Apesar
do cancelamento do tradicional desfile de 7 de setembro em Brasília por conta
da pandemia do Covid-19, a data não passará em branco no governo Jair
Bolsonaro. Pela manhã da próxima segunda-feira, o Palácio do Planalto vai
sediar um evento fechado para poucos convidados, com discursos do ministro da
Defesa, Fernando Azevedo, e do presidente sobre o Dia da Independência do
Brasil.
Ao
fim da cerimônia, Bolsonaro irá até a rampa do Planalto para assistir a
passagem da Esquadrilha da Fumaça, que costuma fazer uma exibição nos desfiles
do Dia da Pátria. Ele também deve fazer um pronunciamento em cadeia nacional de
rádio e TV.
Além
disso, monumentos de Brasília serão iluminados em verde e amarelo ao longo do
mês de setembro e as redes sociais do governo federal devem ganhar nova
identidade visual comemorativa. Diante da impossibilidade de exercer o ufanismo
nas ruas, a equipe de comunicação do governo preparou uma campanha para
divulgar manifestações de “amor à pátria” no 7 de setembro, com fotos e vídeos
sobre a data.
A
decisão de cancelar os desfiles ocorreu no dia 7 de agosto, quando o Ministério
da Defesa editou uma portaria que recomenda aos comandantes das Forças Armadas
que orientem as tropas a não participar das comemorações da Independência do
Brasil em razão do novo coronavírus. A medida, assinada pelo ministro Fernando
Azevedo, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O
texto da portaria ressalta a recomendação de autoridades sanitárias pelo
isolamento social para evitar os contágios. “As condições atuais indicam que
tal recomendação deva ainda vigorar durante o mês de setembro, abrangendo,
assim, o período de celebração do 198º Aniversário da Proclamação da
Independência do Brasil”, diz o ato.
No
ano passado, Bolsonaro participou do desfile em Brasília ao lado da família e
também do então ministro da Justiça, Sergio Moro. Na ocasião, ele quebrou o
protocolo, desceu da tribuna e caminhou na Esplanada para cumprimentar o
público, acompanhado por Moro. O ex-juiz deixou o governo em abril, e acusou o
presidente de tentar interferir politicamente nas investigações da Polícia
Federal.
*O
Globo
Domingo,
05 de setembro, 2020 ás 12:00
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