Logo
após o adiamento das eleições para novembro, o deputado Célio Studart (PV-CE)
fez consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se certificar de que
políticos condenados em 2012 continuariam inelegíveis, como prevê a Lei da
Ficha Limpa, de iniciativa popular.
Mas
sua consulta deu pretexto para o TSE legislar outra vez e perpetrar mais uma
interpretação criativa, liberando ficha suja para concorrer em novembro.
Para
Studart, o TSE “violou uma das maiores conquistas populares”.
A
lei tornou condenados de 2012 inelegíveis até a eleição de 2020. Para o TSE, a
sentença se referia a outubro, não a novembro. Um deboche.
A
Lei da Ficha Limpa pune o pilantra e o afasta de eleições por oito anos ou dois
pleitos. O TSE pisou na lei e reduziu a punição para uma eleição.
Após
a prorrogação da eleição, o TSE estendeu todos os prazos para convenções,
propaganda etc. Mas pegou leve com políticos corruptos.
Ministros
do TSE pareciam se divertir com a decisão que provocou uma onda de indignação.
“Sorte é sorte”, disse o ministro Alexandre Moraes.
*Diário
do Poder
Quinta-feira,
03 de setembro, 2020 ás 11:30
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