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17 de novembro de 2015

JUSTIÇA ELEITORAL PROMOVE CAMPANHA JOVEM ELEITOR



A Justiça Eleitoral desenvolve, entre os dias 16 e 20 de novembro, a Semana de Alistamento do Jovem Eleitor, uma iniciativa que busca incentivar os cidadãos de 16 e 17 anos - para os quais o voto é facultativo - a procurar um cartório eleitoral para tirar seu título e, assim, participar ativamente do próximo pleito. A campanha também tem como objetivo antecipar o alistamento eleitoral, evitando transtornos no período final de alistamento - no caso, entre abril e maio de 2016.

Os eleitores menores de 18 anos representam 0,89% do eleitorado total do Estado - são mais de 39 mil jovens que podem optar por exercer o direito ao voto, ainda que sem obrigatoriedade.

Todos os cartórios eleitorais do Estado estão aptos a fazer o atendimento do jovem eleitor. Assim, ao comparecer para o alistamento, o cidadão também já faz a identificação biométrica nas localidades onde o kit biométrico está funcionando e adianta o procedimento que se tornará obrigatório para todos os eleitores futuramente.

Para maior comodidade, o futuro eleitor pode realizar um pré-atendimento pela internet chamado Título Net a fim de agilizar o atendimento no cartório eleitoral. Basta acessar http://www.tre-go.jus.br/eleitor/servicos/pre-atendimento-eleitoral/pre-atendimento-eleitoral e preencher os dados. Vale ressaltar que não é possível imprimir o título pela internet.


O jovem deverá comparecer no cartório eleitoral munido de documento oficial e comprovante de endereço recente.

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social – ASICS

Terça-feira, 17 de novembro, 2015

QUEBRA-CABEÇAS




É estranhável a insistência do ex-presidente Lula em substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda por Henrique Meirelles, quando parece claro a todos que seria como trocar seis por meia dúzia. Nada do que Levy defende Meirelles recusa, e tudo o que a ala erroneamente identificada como desenvolvimentista pretende, como expansão do crédito e juros baixos no peito, Meirelles não atenderá se chegar lá.

Simplesmente porque não há condições objetivas para retomar a tal "nova matriz econômica" inventada por Mantega sob a coordenação da presidente Dilma, que nos levou à crise em que nos debatemos. Nesse particular, os papéis inverteram-se.

No início do segundo mandato, Dilma não parecia disposta a admitir que errara convidando para a Fazenda um antípoda de Mantega, e foi Lula quem a convenceu a convidar Trabuco, o presidente do Bradesco, para o cargo. Levy foi uma consequência dessa iniciativa, e sua escolha pressupunha que o governo, e também o PT, estava convencido de que a receita desandara e o melhor era recuar para evitar a catástrofe que se desenha no horizonte.

Só que o remédio duro receitado pelo especialista em cortar custos acabou sendo rejeitado tanto por Lula quanto pelo PT, como se existisse alternativa viável. Se a luta política petista, sob a orientação de Lula, fosse para colocar no lugar um Luiz Gonzaga Belluzzo, ou um Mareio Pochmann, haveria pelo menos coerência nessa demanda, mas no momento a mais coerente parece mesmo ser a presidente Dilma, que teima em permanecer com sua escolha inicial como se já tivesse entendido que não deu certo a experiência do primeiro mandato.

A insistência de Lula em tirar Levy pela alternativa defendida mais parece mesmo uma vingança contra quem considera ser o responsável pela ação republicana da Receita Federal e do Coaf, que investigam indícios de enriquecimento ilícito de Lula e parentes, conforme revelou Jorge Bastos Moreno na sua coluna de sábado.

Ao mesmo tempo, insistir nessa campanha contra Levy e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, parece indicar que Lula está querendo é desestabilizar o governo de Dilma, deixando de lado pruridos éticos, que nunca foram seu forte, para praticar uma política realista que o levaria a desejar a saída da presidente para ele e o PT ficarem livres desse fardo e poderem, já na oposição, acusar o governo substituto de todos os males que terão que fazer se continuarem governando.

A essa altura dos acontecimentos, já existem indícios suficientemente fortes para que o ex-presidente tema ser denunciado como o verdadeiro mentor do esquema de corrupção implantado no país. A ação política incessante de Lula tem esse objetivo, o de mantê-lo visível para torná-lo inatingível.

(Merval Pereira)

Terça-feira, 17 de novembro,2015



16 de novembro de 2015

OS INTELECTUAIS SÃO DO BEM?



Tenho me perguntado uma coisa há algum tempo, e o leitor que me acompanha sabe disso. A pergunta que me atormenta é: por que nós intelectuais achamos que somos do bem?

Explico meu estranhamento. Intelectuais são pessoas normais e, portanto, movem-se por interesses que nem sempre podem ser confessados em voz alta. Por exemplo: vaidade, ambição, paixões, racionalizações pragmáticas, inveja, ódio, amor, instintos competitivos; enfim, nada de novo no front. E dinheiro? Claro que sim, mas, em nossa vida de profissionais do saber, normalmente, isso se traduz em "verbas de pesquisa", "horas-aula", "palestras", "concursos".

No fim das contas, é grana. E prestígio, moeda de alto valor em nosso mundo.

Principalmente porque esse nosso mundo é pobrinho de grana. Logo, vaidades tomam o lugar da pouca quantidade de grana. Mas mente-se com frequência em relação aos interesses financeiros nesse mundo (principalmente no Brasil, que patina numa mentalidade neolítica contra a sociedade de mercado), normalmente por mera pose. E fatos como esses (refiro-me a esta pose) é que me levam de novo à pergunta inicial: por que nós intelectuais assumimos que somos do bem?

Penso que uma primeira resposta está em nossa vaidade: resta-nos a pose de ser do bem, já que não temos muito dinheiro e, fora do nosso mundo, não temos muito prestígio. Ser do bem é uma vaidade que data, no mínimo, do clero católico medieval. Nós intelectuais somos o novo clero do mundo: posamos de representantes do sumo bem, mas agimos como todo humano miserável, movido pelas mesma paixões dos "ignorantes".

Mas tem mais coisa nesse angu. Qualquer um pode ver esta percepção de que somos do bem no modo arrogante como assumimos que as pessoas comuns são meio idiotas (ainda que não digamos isso claramente). Por exemplo, essa gente iletrada a favor da maioridade penal, contra o aborto, que come carne aos montes, que "acredita na família" (só gente inculta comete esse erro), que pensa que com armas nas mãos pode se defender de bandidos, que acha que o mundo está dividido em "gente de bem" e "bandidos", ou seja, essa gente comum é de uma estupidez que choca nosso intelecto muito mais "bem informado".


É verdade que quando você estuda mais, você fica com um olhar mais "sofisticado" para o mundo. Mas essa "sofisticação" implica que o saber comum, impregnado no cotidiano de milhares de pessoas, seja menor do que o de uma só pessoa que lê muitos livros? Ou que essa "sofisticação" torna você uma pessoa moralmente melhor? Não creio. Intelectuais aderem a toda forma de humilhação cotidiana de outras pessoas, assim como aderiram a toda forma de violência política no século 20. Mas, ainda assim, minha tribo está segura de que representa o néctar moral do mundo.

Basta ver a história recente do PT (grêmio que reuniu a esmagadora maioria dos intelectuais brasileiros nos últimos tempos) para ver o ridículo dessa gente. E o pior é a pergunta que decorre diretamente da derrocada moral do PT: como esses intelectuais "brilhantes" não foram capazes de enxergar que o glorioso partido era na realidade uma assembleia de gente no mínimo "duvidosa" moralmente? Todos esses anos de estudos para apostar numa entidade corrupta como esta?

Intelectuais não são reserva de moral nenhuma. Não somos os guardiões do bem. E é desse "não" lugar que devemos falar.

Por: Luiz Felipe Pondé

Segunda-feira, 16 de novembro, 2015