O ex-ministro Ciro Gomes assinou
na tarde desta quarta-feira, 16, a filiação ao PDT. Em ato na sede do partido,
em Brasília, representantes do partido fizeram menções sobre uma possível
candidatura à Presidência em 2018. O primeiro dia no partido veio com uma série
de ataques ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao governo Dilma
Rousseff.
Ciro nega o anúncio com três anos
de antecedência de que pode ser candidato em 2018 e diz que chega ao partido
para preparar o caminho da militância. "Não entro no PDT para ser
candidato a rigorosamente nada", afirmou, ponderando que pode estar
habilitado a ocupar o posto. "Eu não posso ficar mentindo e dizer que não
quero ser candidato, porque já fui duas vezes, mas não chego no PDT como
candidato".
De personalidade tida como forte,
Ciro estreou no PDT com críticas ao deputado Eduardo Cunha. "O presidente
da Câmara dos Deputados, que hoje infelizmente representa uma maioria de
corruptos, é quem tem o juízo de admissibilidade do impeachment", disse,
ressaltando que defende a manutenção do mandato de Dilma.
Nesta quarta, seu irmão, Cid
Gomes, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a pagar R$ 50
mil de indenização por danos morais a Cunha. No início do ano, ele afirmou em
seminário que a Câmara tinha entre 300 e 400 achacadores. Depois, confirmou no
plenário da Câmara o que havia dito. "(Cid) foi lá e meteu o dedo na cara
desse maior vagabundo de todos, que é o presidente da Câmara", afirmou
Ciro.
Ciro Gomes disse que seu irmão
vai recorrer da decisão "porque quem fala a verdade neste País não pode
ser criminalizado" e afirmou que vai analisar o despacho do juiz. "Se
ele tiver julgado isso antes de procedimentos mais antigos, ele vai se explicar
no Conselho Nacional de Justiça", declarou.
Sobre o atual governo, Ciro disse
que Dilma padece de dois problemas: a falta absoluta de projeto e uma equipe
muito ruim, a qual apelidou de "organizações Tabajara".
Em agosto, Ciro e o ex-governador
do Ceará Cid Gomes, além do grupo político ligado a eles, fecharam acordo de
migração do PROS para o PDT. A oficialização da ida de Cid para o partido será
no dia 28 de setembro. (AE)
Quinta-feira, 17 de setembro 2015
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