Não
há como a substituta de Eduardo Campos não ser Marina Silva. Especialmente pelo
aspecto emocional. O PSB não irá contrariar os desígnios de um Campos
tragicamente vitimado em plena campanha, assim como Marina Silva não abandonará
uma luta iniciada, em memória do companheiro desaparecido. Sob pena de encerrar
a sua carreira política por total ingratidão e traição à memória de Campos.
E
mais: haverá um pacto na coligação para que as diferenças sejam abafadas em
nome de uma missão maior. Marina e sua Rede acatarão as alianças. As várias
correntes do PSB cerrarão fileiras com Marina.
E como fica o quadro eleitoral? Marina terá os
seus votos e mais os de Campos, chegando ao patamar de 2010. Aécio Neves terá
que fazer um grande esforço para subir e alcançar o segundo turno. O lamentável
acidente deixa Dilma ainda mais longe de uma vitória. No segundo turno, não
haverá migração de votos da oposição para ela, seja Marina (quase impossível),
seja Aécio (o mais provável) o adversário.
Não
haverá acordo com o PT " porque esse governo é o único governo que vai
entregar o Brasil pior do que recebeu", segundo última declaração de
Eduardo Campos. Para ele, o adversário era o PT. Podemos estar assistindo,
assim, a um desígnio superior sendo realizado: a morte de Eduardo Campos vai consolidar
a vitória da Oposição nas eleições presidenciais.
(Blog
do Coronel)
Quinta-feira,14
de agosto, 2014
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