O
uso abusivo de aviões da FAB e dos cartões corporativos pela presidente
afastada Dilma Rousseff levaram a Casa Civil do Palácio do Planalto a
regulamentar esses "direitos" fixados pelo Senado, após o
impeachment. Além de cortar viagens com aviões da FAB para outros locais que
não Porto Alegre, o Planalto decidiu que só Dilma terá direito a utilizar o
cartão de crédito corporativo para suas despesas pessoais. Alguns dos
auxiliares dela também utilizavam o cartão.
"A
decisão do Senado foi muito genérica e precisava de uma regulamentação porque,
do jeito que estava, o céu era o limite e como eles não tinham limite, estavam
ultrapassando o limite do céu", afirmou o ministro da Secretaria de
Governo, Geddel Vieira Lima, acrescentando que se esperava que "houvesse
parcimônia" de Dilma e sua equipe, mas o que houve foi exatamente o
contrário.
Agora,
para viajar para outros destinos diferentes de Porto Alegre, Dilma terá de
comprar suas próprias passagens ou fazer seu partido, o PT, pagar o aluguel de
jatinhos, como o faz a Lula, por exemplo.
Geddel
comentou também sobre os problemas causados por Dilma com a decisão de viajar
pelo Brasil. "Eles pediam uma série de coisas que não cabiam. Cada viagem,
eram inúmeros funcionários que tinham de ir, até em grupos precursores para
preparar sua chegada, como se fosse a presidente no exercício do cargo. Na
verdade, estava indo fazer comício com dinheiro público", disse.
Assim
que foi avisada da redução dos seus benefícios, Dilma disse em discurso, na
capital gaúcha, que a decisão foi "ilegítima", com objetivo de
proibir que ela viaje. "Eu vou viajar", publicou a petista, em sua
página no Facebook, acrescentando que "é um escândalo que eu não possa
viajar para o Rio, para o Pará, para o Ceará… Isso é grave. Eu não posso, como
qualquer outra pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema
garantindo a minha segurança, pela Constituição. É a Constituição que manda.
Estamos diante de uma situação que vai ter de ser resolvida".
A
crise financeira não afetou o bolso dos servidores públicos federais. De
janeiro a maio, sob o comando da presidente afastada Dilma Rousseff, foram
gastos R$ 101,9 bilhões com pessoal e encargos sociais. Só para pagar a folha
de pessoal, o valor autorizado pelo Orçamento da União, para 2016, é de R$
277,2 bilhões. Do total, R$ 181 bi já foram empenhados; 65,5% da dotação do
grupo de despesa.
Na
despesa com pessoal, os pagamentos deste ano cresceram 6,4%, em relação aos
dados de maio de 2015 (R$ 95,8 bilhões).
Com
investimentos beneficiando a maioria da população, o governo Dilma gastou R$
1,2 bilhão: apenas 2,6% dos R$46,4 bilhões previstos.
O
Orçamento da União para este ano, aprovado pelo Congresso, somou R$ 2,96
trilhões, sendo empenhado o valor de R$ 1,92 trilhão. (A/E)
Segunda-feira,
06 de junho, 2016
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