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1 de junho de 2016

DELEGADA DA LAVA JATO É A MAIS VOTADA AO CARGO DE DIRETOR-GERAL DA PF



A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) anunciou na terça-feira (31) os nomes dos três delegados mais votados dentro da eleição interna para disputar o cargo de diretor-geral da PF. A coordenadora da Lava Jato, Erika Malik Marena (PR), única mulher na disputa, foi a mais votada com 1.065 votos. O delegado Rodrigo de Melo Teixeira (MG) obteve 924 votos e, em terceiro, Marcelo Eduardo Freitas (MG), com 685.

O presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral, pretende entregar a lista tríplice ao presidente Michel Temer e ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, já nesta quarta-feira (1), a depender da agenda. A associação de delegados acredita que o processo de escolha do novo diretor-geral é uma ferramenta de impedir nomeação política para o mais alto cargo da instituição. No total, votaram 4.014 delegados.

Apesar de ser a mais votada, a delegada Erika pode não ser a escolhida de Temer. Conforme publicou o Diário do Poder ontem, o atual diretor da PF, Leandro Daiello, foi o sexto mais votado em 2010, em lista sêxtupla feita pela Federação Nacional dos Delegados de Polícia (Fenadepol), e mesmo assim foi nomeado pelo então ministro José Eduardo Cardozo para o cargo, onde permanece até hoje.

Quem é quem

Natural de Apucarana/PR, a delegada federal Erika Mialik Marena entrou para a Polícia Federal em 2003. Logo no primeiro ano participou da Delegacia de Crimes Financeiros (DELEFIN), em São Paulo/SP. Em 2005 foi coordenadora da Força-Tarefa CC5, em Curitiba/PR. Dois anos depois ingressou no Grupo de Repressão a Crimes Financeiros (GRFIN), em Curitiba/PR, permanecendo até 2011, sendo que os dois últimos anos foi Chefe do GRFIN.

Mineiro de Barbacena, o delegado Rodrigo de Melo Teixeira ingressou na PF 1999, após aprovação no concurso público do ano 1997/1998. Ao longo da carreira, exerceu diversas funções de chefia, como na Delegacia de Repressão ao Tráfico de Entorpecentes na SR/PF/TO; no Núcleo de Combate a Crimes Financeiros (atual DELEFIN) na SR/PF/MG; na Delegacia de Imigração (Delemig). Também ocupou o cargo de corregedor da Superintendência Regional da Polícia Federal de Minas Gerais.

De Montes Claros, Minas Gerais, o associado Marcelo Eduardo Freitas se tornou delegado da PF em 2000. Atualmente, chefia a Delegacia da Polícia Federal em sua cidade natal. Com a conclusão da graduação em direito em 1999, Freitas é, também, professor da Academia Nacional de Polícia, em Brasília, e doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino.

Elijonas Maia

Quarta-feira, 01 de junho, 2016

30 de maio de 2016

GILMAR DIZ QUE PROCUROU TEMER PREOCUPADO COM FALTA DE RECURSOS PARA ELEIÇÃO




O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que seu encontro com o presidente em exercício, Michel Temer, no sábado (28) foi para manifestar sua preocupação como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a saída do senador Romero Jucá do ministério do Planejamento.

Segundo ele, as conversas de liberação de verbas para o pleito deste ano estavam em andamento. "Eu tinha avançado nas conversas com o ministro Jucá e a minha equipe estava discutindo com ele, mas aí houve esse incidente e aí ontem ele me ligou se colocando à disposição e eu aproveitei e fui lá para conversar", disse Mendes. Gilmar tomou posse no TSE no dia 12 de maio, mesmo dia em que Temer começou a exercer a presidência. Após dar posse aos ministros e fazer seu primeiro pronunciamento no cargo, Temer fez questão de prestigiar a cerimônia da Mendes no TSE.

Jucá deixou o cargo, no último dia 23, após divulgação de áudios em que ele supostamente sugere ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um pacto para deter as investigações da Operação Lava Jato. Tanto Jucá quanto Machado são alvos da Lava Jato. Na ocasião, Mendes disse que não entendeu a conversa entre os dois como uma tentativa de interferir na Operação Lava Jato e afirmou ainda não acreditar que a saída de Jucá do ministério do Planejamento prejudicaria o governo Temer. "São problemas da realidade política, com os quais se tem que lidar", afirmou.

Gilmar Mendes lembrou que já havia solicitado cerca de R$ 250 milhões ao Ministério do Planejamento para complementar o orçamento do TSE. Segundo ele, como há a dependência de uma Medida Provisória para a liberação da verba, Temer disse que "daria orientação positiva aos órgãos competentes para que deliberassem". "Fui ressaltar a importância da celeridade neste processo", disse. "Os setores técnicos do tribunal e do Ministério do Planejamento já vinham conversando. Eu só fiquei um pouco preocupado com a saída do ministro Jucá, porque não podemos retardar muito essa providência porque temos a fabricação de urnas em andamento", reforçou.

Segundo Gilmar Mendes, as eleições municipais de outubro são as maiores do País. "São 580 mil candidatos estimados e precisamos fazer 90 mil urnas", disse. "É um assunto normal, nenhuma novidade."

O ministro disse que não conversou com Temer a respeito dos processos em andamento no TSE que podem levar à cassação da chapa eleita em 2014, na qual Temer era o vice da presidente afastada Dilma Rousseff. "Não falamos nada sobre isso. Até porque esse processo não está maduro para ser julgado. Ele está na fase de perícia", afirmou, destacando que o processo só será "contemplado quando tiver condições".

Gilmar Mendes é o relator da prestação de contas da presidente afastada Dilma Rousseff referente às eleições de 2014. No ano passado, o ministro pediu a investigação de suposta prática de atos ilícitos na campanha que reelegeu Dilma mesmo após as contas da petista terem sido aprovadas com ressalvas pelo TSE. A determinação teve como base informações reveladas pela Operação Lava Jato de que a campanha foi financiada com recursos da Petrobras.

Além da prestação de contas do partido, tramitam no TSE quatro ações questionando supostas irregularidades nas contas da chapa eleita em 2014 e que pedem a cassação do mandato de Dilma e do presidente em exercício, Michel Temer, e que estão sob a relatoria da ministra Maria Thereza de Assis Moura. (AE)

Segunda-feira, 30 de maio, 2016


29 de maio de 2016

O DIA SEGUINTE MELHOR DO QUE A VÉSPERA?




À medida em que vão sendo revelados os sucessivos episódios da roubalheira verificada em entidades do governo e da iniciativa privada, à sombra da Operação Lava Jato e sucedâneos, com a exposição de políticos e empresários variados, a conclusão é de que dos relacionados não deveria sobra nenhum, ou sobrarão muito poucos. Pelos cálculos feitos até agora pelo Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça, já são mais de duzentos os bandidos, estes reconhecendo a própria culpa, aqueles emergindo das investigações e processos mais ou menos avançados. Alguns comprovadamente envolvidos, condenados ou em vias de tanto. Estes já postos na cadeia, outros a caminho.

A vergonha atinge o país inteiro. Não escapam nomes ilustres.

A pergunta que se faz é sobre quantos escaparão. Porque tentando, todos estão, apelando para as delações premiadas, as amizades de sempre, as chicanas e os advogados abertos ao faturamento variado.

Jamais a corrupção alcançou níveis tão altos. Pelo menos, a impunidade começa a ser atingida e denunciada. Indaga-se a respeito de sua extensão. Muitos vão saltar de banda. Mesmo assim, parte dos corruptos vem sendo arcabuzada, evidência de que o Brasil progride.

Não haverá, portanto, que desistir. Preferível parece imaginar o dia seguinte melhor do que a véspera.
Por: Carlos Chagas
Domingo, 29 de maio, 2016