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21 de agosto de 2014

MARINA CANDIDATA: 'CRESCIMENTO DO PSB É TÃO IMPORTANTE QUANTO A CRIAÇÃO DA REDE'


Depois de um dia inteiro de reuniões a portas fechadas, que começaram por volta das 11 horas, o PSB formalizou na noite de quarta-feira(20/8) a indicação da ex-senadora Marina Silva para encabeçar a chapa à Presidência da República. Às 20h20, Marina iniciou seu pronunciamento na sede do partido em Brasília. A mensagem central do discurso foi de que o vínculo que existia entre ela e Eduardo Campos, morto na semana passada e de quem a ex-senadora anteriormente era vice, agora se estende ao PSB e à Rede Sustentabilidade: "Para mim, tão importante quanto a criação da Rede é o crescimento do PSB. Estamos juntos nesse sentido". Mas, apesar da retórica de união, Marina não subirá em todos os palanques do PSB nos Estados. "Onde não tem consenso, o PSB terá suas escolhas e a Rede as suas", disse.

O deputado gaúcho Beto Albuquerque, que patinava na tentativa de se eleger ao Senado neste ano, será o novo vice na chapa.

Ex-petista, ex-ministra de Lula, Marina Silva, depois de sair das eleições 2010 com patrimônio de quase 20 milhões de votos, passou a articular a criação de um partido, a Rede Sustentabilidade. Seu propósito era concorrer ao Palácio do Planalto neste ano por essa legenda, mas os planos foram frustrados pela Justiça Eleitoral, que indeferiu o pedido de registro da agremiação por problemas formais. Sem legenda, ela aceitou filiar-se ao PSB como vice numa chapa encabeçada por Eduardo Campos, principal líder da sigla. Nos dez meses entre o anúncio da parceria, o que transparecia é que a união era entre duas personalidades políticas fortes, muito mais do que entre dois partidos. O principal indício disso era na maneira como Marina se recusava a endossar algumas alianças do PSB nos estados. Ela não escondia que viabilizar a Rede no aspecto legal era sua prioridade. É justamente essa a grande novidade no discurso de hoje: o fato de ela colocar PSB e Rede no mesmo plano.

"Sinto-me parte solidária e interessada que o PSB leve adiante os planos de futuro partidário que tinham a inspiração de Campos. Sem Eduardo, temos hoje o que sempre nos uniu: a consciência clara de onde queremos chegar juntos. O programa é o pacto selado, o acordo maior que nos une", disse.

Mas o fato é que as arestas não foram aparadas: as divergências entre o PSB e os "marineiros" nos palanques estaduais continuam. "Hoje temos 14 estados com Rede e PSB juntos. O que foi decidido em termos de coligação é que o PSB tinha o direito de escolher essas alianças e que eu seria preservada de ter que apoiá-las. Nesse momento, permanece o mesmo que fizemos", afirmou Marina. "O Beto representará o PSB junto a essas alianças e eu estarei ao lado dos candidatos do PSB a deputado estadual e federal como já estava antes."

Campos – O luto pela trágica morte de Campos permeou a longa jornada de negociações e também se refletiu no discurso de Marina, que se emociou e teve de interromper a fala com a voz embargada. "Tudo aquilo que fizemos juntos é o que faremos daqui pra frente. Quero agradecer a todos vocês que comigo e Beto... Beto e eu... é difícil. A gente falava Eduardo e Marina", disse, ao se apresentar pela primeira vez como parte de uma nova chapa.

A partir desta quinta-feira, Marina terá pouco mais de dois minutos na propaganda eleitoral de rádio e televisão. ( Marcela Mattos e Talita Fernandes)

Quinta-feira, 21 de agosto,2014.


19 de agosto de 2014

FOI DADA A LARGADA

A presidente Dilma dormiu um dia com a possibilidade de vencer a eleição no primeiro turno, ou sendo a favorita para o segundo, e acordou com o segundo turno praticamente selado e a possibilidade de perdê-lo para Marina Silva, que não estava no páreo e se transformou do dia para a noite na favorita da eleição presidencial.

Será preciso, no entanto, depurar essas intenções de votos no tempo para saber o quanto de emoção elas contêm, e o que restará ao final. A menos que estejamos diante de um fenômeno eleitoral que será movido pela comoção até a boca de urna, não é plausível que a votação de 2010 seja o piso de Marina, e que daqui para frente ela só faça crescer na preferência popular.

É verdade que ela já chegou a 27% em uma pesquisa anterior, mas não ter alcançado patamar semelhante diante da exposição a que foi submetida nos últimos dias pode significar que tenha alcançado seu limite. O ex-governador Eduardo Campos não era uma figura nacional, e o fato de sua trágica e prematura morte tê-lo transformado em tal não resiste a 45 dias de uma campanha eleitoral acirrada como a que veremos a partir de hoje.

Por enquanto, Marina reconquistou seus eleitores tradicionais: basicamente os jovens, que saíram às ruas em 2013 e estão desiludidos com os políticos tradicionais, e os moradores das grandes e médias cidades. Ou a classe média "iluminista" e a garotada das redes sociais, numa definição sucinta usada na última eleição.


Mesmo sendo uma política experiente, com dois mandatos de senadora e atuação no Ministério de Lula, consegue manter uma postura que a afasta da imagem do político tradicional, além de se identificar com um terceiro grupo eleitoral, os evangélicos, de fundamental importância para sua votação como apontado na pesquisa sobre religiões realizada pela equipe do professor Cesar Romero Jacob da PUC do Rio de Janeiro.


Mas, a partir do documento que o PSB vai apresentar a ela, começarão também as dificuldades para Marina.


Ela, que não tomou o avião fatídico para não se encontrar em Santos com Márcio França, o candidato a vice de Alckmin, como fará agora campanha em São Paulo? Como serão suas relações com os representantes do agronegócio e do que chama de "velha política" que estavam fechados com Campos e com os quais agora ela terá que conviver? O fato de, num primeiro momento, Marina não ter tirado votos nem de Dilma nem de Aécio mostra que seus adversários estão consolidados em suas posições, e, no entanto, o crescimento de todos os três candidatos vai depender dos votos que conseguirão tirar dos concorrentes. Marina pode ganhar mais votos de Dilma do que de Aécio no primeiro turno; Aécio pode tirar votos de Marina nesses setores que a estão apoiando hoje sem grandes convergências, que existiam com Eduardo Campos. E Dilma pode recuperar votos que perdeu em setores importantes da classe média se conseguir manter a percepção de melhora de seu governo, que superou o índice mínimo de 35% de ótimo e bom, passando de 32% para 37%.

O fato de que Marina trouxe para dentro do cenário eleitoral um contingente de eleitores que se recusavam a votar (redução dos votos nulos, e em branco e abstenção) é festejado pelo PSDB, que considera possível atraí-los a partir de um maior conhecimento de seu candidato, que hoje é o mais desconhecido dos três. (O GLOBO)

Terça- feira, 19 de agosto,2014.

18 de agosto de 2014

DATAFOLHA "BOCA DE VELÓRIO" BOTA MARINA EMPATADA COM AÉCIO NO PRIMEIRO E VENCENDO DILMA NO SEGUNDO TURNO.


É impressionante o que acontece na pesquisa Datafolha. Marina Silva ganha tudo o que pode ganhar, sem que Dilma e nem Aécio percam nada. Nenhum votinho de Campos vai para Aécio. Nenhum votinho de Campos vai para Dilma. Todos os votos ficam com Marina. E na  maior mexida em votos brancos, nulos e indecisos da história deste país, todos eles vão para a ex-petista. Além disso, os "outros" candidatos perdem e todos os votos vão para Marina. Votos do Eymael e da Lucian Genro. Deste contingente saem 13% de votos e todinhos, sem perder nenhum, vão para Marina. Tudo conspira a seu favor. A começar pelo Datafolha.

Num cenário sem Campos e sem Marina, o Datafolha mostra Dilma vencendo no primeiro turno, pois os 8% de Campos são divididos entre Aécio e a petista, meio a meio. Datafolha também conseguiu outro fenômeno: Dilma melhorou a sua avaliação e, por isso, amplia a vantagem sobre Aécio no segundo turno. E por isso não caiu no primeiro turno.Quer dizer: assim como no aeroporto de Cláudio, não há saída para o tucano. Ele perde sempre.

Os resultados do Datafolha são muito espertos. Inusitados. Bem calculados. Como avisado aqui desde o início, são excelentes para Marina Silva e não são totalmente terríveis para Dilma e o são para Aécio. A primeira perde no segundo turno, o segundo nem para o segundo turno vai, mas deve ficar feliz da vida porque, afinal, se fosse, ainda assim seria derrotado pela petista. É a Folha de São Paulo querendo assumir um protagonismo que não é dela: é do eleitor.


Postado pela redação


 Segunda-feira,18 de agosto,2014.

16 de agosto de 2014

JUSTIÇA REJEITA PEDIDO PARA IMPUGNAR CANDIDATURA DE AGNELO AO GOVERNO DO DF


O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) negou na sexta-feira (15/8), por unanimidade, um pedido de impugnação do registro de candidatura de Agnelo Queiroz (PT) ao governo do Distrito Federal. Os desembargadores entenderam que não há nenhum fato que torne inelegível o candidato à reeleição. Após a decisão, o registro de Agnelo foi autorizado. 

O pedido de impugnação foi feito pela candidata a deputada federal Raquel Costa Ribeiro (PR). No pedido de impugnação, a acusação alegou que Agnelo não apresentou certidões negativas de processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que o atual governador responde a ações de improbidade na Justiça. A defesa do candidato afirmou que ele está apto a concorrer por ter apresentado todas as certidões negativas e não ter sido condenado em decisão colegiada, conforme previsto na Lei da Ficha Limpa. (EBC)

Sábado, 16 de agosto,2014


15 de agosto de 2014

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS REALIZARÁ AUDIÊNCIA PÚBLICA EM COMBATE A CORRUPÇÃO



A Promotoria de Justiça de Águas Lindas realizará no dia 28 de Agosto de 2014 às 14:00 uma audiência pública onde serão discutidos os direitos e as ferramentas que a sociedade dispões para exercer o controle sobre as ações do Estado e sobre a prestação de contas dos gestores públicos.

A audiência será no Salão do Júri do Fórum de Águas Lindas de Goiás e terá como objetivo esclarecer a importância dos cidadãos na gestão pública e mostrar a força deste engajamento no combate a corrupção. 

Da Assessoria de Imprensa da Prefeitura

Sexta-feira, 15 de agosto,2014. 


Não percam

Sexta-feira, 15 de agosto,2014


14 de agosto de 2014

TUDO A VER!

Em tempos de campanha política, quando vale tudo na tentativa de pegar o voto do eleitor, principalmente, do mais humilde, nunca é demais relembrar a carta de despedida que o Imperador Vespasiano deixou para seu filho Tito. Nela, para justificar a construção do Coliseu de Roma, ele indagava o seguinte: "onde o povo prefere pousar seu clunis [sua bunda]: numa privada, num banco escolar ou num estádio?". A carta foi redigida em 22/7/79, ou seja, um dia antes da morte do Imperador e há 1935 anos. Eis o seu teor:

"Tito, meu filho, estou morrendo. Logo eu serei pó e tu, imperador. Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas. De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do Colosseum. Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória. Alguns senadores o criticam, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas. Não dê ouvidos a esses poucos. Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis [sua bunda]: numa privada, num banco de escola ou num estádio? Num estádio, é claro. Será uma imensa propaganda para ti. Ele ficará no coração de Roma por omnia saecula saeculorum [por todos os séculos] e sempre que o olharem dirão: 'Estás vendo este colosso? Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou'. Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão. Moralistas e loucos dirão que mais certo seria reformar as velhas arenas. Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas. Vel caeco appareat (Até um cego vê isso). Portanto, deves construir esse estádio em Roma. Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: Ad captandum vulgus, panem et circenses (Para seduzir o povo, pão e circo). Esperarei por ti ao lado de Júpiter."

Para seduzir o povo, "pão e circo". Onde falta o pão (economia desaquecida, PIB fraco, inflação alta etc.), o circo vira confusão e chingação (é isso o que vimos nos estádios quando anunciavam a presença de políticos). O povo, furibundo, irado, indignado, já não pousa seu traseiro nos estádios, ao menos não faz isso com satisfação. Tampouco o povo brasileiro se distingue pela bunda no banco escolar. A escolaridade média no Brasil (diz o relatório de 2014 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) é de 7,2 anos de estudo, a mesma que Kuwait e Zimbábue. A expectativa para a escolaridade das crianças que hoje estão na escola é estimada em 15,2 anos, igual a Montenegro e Irã. Que resta, então, ao brasileiro desgostoso? Colocar a bunda na privada. Alguns brasileiros fazem isso diariamente. Mas somente alguns! Como assim? (João Direnna)

Quinta-feira, 14 de agosto,2014


A CANDIDATA É MARINA!


Não há como a substituta de Eduardo Campos não ser Marina Silva. Especialmente pelo aspecto emocional. O PSB não irá contrariar os desígnios de um Campos tragicamente vitimado em plena campanha, assim como Marina Silva não abandonará uma luta iniciada, em memória do companheiro desaparecido. Sob pena de encerrar a sua carreira política por total ingratidão e traição à memória de Campos.

E mais: haverá um pacto na coligação para que as diferenças sejam abafadas em nome de uma missão maior. Marina e sua Rede acatarão as alianças. As várias correntes do PSB cerrarão fileiras com Marina.

 E como fica o quadro eleitoral? Marina terá os seus votos e mais os de Campos, chegando ao patamar de 2010. Aécio Neves terá que fazer um grande esforço para subir e alcançar o segundo turno. O lamentável acidente deixa Dilma ainda mais longe de uma vitória. No segundo turno, não haverá migração de votos da oposição para ela, seja Marina (quase impossível), seja Aécio (o mais provável) o adversário.

Não haverá acordo com o PT " porque esse governo é o único governo que vai entregar o Brasil pior do que recebeu", segundo última declaração de Eduardo Campos. Para ele, o adversário era o PT. Podemos estar assistindo, assim, a um desígnio superior sendo realizado: a morte de Eduardo Campos vai consolidar a vitória da Oposição nas eleições presidenciais.

(Blog do Coronel)


Quinta-feira,14 de agosto, 2014

13 de agosto de 2014

EDUARDO CAMPOS MORRE EM ACIDENTE AÉREO


O candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB), de 49 anos, morreu em um acidente aéreo na manhã de quarta-feira(13/8) na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Outras seis pessoas que estavam no voo também morreram no acidente, segundo o Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Ex-governador de Pernambuco, ele morreu no mesmo dia do seu avô, Miguel Arraes, morto há nove anos no Recife. Presidente do PSB, Campos era economista pela Universidade Federal de Pernambuco, foi deputado estadual, deputado federal e ministro de Ciência e Tecnologia no governo Lula. Deixa a mulher, Renata, e cinco filhos.

A candidata a vice na chapa, Marina Silva, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seguiram para Santos.

Acidente – O jato Cessna 560XL (prefixo PR-AFA), da empresa paulista AF Andrade Emprrendimentos e Participações, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 9h21, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando a aeronave se preparava para o pouso, arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato. A Aeronáutica já iniciou as investigações sobre as causas do acidente.

A campanha do PSB informou que também morreram no acidente Pedro Valadares Neto, ex-deputado e assessor particular do candidato; Carlos Augusto Percol Filho, assessor de imprensa; Marcelo de Lyra, cinegrafista; e Alexandre Gomes e Silva, fotógrafo. As outras duas vítimas são os pilotos da aeronave Geraldo da Cunha e Marcos Martins.

A queda ocorreu por volta das 10h. A poucos metros do local do acidente funcionam uma escola infantil e uma academia de ginástica. A Polícia Federal também seguiu para o local do acidente.

Leia a íntegra da nota da Aeronáutica:

O Comando da Aeronáutica informa que nesta quarta-feira (13/08), por volta das 10h, uma aeronave Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, caiu na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave. A Aeronáutica já iniciou as investigações para apurar os fatores que possam ter contribuído para o acidente.

(VEJA-Atualizado às 13h50)

Quarta-feira,13 de agosto,2014

A IMPRENSA QUE VENDE NÃO SE VENDE E A QUE SE VENDE NÃO VENDE.




Mais uma obra de Franklin Martins está no ar: o site “O Brasil da Mudança”, que pertence ao Instituto Lula. Vai fazer, como já está claro, proselitismo eleitoral. Até porque Franklin é o homem escalado para cuidar da comunicação da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. A página foi lançada pelo próprio Lula, em companhia da presidente, nesta terça. Com aquela sua ligeireza de sempre, afirmou o chefão petista que a iniciativa era um “exemplo de competição com setores da imprensa que, quando comunicam, comunicam da forma inversa ao que é a verdade”.

Trata-se de uma vigarice escandalosa, que o Franklin Martins dos tempos da TV Globo não endossaria. Ele só recuperou o seu ódio à imprensa livre, herdado dos tempos do MR-8, depois que foi demitido. Isso é apenas um fato. Lula disse ainda: “Hoje eu fico pensando que eles — referia-se aos veículos de comunicação — me tratavam bem se comparado ao tratamento que eles dão à nossa presidente”.

É bem possível que sim. Vai ver isso acontecia porque, como é sabido, o governo Lula exibia números melhores do que o governo Dilma. Aliás, a verdade é bem outra: parte da imprensa deixou de cumprir a sua função durante a gestão do ex-presidente. Criticou muito pouco as suas escolhas. Algumas dificuldades presentes são heranças de escolhas feitas por Lula. Certos desastres cometidos pela Petrobras, por exemplo, são de inteira responsabilidade do antecessor de Dilma.

Lula chegou a citar um texto do site que acusa, o que é uma mentira descarada, o Jornal Nacional de ser usado como “instrumento de oposição ao governo”. Não adianta… Franklin não vai se recuperar nunca do trauma. A afirmação se sustenta num suposto estudo feito por um instituto de pesquisa da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), o “Manchetômetro”. Segundo essa bobagem, Dilma teve uma hora e 22 minutos de noticiário desfavorável no “Jornal Nacional” e cerca de três minutos de noticiário favorável durante todo o ano de 2014.

É trabalho de canalhas intelectuais infiltrados na universidade, disfarçados de pesquisadores isentos. Se fizerem a medição sobre o noticiário a respeito do governador Geraldo Alckmin, por exemplo, é possível que aconteça o mesmo. Imaginem se o objeto de estudo, então, for Sérgio Cabral. Nos dois casos, a proporção deve ser até pior. Só haverá um tempo menor de notícia, positiva e negativa, porque os dois têm importância em pedaços do país. Dilma governa o Brasil inteiro.

A governanta ainda pode ser a favorita, mas está em desespero. Daí o factoide do dia. Com o estilo bravateiro de sempre, afirmou o ex-presidente: “Desafio se alguém lembra de uma obra de infraestrutura do governo FHC. Qual era a obra de infraestrutura antes de a gente chegar no governo? A gente tem dificuldade de lembrar”.
É conversa de palanqueiro vulgar. Imaginem como estaria a telefonia brasileira se tivesse triunfado a tese do PT, contra a privatização. De toda sorte, a grande obra de infraestrutura de FHC foi o Plano Real, que Lula sabotou e em cujas águas navegou depois. Outra importante foi o Proer, que também foi fundamental quando estourou a crise das hipotecas nos EUA. Lula até se ofereceu para ensinar a Obama como se fazia… o Proer.

Há dezenas de entrevistas de Lula, basta procurar, em que ele afirma que ele é, em parte, uma criação da imprensa. Antes de chegar ao poder, quando era oposição, os petistas chamavam jornalistas de “companheiros” — e muitos deles eram e são, de fato, “companheiros”. Alguns, notórios críticos do PT no passado, se converteram à causa à custa de muito anúncio da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, da Petrobras e da administração direta. Os que não são fiéis à causa ou não se venderam passaram a ser considerados “inimigos”. E o partido, como sabem, faz listas negras e pede suas cabeças — sonham transformar a imprensa num imenso Santander.

Com todo o respeito, isso é conversa de vigaristas intelectuais. O diabo é que tem gente que se deixa patrulhar, sim, e sente aquela comichão incontrolável de dar um “pau nos tucanos” sempre que há uma notícia negativa sobre os petistas para demonstrar que é isento — mereçam os tucanos pau ou não. Passa a vigorar uma perversa lei de compensação, e seu fundamento passa a ser o seguinte: “Se nem petistas prestam, então ninguém presta”.

Não caio nessa, como sabem. Não deixo o PT ser meu juiz. Até porque, como sabem, no que me diz respeito, eles já fizeram o julgamento sumário e já me condenaram. Que se danem! O novo site de Lula mente quando afirma que a imprensa é antipetista. Querem uma dica? Peguem a totalidade dos colunistas da grande imprensa brasileira, e sou um deles, e vejam quantos rezam segundo o catecismo do PT — ou, mais amplamente, da esquerda — e quantos podem ser considerados liberais, conservadores ou, se quiserem, da direita democrática.

Lula deveria ter a honestidade de declarar que, na sua opinião, crítica boa é crítica nenhuma e que, para ele, exemplo de imprensa independente é aquela que o governo petista pode comprar.

A única coisa chata para essa gente é que a imprensa que se vende não vende e a que vende não se vende.

Por Reinaldo Azevedo –VEJA Online


Quarta-feira, 13 de agosto, 2014