Se não é, seja nosso novo seguidor

Cadastre-se você também, ja somos 46 brothers no Clube Vip *****

Mostrando postagens com marcador articulação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador articulação. Mostrar todas as postagens

8 de julho de 2025

SEMELHANÇA ENTRE GILMARPALOOZA E FORO DE SÃO PAULO

 


Embora o "Gilmarpalooza" (o Fórum Jurídico de Lisboa, promovido anualmente pelo ministro Gilmar Mendes) e o Foro de São Paulo sejam eventos de naturezas e focos ideológicos muito distintos, é possível identificar algumas semelhanças gerais na sua estrutura e dinâmica:

 

Reunião de Elites e Influenciadores

 

Tanto o Gilmarpalooza quanto o Foro de São Paulo reúnem figuras de destaque e influência em seus respectivos campos:

 

Gilmarpalooza: Atrai autoridades dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), empresários, acadêmicos e juristas de diversos setores, tanto do Brasil quanto de outros países. É um espaço para o debate jurídico e institucional, onde se discutem supostamente temas relevantes para as políticas públicas e o direito.

 

Foro de São Paulo: Congrega partidos políticos e organizações de esquerda da América Latina, incluindo chefes de estado, ex-presidentes, líderes partidários e representantes de movimentos de esquerda. Seu objetivo é debater o cenário político regional, propor ações conjuntas e fortalecer a articulação da esquerda no continente.

 

Implantação de ideologias:

 

Ambos os fóruns proporcionam um ambiente para a discussão de temas relevantes, seja no campo supostamente jurídico-institucional (Gilmarpalooza) ou político-ideológico (Foro de São Paulo).

 

Articulação e networking:

Permitem que os participantes estabeleçam contatos, formem alianças e coordenem ações. No Gilmarpalooza, isso pode se traduzir em discussões sobre decisões jurídicas e políticas; no Foro de São Paulo, em estratégias para o avanço de pautas e a conquista de poder.

 

Influência e formação de opinião:

Por reunirem figuras proeminentes, esses eventos têm o potencial de influenciar a opinião pública, o debate político e as decisões em suas respectivas esferas de atuação.

 

Natureza Privada com Implicações Públicas

 

Ambos os eventos, embora organizados por entidades específicas (o Gilmarpalooza, por um instituto ligado a Gilmar Mendes; o Foro de São Paulo, como uma organização de partidos de esquerda), têm repercussões significativas na esfera pública. As discussões e os acordos firmados nesses encontros podem ter impacto direto nas políticas governamentais, na legislação e nas relações internacionais.

 

No caso do Gilmarpalooza, há a questão do uso de recursos públicos para bancar a ida de autoridades, o que gera debates sobre a transparência e a finalidade desses gastos.

 

É importante ressaltar que, apesar dessas semelhanças na dinâmica de reunião e debate, os objetivos, ideologias e métodos de atuação do Gilmarpalooza e do Foro de São Paulo são fundamentalmente semelhantes. O primeiro foca supostamente no debate jurídico institucional, enquanto o segundo tem um caráter político-ideológico de articulação da esquerda.

 

Foro de São Paulo:

 

O Foro de São Paulo, desde sua criação em 1990, tem como objetivo declarado reunir partidos e organizações de esquerda da América Latina e do Caribe para debater o cenário político e buscar a integração regional, combatendo o neoliberalismo e fortalecendo as lutas populares. Em seus documentos oficiais e discursos, os temas são abertamente relacionados à consolidação de projetos de poder de esquerda, à defesa de modelos econômicos e sociais específicos e à crítica ao "imperialismo".

 

No entanto, as críticas ao Foro de São Paulo frequentemente apontam para uma agenda oculta ou mais ambiciosa do que a explicitamente declarada. Essas críticas sugerem que, para além do debate e da articulação, o Foro atuaria como um centro de coordenação estratégica para a chegada e manutenção de partidos de esquerda no poder, com possível influência em políticas domésticas e externas dos países-membros. Há quem o acuse de apoiar regimes autoritários e de ter um papel na disseminação de determinadas ideologias que, para os críticos, minariam a soberania e a liberdade.

 

Gilmarpalooza:

 

O Fórum Jurídico de Lisboa, apelidado de "Gilmarpalooza", se apresenta oficialmente como um seminário jurídico-acadêmico, organizado por instituições de ensino (como o IDP, de Gilmar Mendes, e a Universidade de Lisboa) e focado em debates sobre temas do Direito, da democracia relativa, da sustentabilidade e da era digital. A proposta é promover a discussão de alto nível entre autoridades dos Três Poderes, juristas, empresários e acadêmicos.

 

Contudo, a principal crítica em relação ao "Gilmarpalooza" é exatamente a percepção de que, por trás da fachada acadêmica, o evento seria, na prática, um grande fórum de lobby e articulação política e empresarial. As presenças massivas de ministros do STF, do governo e do Congresso, além de grandes empresários e advogados, levantam questionamentos sobre:

 

Conflitos de interesse:

A reunião de membros do Judiciário com advogados e empresários que atuam em casos nos tribunais superiores gera desconfiança sobre a imparcialidade e a influência das discussões.

 

Transparência:

Apesar das declarações de que os gastos são transparentes, há questionamentos sobre quem de fato custeia as viagens e estadias de tantas autoridades, especialmente quando se trata de recursos públicos. A ONG Transparência Internacional-Brasil, inclusive, já se referiu ao evento como o "maior evento de lobby judicial do planeta", por falta de transparência sobre as verbas e os conflitos de interesses.

 

Influência política:

A concentração de poder e a informalidade das interações em um ambiente fora do Brasil são vistas como um espaço propício para a negociação de acordos e influências que poderiam escapar ao escrutínio público.

 

Em resumo, a diferença fundamental reside na natureza declarada dos objetivos e na percepção de desvio desses objetivos. O Foro de São Paulo assume um caráter político-ideológico explícito, embora as críticas apontem para uma agenda mais profunda. Já o "Gilmarpalooza", com sua proposta acadêmica e institucional, enfrenta acusações de que sua verdadeira função seria a de um centro de lobby e articulação de interesses, disfarçada sob o manto do debate jurídico.

*Da redação

Terça-feira, 08 de julho 2025 às 10:50

28 de junho de 2020

CENTRÃO ARTICULA PARA IMPEDIR O ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS


Pressionado por prefeitos, o bloco conhecido como Centrão já se movimenta para barrar o adiamento das eleições municipais. A proposta de emenda à Constituição que muda a data das disputas por causa da pandemia do novo coronavírus foi aprovada anteontem no Senado, mas precisa passar pelo crivo da Câmara e não há acordo. O Centrão já avisou que não dará os votos necessários e tem o aval do presidente Jair Bolsonaro nessa articulação.

A proposta que recebeu sinal verde do Senado prevê que as eleições para a escolha de prefeitos e vereadores sejam realizadas em 15 de novembro, no primeiro turno, e 29 do mesmo mês onde houver segunda rodada. Pelo atual calendário, porém, as datas são 4 e 25 de outubro.

O discurso oficial dos parlamentares contrários à mudança é que nada garante que postergar o julgamento das urnas em 42 dias fará com que a pandemia seja controlada nesse período. Na prática, porém, a resistência tem outro motivo: muitos calculam que jogar as eleições para 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, beneficia a oposição.

Prefeitos argumentam que adiar a corrida eleitoral favorece os adversários porque dá mais tempo para que candidatos rivais se organizem e façam campanha, ainda que de forma virtual. A avaliação é a de que, como a pandemia dificulta o debate político, quem já está no cargo leva vantagem.

Partidos como Progressistas e Republicanos, integrantes do Centrão, já se manifestaram contra a nova data das disputas municipais e o PL também tende a seguir esse caminho. Diante do impasse, o DEM está dividido e o MDB liberou a bancada para votar como bem entender.

O MDB é o partido que filiou o apresentador José Luiz Datena, que, pelo atual calendário, terá até terça-feira para anunciar se concorrerá ou não à sucessão do prefeito Bruno Covas (PSDB) ou se será vice na chapa do tucano. A lei obriga que pré-candidatos apresentadores de rádio e TV se afastem dos programas até o próximo dia 30. Até agora, Datena vem dando sinais de que não entrará no páreo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu dificuldades para o adiamento das eleições. “Não há consenso. A única certeza é que a gente precisa dialogar mais sobre isso e espero que a gente consiga organizar essa votação”, disse ele.

“Precisamos manter a data das eleições municipais no dia 4/10 para podermos avançar o mais rápido possível na pauta das reformas (…). Ao postergar as eleições, fatalmente o Congresso Nacional demorará mais para atacar sobretudo os temas econômicos”, escreveu no Twitter o deputado Marcos Pereira (SP), que comanda o Republicanos e é vice-presidente da Câmara.

O Centrão dá as cartas do poder na Casa porque controla aproximadamente 200 dos 513 votos. Para que o adiamento das disputas seja aprovado é necessário o apoio de 308 deputados, em duas votações. Sem o aval do Centrão, no entanto, a proposta corre o risco de ser derrubada. Maia ainda não marcou a sessão virtual para apreciação do texto.

Para Jonas Donizete, presidente da Frente Nacional de Prefeitos, o assunto é muito polêmico. “A entidade não tem uma posição fechada porque os prefeitos estão muito divididos. Quem vai para a reeleição é a favor de manter a data de 4 de outubro. Só esperamos que a Câmara decida rapidamente”, afirmou Donizete, que é prefeito de Campinas e filiado ao PSB.

O Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro quer criar, não pode participar das eleições deste ano porque ainda não conseguiu as assinaturas necessárias para sair do papel. O presidente afirmou que não se envolverá na campanha, mas a ideia é que seus aliados apoiem candidatos do Centrão.

Na segunda-feira, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi (Progressistas) disse que esticar o prazo da campanha faria com que a saúde da população fosse submetida a maior risco ainda. “Se ninguém sabe o que vai acontecer, não temos garantia nenhuma”, observou Aroldi, ao defender o adiamento das eleições para 2022.

 “Há grande pressão dos prefeitos atuais, candidatos à reeleição, e dos que querem fazer seu sucessor. Eles estão fortalecidos nesse momento e acham que, depois, vão se revelar problemas porque haverá escassez de recursos”, constatou o deputado Arnaldo Jardim (SP), líder da bancada do Cidadania.

Até mesmo no Supremo Tribunal Federal (STF) há divergências sobre a conveniência de se estender a campanha. Nos bastidores, dois magistrados disseram ao Estadão que seria melhor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não entrar nesse debate político, deixando tudo a cargo do Congresso.

O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, observou, porém, que a votação no Senado acolheu sugestão encaminhada pela Corte após recomendação de médicos. “Não era uma vontade política nossa, mas apenas o encaminhamento de um entendimento uníssono de todos os médicos, cientistas, epidemiologistas infectologistas que pudemos ouvir”, argumentou Barroso.

“Todos recomendaram a conveniência de se adiar as eleições por algumas semanas, pela convicção de que em setembro, a curva já estará decrescente”.

Com a preocupação de que os recursos do Fundo Eleitoral, criado para financiar as campanhas, ficassem desvalorizados, assessores de deputados chegaram a enviar consulta por escrito ao TSE para perguntar se esse dinheiro – um bolo de R$ 2 bilhões, distribuído entre os partidos – poderia ser aplicado em bancos até a definição do imbróglio sobre a data das disputas. Até hoje não receberam resposta.

(Estadão)

Domingo, 28 de junho, 2020 ás 12:00

Compartilhe nas redes sociais para nosso blog ser mais vistos pelos nossos amigos.