O
presidente Michel Temer pretende reunir os partidos de apoio ao seu governo
para aumentar o número de senadores capazes de garantir sua permanência no
poder, com folga, até o dia 31 de dezembro de 2018. Já conta com 56,
suficientes para não correr riscos, mas deseja chegar aos 60. Nesse caso, não
ficaria dependendo de defecções inesperadas.
A
partir daí, passaria a cuidar da segunda fase de sua administração, elaborando
o programa definitivo para a recuperação da economia. Os primeiros passos foram
dados pela equipe chefiada por Henrique Meirelles, mas falta sedimentar o
número abaixo do qual não haverá retorno.
A
conclusão a tirar dos números atuais é de que certeza ainda não há do
afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Porque Madame dedica-se a um esforço
sobre-humano para superar sua débacle. Afinal, se reconquistar mais dois
senadores, deixando Temer com 54, abre o caminho para sua volta ao palácio do
Planalto.
Enquanto
esses índices permanecerem, não há certeza de nada. Indaga-se da hipótese de dois
ou três senadores aderirem a Dilma. Cristovam Buarque vem sendo o mais
assediado, mas há outros. Por conta disso, também gente que votou em Dilma vem
recebendo abraços e sorrisos da presidente afastada. Até por conta de senadores
hoje de cara amarrada para Temer.
É
prematuro arriscar nomes ou partidos, de um lado ou de outros dos indecisos. O
problema resume-se a continuar em outro número. No caso, 180, prazo agora
reduzido para menos de 100, que caberá ao Tribunal Superior Eleitoral definir.
Assim, à medida em que os dias passarem, mais aumentará a tensão entre os já
definidos e os hesitantes, a maioria destes deixando os demais com os nervos à
flor da pele.
Por:
Carlos Chagas
Quarta-feira,
22 de junho, 2016
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