Universidades
públicas são alvos de policiais e fiscais de tribunais eleitorais por suposta
propaganda eleitoral. A fiscalização às instituições vem gerando reações da
comunidade acadêmica e de entidades da sociedade civil; alguns acusam censura.
A
Justiça ordenou que a Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense
(UFF), no Rio de Janeiro, retirasse da fachada uma bandeira em que aparece
“Direito UFF Antifascista”. Denúncias recebidas pela Justiça dizem que ela
teria “conteúdo de propaganda eleitoral negativa contra o candidato à
Presidência da República Jair Bolsonaro [PSL]”. A faixa alvo de denúncias foi
substituído por outra, com a palavra “censurado”.
Já
na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o alvo foi uma faixa em
homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março, e outra em
que estava escrito “Direito Uerj Antifascismo”. A Unirio também teria sido alvo
das ações de fiscalização.
Na
Paraíba, policiais federais estiveram na sede da Associação dos Docentes da
Universidade Federal de Campina Grande, onde cumpriram mandado de busca e
apreensão de panfleto de “Manifesto em defesa da democracia e da universidade
pública” e outros supostos materiais a favor do candidato petista, Fernando
Haddad. A Universidade Federal da Paraíba também passou por fiscalização por
fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do estado.
Na
Universidade Federal da Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul, uma aula
intitulada “Esmagar o Fascismo”, que aconteceria na quinta-feira (25/10), foi
suspensa por um mandado do TRE.
No
Rio Grande do Sul, a Justiça Eleitoral barrou a realização de um evento
denominado “Contra o Fascismo. Pela Democracia” sob a alegação de que seria ato
eleitoral dentro de uma instituição federal.
O
Pará também foi alvo de ações: policiais militares entraram armados no campus
da Universidade do Estado do Pará (UEPA) na quarta-feira (24/10) para averiguar
o teor ideológico de uma aula e ameaçaram de prisão um professor. A polícia foi
chamada por uma das alunas, que se sentiu ofendida por uma menção à produção de
fake news feita pelo professor que ministrava a aula.
(Com
informações da FolhaPress)
Sexta-feira,
26 de outubro, 2018 ás 08:00
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