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16 de março de 2023

APOIO AO CENTRÃO É COMPENSADO COM ATAQUES AO BC E COM ESQUERDISMO NA POLÍTICA EXTERNA

 

Na primeira reunião ministerial de seu governo, o presidente Leo reconheceu seu caráter hiper minoritário: “nós não mandamos no Congresso, nós dependemos dele”. Mas durante a campanha, ele criticara ex.  ser “um bobo da corte”: “Bolsonaro não manda nada, é refém do Congresso Nacional”.

 

Por sua vez, na sabatina do JN, Bolsonaro ao ser questionado sobre sua dependência do Congresso, reagiu: “Bonner, você está me estimulando a ser um ditador? O Centrão são 300 deputados. Se eu deixar de lado vou governar com quem?”.

 

O barba, aliou-se ao Centrão antes mesmo de tomar posse, garantindo a aprovação da PEC do teto de gastos. O $TF decidiu pela inconstitucionalidade do orçamento secreto e o rearranjo negociado entre Executivo e Centrão foi que metade dos gastos assumiriam a forma de emendas individuais que são impositivas. O restante voltaria aos ministérios; seriam objeto de negociações com parlamentares, sob discricionariedade do Executivo.

*Folha

Quinta-feira, 16 de março 2023 às 10:40



 

28 de junho de 2020

CENTRÃO ARTICULA PARA IMPEDIR O ADIAMENTO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS


Pressionado por prefeitos, o bloco conhecido como Centrão já se movimenta para barrar o adiamento das eleições municipais. A proposta de emenda à Constituição que muda a data das disputas por causa da pandemia do novo coronavírus foi aprovada anteontem no Senado, mas precisa passar pelo crivo da Câmara e não há acordo. O Centrão já avisou que não dará os votos necessários e tem o aval do presidente Jair Bolsonaro nessa articulação.

A proposta que recebeu sinal verde do Senado prevê que as eleições para a escolha de prefeitos e vereadores sejam realizadas em 15 de novembro, no primeiro turno, e 29 do mesmo mês onde houver segunda rodada. Pelo atual calendário, porém, as datas são 4 e 25 de outubro.

O discurso oficial dos parlamentares contrários à mudança é que nada garante que postergar o julgamento das urnas em 42 dias fará com que a pandemia seja controlada nesse período. Na prática, porém, a resistência tem outro motivo: muitos calculam que jogar as eleições para 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, beneficia a oposição.

Prefeitos argumentam que adiar a corrida eleitoral favorece os adversários porque dá mais tempo para que candidatos rivais se organizem e façam campanha, ainda que de forma virtual. A avaliação é a de que, como a pandemia dificulta o debate político, quem já está no cargo leva vantagem.

Partidos como Progressistas e Republicanos, integrantes do Centrão, já se manifestaram contra a nova data das disputas municipais e o PL também tende a seguir esse caminho. Diante do impasse, o DEM está dividido e o MDB liberou a bancada para votar como bem entender.

O MDB é o partido que filiou o apresentador José Luiz Datena, que, pelo atual calendário, terá até terça-feira para anunciar se concorrerá ou não à sucessão do prefeito Bruno Covas (PSDB) ou se será vice na chapa do tucano. A lei obriga que pré-candidatos apresentadores de rádio e TV se afastem dos programas até o próximo dia 30. Até agora, Datena vem dando sinais de que não entrará no páreo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu dificuldades para o adiamento das eleições. “Não há consenso. A única certeza é que a gente precisa dialogar mais sobre isso e espero que a gente consiga organizar essa votação”, disse ele.

“Precisamos manter a data das eleições municipais no dia 4/10 para podermos avançar o mais rápido possível na pauta das reformas (…). Ao postergar as eleições, fatalmente o Congresso Nacional demorará mais para atacar sobretudo os temas econômicos”, escreveu no Twitter o deputado Marcos Pereira (SP), que comanda o Republicanos e é vice-presidente da Câmara.

O Centrão dá as cartas do poder na Casa porque controla aproximadamente 200 dos 513 votos. Para que o adiamento das disputas seja aprovado é necessário o apoio de 308 deputados, em duas votações. Sem o aval do Centrão, no entanto, a proposta corre o risco de ser derrubada. Maia ainda não marcou a sessão virtual para apreciação do texto.

Para Jonas Donizete, presidente da Frente Nacional de Prefeitos, o assunto é muito polêmico. “A entidade não tem uma posição fechada porque os prefeitos estão muito divididos. Quem vai para a reeleição é a favor de manter a data de 4 de outubro. Só esperamos que a Câmara decida rapidamente”, afirmou Donizete, que é prefeito de Campinas e filiado ao PSB.

O Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro quer criar, não pode participar das eleições deste ano porque ainda não conseguiu as assinaturas necessárias para sair do papel. O presidente afirmou que não se envolverá na campanha, mas a ideia é que seus aliados apoiem candidatos do Centrão.

Na segunda-feira, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi (Progressistas) disse que esticar o prazo da campanha faria com que a saúde da população fosse submetida a maior risco ainda. “Se ninguém sabe o que vai acontecer, não temos garantia nenhuma”, observou Aroldi, ao defender o adiamento das eleições para 2022.

 “Há grande pressão dos prefeitos atuais, candidatos à reeleição, e dos que querem fazer seu sucessor. Eles estão fortalecidos nesse momento e acham que, depois, vão se revelar problemas porque haverá escassez de recursos”, constatou o deputado Arnaldo Jardim (SP), líder da bancada do Cidadania.

Até mesmo no Supremo Tribunal Federal (STF) há divergências sobre a conveniência de se estender a campanha. Nos bastidores, dois magistrados disseram ao Estadão que seria melhor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não entrar nesse debate político, deixando tudo a cargo do Congresso.

O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, observou, porém, que a votação no Senado acolheu sugestão encaminhada pela Corte após recomendação de médicos. “Não era uma vontade política nossa, mas apenas o encaminhamento de um entendimento uníssono de todos os médicos, cientistas, epidemiologistas infectologistas que pudemos ouvir”, argumentou Barroso.

“Todos recomendaram a conveniência de se adiar as eleições por algumas semanas, pela convicção de que em setembro, a curva já estará decrescente”.

Com a preocupação de que os recursos do Fundo Eleitoral, criado para financiar as campanhas, ficassem desvalorizados, assessores de deputados chegaram a enviar consulta por escrito ao TSE para perguntar se esse dinheiro – um bolo de R$ 2 bilhões, distribuído entre os partidos – poderia ser aplicado em bancos até a definição do imbróglio sobre a data das disputas. Até hoje não receberam resposta.

(Estadão)

Domingo, 28 de junho, 2020 ás 12:00

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16 de maio de 2020

RESISTÊNCIA DE MINISTROS ADIA NOMEAÇÕES DO CENTRÃO



A resistência de ministros em cumprir a ordem do presidente Jair Bolsonaro de entregar cargos de segundo e terceiro escalões para os partidos do chamado Centrão tem atrasado as nomeações de indicados pelas siglas e gera insatisfação de dirigentes partidários.

O trato firmado pelo Palácio do Planalto era para que a maioria das indicações fosse publicada nesta semana no Diário Oficial da União. O prazo dado por auxiliares de Bolsonaro para que os nomes passassem por pente-fino para verificar antecedentes já teria terminado.

Até o momento, no entanto, a maior parte não foi efetivada. Isso aumentou a desconfiança se, de fato, o presidente cumprirá o prometido. O maior incômodo com a orientação do presidente tem sido manifestado por ministros do núcleo ideológico e da equipe econômica.

Em conversas reservadas, a principal crítica é a de que Bolsonaro tem contrariado seu discurso de campanha e colocado em risco o apoio de parcela do seu eleitorado. Segundo líderes do Centrão, o ministro Abraham Weintraub (Educação) é um deles.

Chegou a congressistas o relato de que ele teria ficado tão contrariado com a obrigação de ceder a presidência e a diretoria do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que sugeriu ao ministro Walter Braga Netto (Casa Civil) que assumisse o órgão em sua pasta. Braga Netto, no entanto, teria recusado a oferta.

Sob a ameaça de ser exonerado, Weintraub cedeu —Bolsonaro avisou que suas indicações deverão ser respeitadas sob pena de demissão. Segundo relatos, porém, o ministro disse que criaria critérios de gestão e governança no órgão federal. A presidência do FNDE foi prometida ao Progressistas. Já as diretorias do fundo serão divididas entre PL e Republicanos, por exemplo. Os nomes já foram enviados.

O FNDE é estratégico aos congressistas por ser capaz de irrigar grandes obras, o que pode ser explorado em futuras campanhas eleitorais.

O ministro Paulo Guedes (Economia) é outro que se incomodou com a orientação de Bolsonaro. Ele embarreirou algumas sugestões para o Banco do Nordeste, segundo congressistas e integrantes do governo. O órgão está prometido para o PL, de Waldemar Costa Neto.

Além dos dois, segundo relatos de assessores presidenciais, os ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) também teriam se incomodado com o loteamento partidário da máquina pública.

Em um contraponto, o núcleo militar não tem demonstrado resistência à tentativa do presidente de formar uma base aliada, mesmo se aliando ao que ele mesmo já chamou de “velha política”.

A avaliação é a de que chegou a hora de Bolsonaro mudar a retórica e formar uma base aliada para conseguir aprovar medidas de impacto econômico.

“Temos de buscar uma coalizão programática. É óbvio que cargos, emendas e essas coisas fazem parte da negociação entre Executivo e Legislativo”, disse na terça-feira (12) o vice-presidente Hamilton Mourão. “Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Acho que está mais ou menos sendo conduzido dessa forma. ”

Embora avancem, as negociações são marcadas por desconfianças de ambos os lados. Do lado do Congresso, a avaliação de líderes partidários é a de que o Planalto pode querer entregar as demandas a conta-gotas para verificar se os deputados também cumprirão sua parte no acordo. Isto é, se votarão com o governo e defenderão Bolsonaro.

Neste último aspecto, os congressistas já têm dado contribuição ao tentar blindar o presidente das críticas e acusações de que ele teria tentado interferir na Polícia Federal, como acusou o ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública).

Desde que as legendas do Centrão começaram as negociações, há mais de um mês, dois cargos foram publicados no Diário Oficial da União. A estreia foi na semana passada, com a publicação da nomeação de Fernando Marcondes de Araújo Leão como diretor-geral do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), com salário de R$ 16.944,90.

A autarquia federal, vinculada ao MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), é responsável pela construção de barragens e açudes nas regiões áridas. Tem forte caráter assistencial no Nordeste.

Também na última semana, o governo nomeou Tiago Pontes Queiroz como secretário nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional, também do MDR. Ele foi indicado pelo Republicanos e entrou no lugar Adriana Melo Alves.

Segundo aliados do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), ele decidiu dar à servidora uma Diretoria dentro da própria secretaria para que ela mantivesse influência no setor. Há ainda outros cargos que foram colocados na mesa à espera da nomeação.

A Secretaria de Vigilância em Saúde, do time do ministro Nelson Teich (Saúde), foi prometida ao PL. O PP também abocanhará espaços no Ministério da Saúde, como a Funasa.

Outros 77 cargos federais nos estados foram colocados, de acordo com congressistas, à disposição dos partidos em troca de apoio. As legendas dividem entre si esses postos de acordo com o tamanho de cada partido.

*Folha

Sábado, 16 de maio, 2020 ás 10:00