Os principais nomes do PSDB afirmaram em
programa na noite de segunda-feira (28) em rede nacional de rádio e televisão
que o PT e o governo enganaram os brasileiros e que está na hora de o partido
adversário "pagar pelos seus próprios erros", segundo palavras do
senador José Serra (PSDB-SP).
"Nós
avisamos: está entrando água no barco, pode afundar. Mas o PT se fez de surdo,
não cuidou de prevenir a crise. Só pensou em ganhar a eleição [...] Acho que
está na hora de o PT pagar pelos seus próprios erros", afirmou Serra no
vídeo do programa, disponível no site do partido e que o Blog do Camarotti
antecipou.
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a gestão da presidente Dilma
Rousseff "está derretendo". Para FHC, que já defendeu a renúncia de
Dilma, "está na hora de a presidente ter grandeza e pensar no que é melhor
para o Brasil e não para o PT".
O presidente do partido, senador Aécio Neves
(PSDB-MG), disse que a realidade "foi escondida dos brasileiros" .
Para ele, "preveleceu sempre a mentira, tudo apenas para vencer as
eleições", mas, ressalvou, "é dentro das regras democráticas que nós
queremos e nós iremos lutar".
De
acordo com o governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, "o Brasil
não pode ficar parado por mais três anos".
“O Brasil vive hoje uma das piores crises de sua história. E o governo
do PT escolheu o pior caminho para enfrentá-la: aumentou impostos e juros,
piorando ainda mais o drama do desemprego”, disse Alckmin.
A
propaganda traz críticas à recriação da CPMF, anunciada pelo governo federal
como medida para equilibrar o orçamento do próximo ano.
O
vídeo mostra uma imagem da presidente Dilma Rousseff, durante as eleições,
afirmando que não pensava em recriar a CPMF “porque não seria correto” e que a
contribuição era um "engodo".
Em
seguida, o narrador questiona: “Como
acreditar numa governante que diz uma coisa e, quando lhe convém, faz outra?”
Em sua aparição, Aécio Neves, que perdeu a
última eleição para Dilma, diz que a crise será superada "quando a verdade
substituir a mentira e a competência voltar a conduzir os destinos do
país".
Segundo
ele, a presidente transfere o custo dos seus erros para as famílias e os
trabalhadores brasileiros”.
O
senador afirma, ainda, que “o que está feito está feito” e que é necessário
“olhar para a frente”.
“Somos
oposição, sim, mas somos oposição a esse governo, não somos e nem jamais
seremos oposição ao Brasil. [...] Se o governo quiser trazer de volta imposto
do cheque, seremos contra. Mas se esse mesmo governo reduzir impostos sobre a
folha de pagamento para que empresas parem de demitir, seremos a favor”, disse
Aécio.
A
propaganda menciona ainda a perda pelo Brasil do grau de investimento na
classificação de crédito da Standard and Poor's (S&P), o pedido do TSE para
investigação das contas da presidente e a análise pelo Tribunal de Contas da
União (TCU) das contas do governo em 2014.
No
final, o programa reage às acusaçõers de partidários de Dilma e do governo de
que a oposição planeja um golpe.
Um
apresentador pergunta ao telespectador do que ele é vítima quando empresta
dinheiro para alguém e essa pessoa desaparece. "De um golpe",
responde.
Ele
também indaga o que siginifica votar em quem prometeu controlar a inflação, não
mexer no seguro-desemprego e aumentou a tarifa de energia elétrica. "Pense
bem, isso é ou não um verdadeiro golpe?", perguntou.
(G1)
Segunda-feira,
28 de setembro, 2015
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