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10 de agosto de 2015

AOS MINISTROS, DILMA PREGA DIÁLOGO E RESISTÊNCIA




Durante as três horas da reunião ministerial da noite de domingo(9), convocada em pleno Dia dos Pais, a presidenta Dilma Rousseff sinalizou que não cederá a pressões e fará de tudo para resistir aos que tentam abreviar seu mandato.

Dilma reafirmou a frase dita na semana passada em Roraima, quando pontuou que "ninguém tira a legitimidade" dos seus 54 milhões de votos. Na reunião, ela frustrou as expectativas dos que esperavam cortes de ministérios e mexidas importantes no tabuleiro, com a saída de peças estratégicas, como o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil.

A presidente apenas acenou com mais diálogo com os aliados e afirmou que participará mais intensamente da articulação política, ao lado do vice Michel Temer.

Assim que a reunião terminou, as mensagens transmitidas ao público foram de resistência. "A presidenta foi eleita para cumprir quatro anos de mandato e o Brasil é exemplo de democracia para o mundo. Não podemos brincar com a democracia", disse o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.

"A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, empresários, movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar", disse o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.

Um dos mais exaltados na reunião, Miguel Rossetto cobrou maior aproximação de Dilma com os movimentos sociais. Já nesta semana, ela deve se reunir com centrais sindicais e entidades como a UNE e o MST.

O ministro Edinho disse que o governo tem ciência das dificuldades que o país enfrenta, mas está certo que o Brasil superará os problemas na economia: “Ninguém nega que estamos passando por dificuldades, mas elas serão superadas para que o Brasil, num curto espaço de tempo, possa voltar a crescer, gerar empregos, distribuir renda”. (EBC)

Segunda-feira, 10 de agosto, 2015

8 de agosto de 2015

AOS AMIGOS PETISTAS




Nunca perdi um amigo por causa de política. Tenho vários amigos petistas que merecem meu afeto e respeito, alguns até minha admiração, e convivemos bem porque quase nunca falamos de política, talvez por termos assuntos mais interessantes a conversar. Mas agora o assunto é inevitável. E eles estão mais decepcionados do que eu.

Também tenho amigos tucanos, comunistas, conservadores, não meço a qualidade das pessoas pelo seu time, religião ou suas crenças políticas, em que sonhos, idealismo e equívocos se misturam com ambição, desonestidade e incompetência para provocar monstruosas perdas de vidas, dignidade e dinheiro ao coitado do povo que todos eles dizem amar.

O PT está caindo aos pedaços, depois de 13 anos no poder, com grandes conquistas e imensos desastres, mas a perspectiva de ser governado pelo PMDB ou pelo PSDB não é animadora. Claro que há gente decente e competente nos dois partidos, mas a maioria de seus quadros e dirigentes não é melhor do que os piores petistas, e vice-versa.

Chegamos finalmente ao “nós contra eles” que Lula tanto queria ... quando era maioria ... e agora se volta contra ele, perseguido como os judeus pelos nazistas e os cristãos pelos romanos ... rsrs.

Se não fosse tão arrogante e autoritária, Dilma mereceria pena, porque não é desonesta, mas é mentirosa e sua incompetência nos dá mais prejuízos do que a corrupção. Suas falas tortuosas são a expressão da sua confusão mental.

E se Lula não fosse tão vaidoso e ambicioso, tão irresponsável e inescrupuloso, não teria jogado a sua história na lama por achar que está acima do bem e do mal e que nunca descobririam que ele sempre soube de tudo.

Petistas inteligentes e informados sabem que o sonho acabou, game over, zé fini, não por uma conspiração da CIA, dos coxinhas ou da imprensa golpista, mas pelos seus próprios erros, pelo baixo nível e alta voracidade dos seus quadros, pela ganância e incompetência que nos levaram ao lodaçal onde chafurdamos.

É triste, amigos petistas, o sonho virou pesadelo, mas não foi a direita que venceu, foi o partido que se perdeu. O medo está dando de 7 a 1 na esperança.

Por: - Nelson Motta - Jornal O GOLOBO.

Sábado, 08 de agosto, 2015 


DILMA PENSA EM RENUNCIAR?




Pela crendice popular, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Não é verdade. Agora, seria bom constatar, senão o fim do mundo, ao menos a iminência do fim do governo, quando quatro raios caíram no palácio do Planalto, todos pela chaminé. Foi o que aconteceu quarta-feira. Há quem diga que, de acordo com as leis da Física, os raios não vem do céu para a terra, mas, pelo contrário, são elaborados de baixo para cima, antes de despencarem das nuvens.

De repente, Aloísio Mercadante, chefe da Casa Civil, Michel Temer, vice-presidente da República, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, e Renan Calheiros, presidente do Senado, falaram a mesma linguagem, anunciando a tempestade. O primeiro, numa entrevista improvisada nos corredores do Congresso, anunciou a iminência do caos, reconhecendo os múltiplos erros do governo e apelando para um acordo suprapartidário. O outro, reunindo os líderes dos partidos, falou da gravidade da situação e sugeriu que alguém tenha a capacidade de reunificar a todos antes de uma grave crise. O comandante da política econômica prenunciou “uma situação desagradável” por conta da alta dos juros e da cotação do dólar, apelando outra vez para a votação do ajuste fiscal. E o senador admitiu o impeachment de Dilma, que ele poderia dar andamento caso viesse da Câmara a abertura do respectivo processo. Foi a quarta-feira sangrenta.


Alguma coisa de muito grave aconteceu para tanta movimentação, cujo epicentro está na presidente da República. Chegou-se até à suposição de que Madame decidira entregar os pontos, ou seja, renunciar ao mandato. A possibilidade de não poder mais governar, a desagregação e a rebelião dos partidos da base, as sucessivas denúncias e condenações promovidas pela Operação Lava Jato, a exigência de ampla reforma do ministério e a proximidade de monumental manifestação da sociedade, armada de panelas, no próximo dia 16, teriam levado a presidente à ameaça de saltar de banda. Claro que diante da sombra de ações cirúrgicas do Tribunal de Contas da União e do Tribunal Superior Eleitoral, ambas capazes de mobilizar o Congresso para dar início à degola, com a óbvia participação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, transformado em inimigo número um do governo.

Daí terem os quatro cavaleiros do Apocalipse vindo a público na tentativa de evitar, mas, ao mesmo tempo, de prever a catástrofe. Só a hipótese da renúncia de Dilma poderia mobilizar tamanho potencial de crise. Teria ela dado algum sinal? A hipótese fica em aberto, por mais que se conheça sua personalidade arrogante e inflexível. Algo de explosivo ronda os gabinetes do palácio do Planalto.

Atente-se para a mensagem de Michel Temer, que nas entrelinhas e nas linhas coloca-se como alternativa para o pior. Vem coisa por aí.

Por: Carlos Chagas

Sábado, 08 de agosto, 2015