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Ato de perseguição (também
conhecido como "stalking"), que envolve assédio persistente e
indesejado que causa medo ou angústia, é crime no Brasil, conforme o Artigo
147-A do Código Penal. Esta lei se aplica a qualquer pessoa, incluindo políticos,
independentemente de sua orientação política.
Embora não exista uma
legislação específica que vise o stalking contra políticos de direita, qualquer
político que seja vítima de perseguição estará protegido por esta lei. As
vítimas têm o direito de denunciar o incidente à polícia e solicitar uma investigação.
Violência e Ameaças a Políticos
no Brasil
É importante notar que o clima
político no Brasil, especialmente nos últimos anos, tem visto um aumento da
polarização política e, por vezes, violência e ameaças relacionadas. Isso pode
afetar políticos de todo o espectro.
Relatórios e análises têm
destacado:
Assédio Online e Desinformação: Houve
investigações sobre redes organizadas que espalham desinformação e atacam
rivais políticos nas mídias sociais, o que pode escalar para ameaças no mundo
real.
Ameaças Físicas e Violência: Incidentes de
ameaças físicas e até mesmo violência contra políticos e seus apoiadores têm
sido relatados. Isso inclui casos em que indivíduos que expressam visões
políticas extremas agiram violentamente.
Impacto na Liberdade de Expressão: Embora a
lei proteja contra o stalking, também há um debate contínuo sobre o equilíbrio
entre a liberdade de expressão e a necessidade de combater a difamação, calúnia
e incitação à violência na esfera política.
Como a Lei Aborda o Stalking
Se um político de direita (ou
qualquer indivíduo) no Brasil estiver sendo perseguido, ele pode:
Registrar um Boletim de Ocorrência: O
primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência detalhando os incidentes de
perseguição.
Buscar Ordem Judicial Civil: Eles também
podem solicitar uma ordem judicial civil para que o agressor cesse o assédio.
Recurso Legal: O crime de perseguição é
punível por lei, e as investigações podem levar a acusações criminais contra o agressor.
É crucial que qualquer pessoa
que esteja sofrendo stalking documente todos os incidentes, incluindo datas,
horários, ações específicas e quaisquer evidências (mensagens, fotos, etc.),
pois essas informações serão vitais para uma investigação policial.
E quando é o STF que persegue a parlamentares por fazer seu trabalho?
A relação entre o Supremo
Tribunal Federal (STF) e o Poder Legislativo no Brasil é um tema complexo e
frequentemente pautado por debates sobre os limites da atuação de cada Poder.
Quando a questão levantada é se o STF "persegue parlamentares por fazer
seu trabalho", estamos entrando em uma área sensível que envolve
imunidades parlamentares, fiscalização judicial e a separação de Poderes.
Imunidade Parlamentar: O Que a
Constituição Diz
A imunidade parlamentar é uma
garantia fundamental para o exercício livre e independente do mandato de
Deputados e Senadores, prevista no Artigo 53 da Constituição Federal de 1988.
Ela se divide em:
Imunidade Material (ou substancial):
Garante que parlamentares são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de
suas opiniões, palavras e votos. O objetivo é protegê-los de ações judiciais
(cíveis ou criminais) por manifestações proferidas no desempenho de suas
funções. O STF tem interpretado essa imunidade de forma a cobrir manifestações
que tenham relação com o exercício do mandato, incluindo as feitas em redes
sociais e meios de comunicação, desde que vinculadas à atividade parlamentar.
Imunidade Formal (ou processual): Refere-se
à proteção contra prisões e processos. Desde a Emenda Constitucional nº
35/2001, a necessidade de autorização da Casa Legislativa para o início de um
processo criminal contra um parlamentar foi retirada. Contudo, a Casa pode
sustar o andamento da ação penal, por iniciativa de partido político e voto da
maioria de seus membros, até a decisão final. Além disso, a prisão de
parlamentares só é permitida em caso de flagrante de crime inafiançável, e,
mesmo assim, a decisão precisa ser submetida à respectiva Casa Legislativa em
24 horas para que ela delibere sobre a manutenção da prisão.
Atuação do STF e os Limites da
Imunidade
A questão da
"perseguição" surge quando as decisões do STF em relação a
parlamentares são vistas como uma interferência indevida no mandato ou como uma
interpretação restritiva da imunidade parlamentar. Pontos de tensão incluem:
Interpretação da Imunidade Material: Embora
a imunidade proteja opiniões, palavras e votos, o STF tem sido chamado a
decidir quando uma manifestação de um parlamentar supostamente extrapola os
limites da função legislativa e configura um crime comum, como calúnia,
difamação, injúria ou incitação à violência. Nessas situações, a imunidade pode
não se aplicar, e o parlamentar pode ser responsabilizado. A linha entre a
livre expressão do parlamentar e o abuso de direito é frequentemente objeto de
debate e de decisões judiciais.
Medidas Cautelares: O STF tem aplicado
medidas cautelares (como suspensão de redes sociais, proibição de contato com
outros investigados ou até mesmo afastamento do mandato) a parlamentares.
Embora a Constituição exija a submissão de prisões em flagrante à Casa
Legislativa, há discussões sobre a necessidade de autorização parlamentar para
outras medidas cautelares que restrinjam o exercício do mandato.
Controle de Constitucionalidade e Ativismo
Judicial: Parte da crítica à atuação do STF vem de acusações de "ativismo
judicial", onde o Tribunal estaria, por meio de suas decisões, invadindo
competências do Poder Legislativo ou Executivo. No entanto, o STF, como
guardião da Constituição, tem o dever de garantir que os atos dos outros
Poderes estejam em conformidade com ela. O que um lado considera
"ativismo", o outro pode ver como o cumprimento do papel
constitucional.
Casos Concretos: Diversos parlamentares já
foram alvos de inquéritos, ações penais e medidas restritivas por decisões do
STF, especialmente em investigações relacionadas a supostos a crimes contra a
democracia, incitação à violência. Esses casos frequentemente geram repercussão
e polarização, com acusações de perseguição política, especialmente por parte
dos parlamentares afetados e seus apoiadores.
Como Parlamentares Podem se
Defender ou Reagir
Diante de decisões do STF que
considerem uma "perseguição" ou uma extrapolação de limites,
parlamentares e o próprio Congresso Nacional podem buscar diversas vias:
Recursos Judiciais:
Os parlamentares têm direito a
todos os recursos cabíveis dentro do próprio processo judicial no STF, buscando
reverter ou modificar as decisões.
Debate Político e Institucional:
O Congresso Nacional pode
promover debates, manifestações e até mesmo instalar Comissões Parlamentares de
Inquérito (CPIs) para discutir os limites entre os Poderes.
Iniciativas Legislativas:
Parlamentares podem propor
Projetos de Lei ou Propostas de Emenda à Constituição (PECs) que visam a
delimitar a atuação do STF, aprimorar a imunidade parlamentar ou criar
mecanismos de controle sobre decisões judiciais. Há, por exemplo, PECs que
buscam limitar decisões monocráticas de ministros do STF.
Impeachment de Ministros:
Em casos extremos, a
Constituição prevê a possibilidade de impeachment de ministros do STF por
crimes de responsabilidade, com o processo iniciado no Senado Federal. No
entanto, este é um mecanismo político de altíssima complexidade e raramente
acionado.
A dinâmica entre STF e
Congresso deveria ser um pilar da democracia brasileira, e o equilíbrio entre
os Poderes, especialmente em momentos de alta polarização política.
O que fazer quando o
presidente do senado tem medo de pôr em votação os pedidos de Impeachment de
Ministros?
A questão de o que fazer
quando o presidente do Senado (no caso de impeachment de ministros do STF) "têm
medo" de pautar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal
Federal é um ponto central no debate sobre os pesos e contrapesos entre os
Poderes no Brasil.
O processo de impeachment de
ministros do STF é iniciado e julgado no Senado Federal. Qualquer cidadão pode
apresentar uma denúncia, mas a decisão de acolher ou não essa denúncia é do
Presidente do Senado.
O Papel do Presidente do
Senado no Impeachment de Ministros do STF
O Presidente do Senado tem um
poder significativo nesse processo. É ele quem faz a primeira análise da
denúncia. Se ele considerar que a denúncia tem fundamento e preenche os
requisitos legais, ele a aceita e dá início ao processo. Se ele entender que a denúncia
é infundada ou não cumpre as exigências legais, ele pode arquivá-la.
A Lei nº 1.079/1950, que
regulamenta o processo de impeachment, não estabelece um prazo para que o
Presidente do Senado avalie uma denúncia de impeachment contra um ministro do
STF. Isso significa que ele tem uma margem considerável de discricionariedade
para decidir se e quando um pedido será pautado.
O Que Acontece Quando o
Presidente do Senado Não Pauta?
Se o Presidente do Senado
decide não pautar um pedido de impeachment (seja por "medo", por não
ver fundamento jurídico, por estratégia política ou qualquer outro motivo), o
pedido, na prática, não avança. Ele fica arquivado ou "engavetado" na
Casa.
Não há um mecanismo regimental
claro ou uma previsão legal que obrigue o Presidente do Senado a pautar todos
os pedidos de impeachment que recebe. A decisão inicial de dar andamento é
prerrogativa da presidência da Casa.
Cenários e Opções Quando Há
Reticência na Pauta
Diante de uma situação em que
o Presidente do Senado não pauta os pedidos, as opções são limitadas e, em
geral, de natureza política ou, mais raramente, jurídica:
Pressão Política e da Opinião Pública:
A pressão popular,
manifestações, campanhas em redes sociais e denúncias na imprensa podem ser
utilizadas para chamar a atenção para o tema e pressionar o Presidente do
Senado a agir.
Pressão dos Próprios Senadores:
Senadores que apoiam o
impeachment podem pressionar o Presidente da Casa, seja publicamente, seja nos
bastidores, para que os pedidos sejam pautados. Podem, inclusive, apresentar
Questões de Ordem sobre o tema ou buscar o apoio de seus pares para forçar um
debate.
Abertura de Diálogo:
A busca por diálogo e
negociação política para entender os motivos da não pauta e tentar construir um
consenso em torno da necessidade de análise dos pedidos.
Novos Pedidos e Reiterações:
Cidadãos ou parlamentares podem
continuar apresentando novos pedidos de impeachment, esperando que um deles,
eventualmente, ganhe força política ou jurídica para ser pautado. Cada novo
pedido exige uma nova análise por parte da Presidência do Senado.
Mudança na Presidência do Senado:
Em última instância, a não pauta de
pedidos de impeachment de ministros é uma decisão política da Presidência do
Senado. Uma mudança na liderança da Casa (por meio de novas eleições para a
Mesa Diretora) pode alterar essa postura, caso o novo presidente tenha uma
visão diferente sobre o tema.
Conclusão
Em resumo, a capacidade de
forçar a pauta de um pedido de impeachment de ministro do STF, quando o
Presidente do Senado se mostra covarde ou tem o rabo preso, reside
principalmente na pressão política e social. A prerrogativa regimental do
Presidente do Senado de acolher ou arquivar os pedidos, sem um prazo definido,
confere a ele um papel central e de grande influência nessa matéria.
*Da Redação
Segunda-feira, 28 de julho
2025 às 16:34