A
Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) anunciou na
terça-feira (31) os nomes dos três delegados mais votados dentro da eleição interna
para disputar o cargo de diretor-geral da PF. A coordenadora da Lava Jato,
Erika Malik Marena (PR), única mulher na disputa, foi a mais votada com 1.065
votos. O delegado Rodrigo de Melo Teixeira (MG) obteve 924 votos e, em
terceiro, Marcelo Eduardo Freitas (MG), com 685.
O
presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral, pretende entregar a lista tríplice
ao presidente Michel Temer e ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, já
nesta quarta-feira (1), a depender da agenda. A associação de delegados
acredita que o processo de escolha do novo diretor-geral é uma ferramenta de
impedir nomeação política para o mais alto cargo da instituição. No total,
votaram 4.014 delegados.
Apesar
de ser a mais votada, a delegada Erika pode não ser a escolhida de Temer.
Conforme publicou o Diário do Poder ontem, o atual diretor da PF, Leandro
Daiello, foi o sexto mais votado em 2010, em lista sêxtupla feita pela
Federação Nacional dos Delegados de Polícia (Fenadepol), e mesmo assim foi
nomeado pelo então ministro José Eduardo Cardozo para o cargo, onde permanece
até hoje.
Quem é quem
Natural
de Apucarana/PR, a delegada federal Erika Mialik Marena entrou para a Polícia
Federal em 2003. Logo no primeiro ano participou da Delegacia de Crimes
Financeiros (DELEFIN), em São Paulo/SP. Em 2005 foi coordenadora da
Força-Tarefa CC5, em Curitiba/PR. Dois anos depois ingressou no Grupo de
Repressão a Crimes Financeiros (GRFIN), em Curitiba/PR, permanecendo até 2011,
sendo que os dois últimos anos foi Chefe do GRFIN.
Mineiro
de Barbacena, o delegado Rodrigo de Melo Teixeira ingressou na PF 1999, após
aprovação no concurso público do ano 1997/1998. Ao longo da carreira, exerceu
diversas funções de chefia, como na Delegacia de Repressão ao Tráfico de
Entorpecentes na SR/PF/TO; no Núcleo de Combate a Crimes Financeiros (atual
DELEFIN) na SR/PF/MG; na Delegacia de Imigração (Delemig). Também ocupou o
cargo de corregedor da Superintendência Regional da Polícia Federal de Minas
Gerais.
De
Montes Claros, Minas Gerais, o associado Marcelo Eduardo Freitas se tornou delegado
da PF em 2000. Atualmente, chefia a Delegacia da Polícia Federal em sua cidade
natal. Com a conclusão da graduação em direito em 1999, Freitas é, também,
professor da Academia Nacional de Polícia, em Brasília, e doutorando em
Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino.
Elijonas
Maia
Quarta-feira,
01 de junho, 2016
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