A
detenção pela Polícia Federal do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João
Vaccari Neto – acusado de fazer parte da quadrilha que operava esquema
institucionalizado de corrupção na Petrobras - foi interpretado pela imprensa,
brasileira e estrangeira, como um dedo que se levanta na direção da presidente
Dilma Rousseff.
Isso
acontece dias depois de ter ela manifestado absoluta certeza de quem suas
campanhas (a de 2010 e a de 2014) não teria entrado um tostão proveniente do
“petrolão” ou outros eventuais esquemas de corrupção operados por gente ligada
ao PT. Os fortes indícios da participação de Vaccari, como receptor de fundos do
propinoduto, parecem sugerir coisa diferente.
A
Presidente pode, é claro,voltar atrás e corrigir-se. Dizer que não é tão absoluta assim sua certeza quanto à
lisura da origem dos recursos postos à disposição de suas campanhas. Ninguém vai achar estranho, pois não foi ela
mesma que comandou o conselho da Petrobras nos anos em que a roubalheira corria
solta, sem que ela tivesse a menor ideia do que se passava?
Mas
em vez de apresentar fatos, o comando do PT pretende mais uma vez recorrer à
enganação para atacar a ação das instituições do Estado e a grande imprensa.
Segundo
o jornal Página 12, de Buenos Aires, Dilma reuniu-se durante uma hora e meia
com a imprensa “independente” (Carta Maior, Fórum, Vermelho, jornal CGN, Diário
do Centro do Mundo e Socialista Morena, identificados como “portales y blogs
que libran un combate cotidiano contra la desinformación de las empresas
dominantes.”
Dilma
teria dito, segundo o jornal argentino, que a pequena participação popular nas
marchas de domingo - “conduzidas por um grupo de extremistas que não têm outra
bússola do que a do ódio ao PT e aos
pobres”. Incrível a pataquada, os argumentos que busca usar o governo para
encobrir os malfeitos que se acrescentam a cada dia na lista de crimes
cometidos por petistas e associados.
O
líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC) é
outro que perdeu mais uma excelente oportunidade de ficar calado, o que muito
concorreria para beneficiar sua já desgastada imagem no Congresso Nacional.
Para
Sibá, a detenção pela Polícia Federal do tesoureiro de seu partido, Antônio
Vaccari Neto, apelidado de Mochila, foi uma prisão política. O detido não fez
nada extraordinário, a não ser, segundo os levantamentos da Justiça, fazer
parte do propinoduto criado pelo PT para esfolar a Petrobras. (Claudio Umberto)
Quinta-feira,
16 de abril, 2015
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