Com
um discurso conciliador, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair
Bolsonaro, reiterou quinta-feira (11/10) os apelos contra a violência motivada
por divergências políticas e defendeu a união do país. Também se comprometeu a respeitar a liberdade de imprensa e não
fazer distinção de raça, gênero e orientação sexual.
Segundo
correligionários, foram anunciados, durante a reunião com parlamentares do PSL
e apoiadores, os possíveis nomes para os ministérios da Fazenda, Defesa, Casa
Civil, Ciência e Tecnologia, no caso de vitória do candidato. Ao sair do
encontro, o empresário Paulo Marinho afirmou que Bolsonaro confirmou indicações
para algumas pastas, caso seja eleito no segundo turno das eleições.
Marinho
citou como exemplos o economista Paulo Guedes para o Ministério da Fazenda,
general da reserva Heleno Augusto para a Defesa, o deputado federal Onyx
Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil. O astronauta Marcos Pontes disse ter sido
convidado pelo candidato para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia.
Anteriormente,
Bolsonaro havia dito que pretendia fundir os ministérios da Agricultura e do
Meio Ambiente em uma única pasta e deixar a cargo da bancada ruralista a
indicação do nome.
Imprensa
Bolsonaro
se reuniu com integrantes da bancada do PSL, em um hotel na Barra da Tijuca e,
em seguida concedeu entrevista coletiva à imprensa. Em vários momentos, ele
chamou os jornalistas de “amigos”.
“Pessoal
da imprensa, por que não dizer ‘amigos’? Queremos que vocês realmente sejam
independentes e tenham responsabilidade em tudo aquilo que escrevem. Vamos
garantir a liberdade de imprensa, não tem aquele negócio do controle social da
mídia”, disse o candidato.
Violência
Em
respostas às críticas de que Bolsonaro prega a divisão no país, o candidato
apelou em favor da união de todos e do respeito às diferenças. “Nós acreditamos
em todos no Brasil. Vamos unir o Brasil. Brancos e negros, homos e héteros,
pais e filhos, nordestinos e sulistas, homens e mulheres, vamos unir o nosso
Brasil e pacificá-lo. ”
Bolsonaro
afirmou ainda que, se eleito, adotará medidas de fortalecimento das Forças
Armadas e dos agentes de segurança como forma de garantir o cumprimento do
dever e das leis. “Vamos valorizar as nossas Forças Armadas, que são lembradas
em todos os momentos difíceis da Nação. Vamos tratar com respeito e
consideração, buscar uma retaguarda jurídica para que o nosso policial possa
desempenhar bem a sua função. Vamos garantir o legítimo direito à defesa ao
cidadão de bem. ”
Na
reunião com os apoiadores, o candidato ressaltou que pretende instaurar um novo
modelo de fazer política no país, caso seja eleito. “Temos a certeza que
seremos um ponto de inflexão na nefasta política do ‘toma-lá-dá-cá’, da
política voltada para questões ideológicas. Vamos valorizar a família
brasileira, respeitar a criança em sala de aula, fazer negócios com o mundo
todo, sem viés ideológico. Vamos jogar pesado na questão da segurança, para que
o nosso povo possa ter paz. ” (ABr)
Quinta-feira,
11 de outubro, 2018 ás 18:00
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