista dizem que a decisão é definitiva.

Leia também: A três dias da eleição, Bolsonaro recebe aliados e Haddad vai a atos no Nordeste

" A certeza de votos dos dois candidatos é muito grande. Só um 'tsunami' poderia fazer um eleitor do Haddad mudar o voto para Bolsonaro e vice-versa. Há uma guerra desde o início entre o anti-PT e o PT", finaliza o presidente do Ibope.

Fonte: Último Segundo


Quinta-feira, 25 de outubro, 2018 ás 18:00

Candidatos mentem sem parar, mas TSE só tem olhos para ‘fake news’

Empenhada no combate a fake news e às “ameaças” à democracia, a Justiça Eleitoral não se incomoda com a maior fonte de falsidades da campanha de 2018: os próprios candidatos, que estão autorizados a usar o horário eleitoral, público, para mentir sem repercussão.

A maioria mente quando se elogia e quando ataca seus adversários. Pode-se mentir, prometer sem não cumprir e até inventar histórias.

Haddad começou entrevista no Jornal Nacional, a primeira do 2º turno, dizendo representar a “socialdemocracia”. Seu nariz deve ter crescido.

Candidato até comete crime ao mentir sobre o rival, como em Brasília, mas a Justiça Eleitoral só tem olhos para fake news de anônimos.

Vídeo de Haddad de agosto é considerado “fake”, mas vídeo do filho de Bolsonaro de julho é tido como verdadeiro. E considerado “ameaça”.  Lula disse que temos no Brasil um STF acovardado, pois, em dúvida a conduta da ministra Rosa Weber e todos ficaram calados, agora o mimimi é grande. (DP)


Quinta-feira, 25 de outubro, 2018 ás 00:05

24 de outubro de 2018

TSE nega pedido de Haddad para suspender propaganda que o acusa de ser ateu


O ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu nesta quarta-feira, 24, negar um pedido da campanha de Fernando Haddad (PT) para suspender uma inserção televisiva do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, que acusa o petista de ser “ateu”.

“Bota máscara, tira máscara, faz a marca, muda marca, põe vermelho, muda tudo, fala em taxa, tira taxa, cria o kit, diz não, apoia o Maduro, esconde ele, era ateu e vai na missa”, diz a peça de Bolsonaro, veiculada na TV na última segunda-feira, 22.

Para a campanha de Haddad, a peça faz “graves e inconsequentes” ofensas ao petista, questionando “a idoneidade moral e religiosa” do ex-ministro da Educação, “mentindo sobre sua crença religiosa e caracterizando-o perante o eleitorado enquanto alguém que utiliza a religião de forma desrespeitosa para ludibriar os eleitores, o que não condiz com a realidade”.

Para o ministro Sérgio Banhos, a informação de que Haddad seria ateu “teve a fonte indicada na peça de publicitária e pode ser encontrada em periódico jornalístico, não se podendo afirmar tratar-se de veiculação de fato sabidamente inverídico, do ponto de vista eleitoral, apto a viabilizar a suspensão liminar da propaganda ora impugnada”.

Em sua decisão, Banhos apontou que a campanha de Bolsonaro fez referência na inserção a um artigo intitulado “O ateu Haddad acredita em milagre”, publicado no site da revista Veja.

“Nesse sentido, a jurisprudência desta Corte já firmou entendimento de que ‘as ordens de remoção de propaganda irregular, como restrições ao direito à liberdade de expressão, somente se legitimam quando visem à preservação da higidez do processo eleitoral, à igualdade de chances entre candidatos e à proteção da honra e da imagem dos envolvidos na disputa'”, escreveu o ministro.

(Estadão Conteúdo)


Quarta-feira, 24 de outubro, 2018 ás 20:00

A 4 dias do 2º turno, correm prazos para propaganda e atos políticos


A quatro dias do segundo turno, os prazos do calendário eleitoral correm mais rápidos. Quinta-feira (25/10) é o último dia para atos políticos. O horário, entretanto, é mais prolongado. Os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) têm atuado de maneiras distintas.

Haddad intensificou os atos de campanha, saindo de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro e cidades do Nordeste. A previsão é de que até sexta-feira (26/10) ele ainda participe de atos em Belo Horizonte e cidades de Pernambuco, do Rio Grande do Norte e da Bahia.

Bolsonaro tem permanecido em casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde costuma receber correligionários e simpatizantes. Terça-feira (23/10), parlamentares e prefeitos de vários partidos o visitaram para prestar solidariedade às vésperas das eleições.

No dia 26, o calendário eleitoral é claro: é o último para a veiculação de propaganda eleitoral gratuita. Porém, até sábado (27/10), véspera das eleições, a legislação permite propaganda “mediante alto-falantes ou amplificadores de som”, distribuição de material gráfico e a promoção de caminhada, carreata, passeata e carro de som.

No dia 28, é o dia da votação. Os eleitores devem se dirigir aos postos das 8h às 17h. No caso do Distrito Federal e de 13 estados, os eleitores escolherão o presidente da República e o governador. Apenas no Rio Grande do Norte, há uma candidata concorrendo às eleições, que é Fátima Bezerra (PT). (ABr)


Quarta-feira, 24 de outubro, 2018 ás 07:00

23 de outubro de 2018

Comportamento de eleitor e método explicam imprecisão de pesquisas

Como já ocorreu em campanhas eleitorais anteriores, as pesquisas de opinião sobre intenção de votos estão de novo sendo questionadas. Isto porque em alguns casos a diferença entre o resultado da pesquisa e os percentuais finais apurados pela Justiça Eleitoral variam muito. Nas eleições deste ano, a crítica ficou mais contundente porque os principais colégios eleitorais do país e que concentram o maior número de eleitores – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro -, além do Distrito Federal, apresentaram grande distorção entre a estimativa e o resultado de fato.

Em Minas, surpreendeu a ascensão de Romeu Zema (Novo) ao segundo turno, com quase 14 pontos percentuais à frente de Antonio Anastasia (PSDB). As últimas pesquisas indicavam Zema em terceiro lugar, a dois pontos percentuais (que é considerado dentro da margem de erro) do segundo colocado nas pesquisas Fernando Pimentel (PT).

No Rio, a surpresa foi Wilson Witzel (PSC) que liderou a votação com 41,3% dos votos, mas aparecia nas pesquisas mais recentes com 11% e 12% da intenção de voto, supostamente mais de 20 pontos percentuais em desvantagem em relação a Eduardo Paes (DEM) que acabou superado na votação, com menos da metade dos votos.

Em São Paulo e no Distrito Federal, a surpresa ficou com o segundo turno do pleito, já que as pesquisas indicavam que os atuais governadores – Márcio França em São Paulo e Rodrigo Rollemberg no DF – não chegariam à segunda etapa do pleito.

Para Cláudio Gonçalves Couto, cientista político da Fundação Getulio Vargas, o comportamento do eleitor ajuda a entender a disparidade entre o resultado das pesquisas e o resultado final do pleito. “As grandes viradas e as grandes mudanças repentinas em relação às últimas pesquisas ocorreram na eleição para governador de vários estados, sobretudo no Sudeste do país, e nas eleições para o Legislativo. Isso acontece porque depois de prestar muita atenção na eleição presidencial, o eleitor diz ‘agora deixa eu ver o que farei na eleição do meu estado’, quando escolhe o governador”. Segundo ele, o mesmo fenômeno se observou na escolha dos senadores, também por voto majoritário.

De acordo com o cientista político, é comum haver descolamento entre a escolha nacional e os votos estaduais, “mas nesta eleição, pelo grau de polarização do ambiente político, o eleitor acabou sendo movido pelo seu humor relativo à eleição nacional”. O fenômeno explicaria o bom desempenho de Witzel, no Rio, e de Zema, em Minas – alinhados à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL).

Erro e influência

Mais crítico, o cientista político da Universidade de São Paulo (USP) Glauco Peres da Silva aponta que houve erros também nos levantamentos de intenção de voto presidencial. “O resultado do Bolsonaro foi maior do que as pesquisas na véspera diziam”, lembra. Ele aponta dois conjuntos de fatores que explicariam a diferença. “De um lado existem problemas de aplicação, coleta de dados, dos números. Do outro, a influência na decisão das pessoas. As pesquisas têm problemas metodológicos sérios. Mesmo erradas, as pessoas mudam de opinião por causa delas”, enfatiza.

A maior crítica do cientista político é com as amostras que não são de fato aleatórias. Para Glauco da Silva, “na prática não há uma pesquisa que vá ser perfeitamente aleatória. Isso não vai existir. A gente vai ter sempre um grau de interferência. Em alguns casos, isso é pior.”

Metodologia

Os especialistas criticam as metodologias dos principais institutos de pesquisa. Alguns aplicam questionários em pontos de fluxo de grande circulação com cotas de pessoas a serem representadas na amostra, sem respeitar a aleatoriedade que poderia haver na abordagem em domicílio, quando a pesquisa é feita de porta em porta, seguindo critérios estatísticos.

Há também discussões entre especialistas sobre os levantamentos feitos por telefone – se são pesquisas ou enquetes. Quem critica, lembra que o conjunto de eleitores que vota é diferente do conjunto de pessoas que usa e atende telefones, e que apenas os que têm voto decidido permanecem até o fim da ligação (feita por robô). Quem defende, lembra que o procedimento é mais rápido e fidedigno, pois capta inclusive o “voto envergonhado”.

Todas as pesquisas eleitorais precisam estar registradas na Justiça Eleitoral. O site do Tribunal Superior Eleitoral publica um extrato do contrato da pesquisa, informando preços do levantamento, composição da amostra, responsável técnico, questões aplicadas e os locais de aplicação, quando feitas na rua ou em domicílio, entre outras informações.
(ABr)


Terça-feira, 23 de outubro, 2018 ás 21:00

22 de outubro de 2018

Bolsonaro envia elogia ministro em carta e reafirma seu respeito ao STF

O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) enviou uma carta ao ministro Celso de Mello elogiando o decano e destacando o Supremo Tribunal Federal (STF) como “guardião da Constituição”. A carta foi enviada após o ministro chamar de “inconsequente e golpista” a fala do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre “fechar” a Corte. O texto foi encaminhado na noite desta segunda-feira (22/10) ao ministro do Supremo.

“É meu dever, como cidadão, manifestar meu apreço por Vossa Excelência, seja pela conduta impecável no exercício de jurisdição, seja pela forma ponderada como sempre se manifesta ao público. Quero, por escrito, deixar claro que manifestações mais emocionais, ocorridas nestes últimos tempos, se mostram fruto da angustia e das ameaças sofridas neste processo eleitoral”, diz o texto assinado pelo pai de Eduardo Bolsonaro.

Ele disse ainda que o STF é o “guardião da Constituição” e que “todos temos que prestigiar a Corte”. (DP)


Segunda-feira, 22 de outubro, 2018 ás 22:20