A
Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (21) a Operação Turbulência,
destinada a desarticular um esquema, classificado de “organização criminosa
especializada em lavagem de dinheiro”, que atuava em Pernambuco e Goiás e que
teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.
Foram
presos os empresários pernambucanos Apolo Santana e João Carlos Lyra, que
compraram o jato Cessna.
Cerca
de 200 policiais federais dão cumprimento a 60 mandados judiciais, sendo 33 de
busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e 5 de prisão preventiva. Também
estão sendo cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de
embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais implicados.
Os
mandados são sendo cumpridos em 16 cidades pernambucanas, além do Aeroporto de
Guararapes. A investigação iniciou a partir da análise de movimentações
financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na
aquisição da aeronave Cessna Citation, prefixo PR-FRA, que caiu e matou o
ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.
A
PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de
“laranjas”, e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas
fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas no bojo da Operação Lava
Jato.
Há
suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas
serviam para pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de
empreiteiras. O esquema atuava desde 2010, segundo suspeita a PF.
Tanto
os presos como os conduzidos coercitivamente serão levados para a sede da
Polícia Federal em Recife. Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de
participação no esquema criminoso, nos crimes de organização criminosa, lavagem
de dinheiro e falsidade ideológica. A PF concederá entrevista coletiva, às 10h,
na Superintendência da PF em Recife (A/E)
Terça-feira,
21 de junho, 2016
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