Verdade,
mentira ou exagero, tanto faz como classificar as delações premiadas do
ex-senador Sérgio Machado. Melhor será marcar um “X” nos três quadradinhos.
Mais importante será verificar que o sistema político brasileiro apodreceu. A
corrupção generalizou-se e atinge a prática eleitoral. Inviabiliza os partidos,
os candidatos, o voto e as leis.
Fazer
o quê? De início, revogar tudo, mas quem exercerá essa função? O povo, isto é,
o eleitor, mas como? Por meio de uma nova lei elaborada pelos políticos, através
do voto barganhado por candidatos selecionados pelos partidos?
De
uns dias para cá recrudesce a proposta da antecipação das eleições gerais,
acoplada à convocação de uma assembleia constituinte exclusiva, destinada a
redigir a reforma política. Não vai dar certo, pois os candidatos a exclusivos
serão os mesmos políticos de sempre.
Entregar
o poder ao Judiciário teve sucesso no passado, em 1945. Mesmo assim, garantia
não há da repetição da experiência.
Fala-se
do parlamentarismo, mas o entusiasmo arrefece quando se lembra de que esse
sistema amplia ao máximo os poderes do Legislativo. Lembra-se da ditadura
militar, de memória mais triste ainda.
Em
suma, não passamos da constatação de que o país está podre. Que tal um decreto
dispondo “revoga-se a podridão!”
Por:
Carlos Chagas
Sábado,
18 de junho, 2016
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