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28 de setembro de 2015

PSDB DIZ NA TV QUE 'ESTÁ NA HORA' DE O PT 'PAGAR PELOS PRÓPRIOS ERROS'




 Os principais nomes do PSDB afirmaram em programa na noite de segunda-feira (28) em rede nacional de rádio e televisão que o PT e o governo enganaram os brasileiros e que está na hora de o partido adversário "pagar pelos seus próprios erros", segundo palavras do senador José Serra (PSDB-SP).


"Nós avisamos: está entrando água no barco, pode afundar. Mas o PT se fez de surdo, não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a eleição [...] Acho que está na hora de o PT pagar pelos seus próprios erros", afirmou Serra no vídeo do programa, disponível no site do partido e que o Blog do Camarotti antecipou.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a gestão da presidente Dilma Rousseff "está derretendo". Para FHC, que já defendeu a renúncia de Dilma, "está na hora de a presidente ter grandeza e pensar no que é melhor para o Brasil e não para o PT".
 O presidente do partido, senador Aécio Neves (PSDB-MG), disse que a realidade "foi escondida dos brasileiros" . Para ele, "preveleceu sempre a mentira, tudo apenas para vencer as eleições", mas, ressalvou, "é dentro das regras democráticas que nós queremos e nós iremos lutar".

De acordo com o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, "o Brasil não pode ficar parado por mais três anos".  “O Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história. E o governo do PT escolheu o pior caminho para enfrentá-la: aumentou impostos e juros, piorando ainda mais o drama do desemprego”, disse Alckmin.

A propaganda traz críticas à recriação da CPMF, anunciada pelo governo federal como medida para equilibrar o orçamento do próximo ano.

O vídeo mostra uma imagem da presidente Dilma Rousseff, durante as eleições, afirmando que não pensava em recriar a CPMF “porque não seria correto” e que a contribuição era um "engodo".

Em seguida, o narrador questiona:  “Como acreditar numa governante que diz uma coisa e, quando lhe convém, faz outra?”
 Em sua aparição, Aécio Neves, que perdeu a última eleição para Dilma, diz que a crise será superada "quando a verdade substituir a mentira e a competência voltar a conduzir os destinos do país".

Segundo ele, a presidente transfere o custo dos seus erros para as famílias e os trabalhadores brasileiros”.

O senador afirma, ainda, que “o que está feito está feito” e que é necessário “olhar para a frente”.

“Somos oposição, sim, mas somos oposição a esse governo, não somos e nem jamais seremos oposição ao Brasil. [...] Se o governo quiser trazer de volta imposto do cheque, seremos contra. Mas se esse mesmo governo reduzir impostos sobre a folha de pagamento para que empresas parem de demitir, seremos a favor”, disse Aécio.

A propaganda menciona ainda a perda pelo Brasil do grau de investimento na classificação de crédito da Standard and Poor's (S&P), o pedido do TSE para investigação das contas da presidente e a análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU) das contas do governo em 2014.

No final, o programa reage às acusaçõers de partidários de Dilma e do governo de que a oposição planeja um golpe.

Um apresentador pergunta ao telespectador do que ele é vítima quando empresta dinheiro para alguém e essa pessoa desaparece. "De um golpe", responde.

Ele também indaga o que siginifica votar em quem prometeu controlar a inflação, não mexer no seguro-desemprego e aumentou a tarifa de energia elétrica. "Pense bem, isso é ou não um verdadeiro golpe?", perguntou.
(G1)
Segunda-feira, 28 de setembro, 2015

PROIBIÇÃO E NECESSIDADE


           
O Supremo Tribunal Federal decidiu ser inconstitucional as pessoas jurídicas financiarem campanhas eleitorais.

As regras de financiamento apareceram no Código Eleitoral de 1950.

Exigiu-se contabilidade e proibiu-se contribuições de procedência estrangeira, sociedades de economia mista e empresas concessionárias de serviço público.

No regime militar (Castello Branco), lei de 1965 criou o fundo partidário, manteve as regras anteriores e estendeu a proibição às autoridades e órgãos públicos e às empresas privadas.

Tudo se repetiu em lei de 1971 (governo Médici), com a inclusão de fundações e entidades de classe ou sindicais.

Em 1989, sob lei de 1971, elegeu-se o presidente Collor.

Em 1992, na revista Veja, Pedro Collor denunciou corrupção no governo.

Em junho de 1992, no Congresso, instalou-se a CPI do "Esquema PC Farias".

Em 20 de setembro de 1992, superando dois terços de votos, a Câmara aprovou representação por impeachment.

Em 30 de dezembro, o Senado aprovou o impeachment.

O Relatório da CPI examinou o financiamento da campanha eleitoral.

Conclui que a proibição de contribuições das pessoas jurídicas era o problema, pois: a) os partidos e candidatos tinham que ter recursos para a campanha eleitoral; b) o fundo partidário, os recursos próprios e as contribuições das pessoas físicas eram insuficientes; c) logo, a contribuição das pessoas jurídicas era necessária.

A proibição "empurrara" os partidos para a ilegalidade.

Em 1993 (para eleições de 1994), lei permitiu a contribuição das pessoas jurídicas limitada a 2% da receita operacional bruta e estabeleceu formas de fiscalização.

Em 1995, nova lei dos partidos manteve a fórmula e a lei para eleições de 1996 reduziu o percentual para 1%.

Em 1997 o percentual voltou para 2%.

Neste ano, após 18 anos de vigência do modelo, o STF declarou sua incompatibilidade com a Constituição de 1988!

Voltamos ao modelo do regime militar.

O ministro Teori Zavascki, opondo-se, advertiu: "Não extrair (...) interpretações voluntaristas que imponham gessos artificiais e permanentes às alternativas (...) ao sistema de financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais".

A proibição, imposta pelo regime militar e ressuscitada pelo STF, não irá empurrar os partidos para a ilegalidade, tal como observado pela CPI de 1992?

A necessidade não derrubará o "gesso artificial" da proibição e voltaremos a 1993?

Lembro J.L. Borges: "Si de algo soy rico es de perplejidades y no de certezas".

(Nelson Jobim)

Segunda-feira, 28 de setembro, 2015