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24 de abril de 2012

PRESIDENTE DA CPI REVELA PREOCUPAÇÃO COM ESTRUTURA



Gabriel Castro = 

Vital do Rêgo se queixa do plenário destinado à CPI e tenta evitar vazamento de material sigiloso. Primeira reunião de trabalho será em duas semanas

O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), afirmou nesta terça-feira estar encontrando "problemas" para organizar os trabalhos da comissão. Ele citou como exemplo a falta de um espaço adequado para abrigar os 60 parlamentares - titulares e suplentes - que integrarão o colegiado.

 O plenário destinado ao colegiado tem apenas 47 cadeiras.

 O parlamentar também demonstrou preocupação com a possibilidade de vazamento do material sigiloso ao qual a comissão terá acesso.

Devido ao risco, o presidente ainda não sabe se vai dividir o trabalho em sub-relatorias, o que agilizaria o processo mas exigiria mais rigor para evitar vazamentos: "Se eu não tiver estrutura suficiente para manter esse rigor, a CPI pode incorrer em responsabilidade civil e penal", disse ele na noite desta terça-feira.

Nos últimos dias, Vital tem selecionado servidores do Senado para atuar no apoio técnico às investigações. O peemedebista garantiu que, apesar da sobrecarga de trabalho, está disposto a enfrentar sua missão. E prometeu ser democrático: "Toda decisão da CPI vai ter o cartáter colegiado. Eu não serei dono de uma decisão monocrática. Eu terei sempre o balizamento do colegiado".

Agenda - Nesta quarta-feira, a CPI deve ter sua primeira reunião. Os integrantes da comissão vão oficializar a escolha do presidente e do relator, que será o deputado Odair Cunha (PT-SP). Mas a primeira reunião de trabalho só deve ocorrer na semana do dia 8, já depois do feriado do Dia do Trabalho. 

O primeiro passo da CPI será pedir formalmente à Justiça o acesso ao inquérito das operações Monte Carlo e Vegas da Polícia Federal, que tiveram como alvo a quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Depois disso, os integrantes da comissão ainda devem passar alguns dias analisando o material.

Odair Cunha diz que o depoimento de Carlinhos Cachoeira é imprescindível. Mas o relator ainda não sabe em que momento da CPI o contraventor será ouvido. 

"A priori, nós precisamos ter os dois inquéritos da Polícia Federal porque eles serão um elemento de partida para nossa investigação futura. Sobre os depoimentos, vamos ter que estabelecer uma análise desses documentos e estabelecer um cronograma", afirma.

Vital e Odair tiveram a primeira reunião na noite desta quarta-feira. E prometeram atuar de forma conjunta: "A presidência e a relatoria vão ser um corpo só", prometeu o senador peemedebista.

Veja a lista completa dos integrantes da comissão:

Câmara:
PT – titulares: Odair Cunha (MG), Paulo Teixeira (SP) e Cândido Vaccarezza (SP). Suplentes: Doutor Rosinha (PR), Luiz Sérgio (RJ) e Sibá Machado (AC)
PMDB – titulares: Luiz Pitiman (DF) e Íris de Araújo (GO). Suplentes: Édio Lopes (RR) e João Magalhães (MG)
PSDB – titulares: Carlos Sampaio (SP) e Fernando Francischini (PR). Suplentes: Domingos Sávio (MG) e Rogério Marinho (RN)
DEM – titular: Onyx Lorenzoni (RS). Suplente: Mendonça Prado (SE)
PSB – titular: Paulo Foleto (ES). Suplente: Glauber Braga (RJ)
PP – titular: Gladson Cameli (AC). Suplente: Iracema Portella (PI)
PCdoB – titular: Protógenes Queiroz (SP). Suplente: Osmar Júnior (PI)
PTB – titular: Sílvio Costa (PE). Suplente: Arnaldo Faria de Sá (SP)
PR – titular Maurício Quintela Lessa (AL). Suplente: Ronaldo Fonseca (DF)
PDT – titular: Miro Teixeira (RJ). Suplente: Vieira da Cunha (RS)
PSC – titular: Filipe Pereira (RJ). Suplente: Hugo Leal (RJ)
PPS – titular: Rubens Bueno (PR)
PV – suplente: Sarney Filho (MA)

Senado:

PT – titulares: Humberto Costa (PE) e José Pimentel (CE). Suplentes: Wellington Dias (PI), Walter Pinheiro (BA) e Delcídio Amaral (MS) e Jorge Viana (AC)
PSDB – titular: Alvaro Dias (PR) e Cássio Cunha Lima (PB). Suplente: Aloysio Nunes Ferreira (SP)
PMDB – titulares: Vital do Rêgo Filho (PB), Ricardo Ferraço (ES), Sérgio Sousa (PR). Suplente: Jarbas Vasconcelos (PE)*
PV – titular: Paulo Davim (RN) 
PCdoB – titular: Vanessa Grazziotin (AM)
DEM – titular: Jayme Campos (MT)
PTB – titular: Fernando Collor (AL)
PDT – titular: Pedro Taques (MT). Suplente: Acir Gurgacz (RO)
PSD – titular: Kátia Abreu (TO). Suplente: Sérgio Petecão (AC)
PP – titular: Ciro Nogueira (PI). Suplente: Benedito de Lira (AL)
PR – titular: Vicentinho Alves (TO)
PSB – titular: Lídice da Mata (BA)
PSOL – suplente: Randolfe Rodrigues (AP)**
* Vaga cedida pelo PSDB
** Vaga cedida pelo DEM

Terça – feira 24/4/2012 ás 22:15h
Postado pelo Editor

PT E PMDB DE GOIÁS USARAM CACHOEIRA PARA ABAFAR APURAÇÕES




 Da Agência Estado –

O inquérito da Operação Monte Carlo revela que políticos do PT e do PMDB de Goiás recorreram ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, para bloquear apurações do Ministério Público do Estado.

Gravações da Polícia Federal mostram a força do contraventor na máquina oficial de investigações, recebendo pleitos do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), e do ex-governador Maguito Vilela (PMDB), atual administrador de Aparecida de Goiânia.

O governador de Goiás Marconi Perillo, o prefeito de Aparecida Maguito Vilela e o prefeito de Goiânia Paulo Garcia. 
Todos aparecem em citações nas gravações da PF. 


Em uma das conversas interceptadas pela PF, Cachoeira (foto) diz a um interlocutor não identificado que foi procurado por um emissário de Maguito para que pedisse ao senador Demóstenes Torres (sem partido, ex-DEM) que usasse sua influência no MP para frear inquéritos abertos na Promotoria de Patrimônio Público de Aparecida. O parlamentar é irmão do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres.

"O Maguito me procurou, através daquele amigo meu, o senador, para ver se resolve aquele problema lá de Aparecida. Quer dizer que ele está com medo, não tem controle da situação. O cara tá pegando demais no pé dele, um tal de Élvio", relata Cachoeira no telefonema.

O contraventor se referia a Élvio Vicente da Silva, promotor de Defesa do Patrimônio Público e responsável por seis ações civis públicas contra o prefeito, com pedido de condenação por improbidade administrativa.

Na conversa, Cachoeira explica que foi procurado por um amigo de Maguito, o procurador de jogadores de futebol João Rodrigues Cocá, para que acionasse o parlamentar: "Quem veio me procurar foi o Cocá, para mim (sic) falar com o senador".

Terça – feira 24/4/2012
Postado pelo Editor

23 de abril de 2012

MP DENUNCIA PREFEITO LUIZ ANTÔNIO


Diário do Norte =

Ele teria distribuído 1,5 mil ovos de páscoa, cinco mil peixes e material informativo sobre feitos de sua gestão

A distribuição de 1,5 mil ovos de páscoa, cinco mil peixes e material informativo sobre feitos de sua gestão podem custar muito caro ao prefeito Luiz Antônio da Paixão (PMDB). Os objetos foram entregues à população para celebrar a páscoa, de acordo com Luiz Paixão. 

O promotor de Justiça Everaldo Sebastião de Souza entendeu que o ato se configura como propaganda eleitoral extemporânea. Não teve dúvida: apresentou denúncia, já aceita, pelo Poder Judiciário.

De acordo com a cartilha eleitoral, propagandas só serão permitidas após 5 de julho. Segundo o promotor, o prefeito teria sido alertado sobre a ilegalidade e mesmo assim resolveu "pagar pra ver". 

Os chocolates e os peixes não foram os únicos "presentes" distribuídos por Luiz Antônio. Em fevereiro e março, de acordo com o Ministério Público, ele lançou uma revista mostrando as realizações no município. 

As reportagens fazem apologia à necessidade de mais investimentos em saúde, educação, meio ambiente, esporte e lazer. "Ao destacar tantos os feitos como sua intenção de fazer, caso seja reeleito, o prefeito está fazendo propaganda extemporânea", cita o promotor.

Alegando que nem se decidiu ainda sobre a possibilidade de encarar a reeleição, Luiz Antônio se defende da acusação. Ele garante que há um programa na Prefeitura que garante a distribuição de chocolate para crianças e adolescentes matriculados nas escolas e creches do município. 

Quanto aos peixes, o gestor afirma que a prefeitura tem um programa em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), que resulta no criatório de peixes em oito tanques.

Segunda – feira 23/4/2012 ás 11:30h
Postado pelo Editor

CPMI,A GUERRA: NOVOS E VELHOS ESCÂNDALOS VINDOS A LUZ.



Terra =
A CPI do Cachoeira ainda nem começou, mas a guerra, já. Com batalhas políticas. E batalhas midiáticas, que serão ferozes. Vamos a algumas previsões, já que a mãe Dinah previu o Corinthians campeão. 

Esse, um exercício de futurologia baseado no que já vaza ou está embutido nas manchetes: a empreiteira Delta dará tanto ibope quanto a novela das 9 e a final da Taça Libertadores. Vai se ouvir falar muito em Cabral. 

Mas  não o Pedro Alvarez,  o Sérgio, governador do Rio, do PMDB. Outros governadores entrarão na dança. O baile, como estamos vendo, já foi aberto por Marconi Perillo, do PSDB de Goiás.

Ao final da CPI, a oposição, insatisfeita com o rumo das apurações, fará um relatório em separado. Esse relatório terá tanto destaque na mídia, ou até mais, do que o relatório oficial. A CPI vazará documentos ilegalmente. 

Quem não obtiver e não publicar os documentos vazados ilegalmente fará duras críticas aos vazamentos.
Em alguns momentos será intensa a troca de acusações entre partidos da oposição e partidos aliados ao governo.

As acusações serão muitas e muito graves. Serão tantas que, em vários episódios, as amigas e os amigos ai em casa não conseguirão entender direito quem recebeu e quem pagou. E quem pegou o quê e de quem.

Uma pequena memória, uma ajuda para  lembrarmos personagens e temas que ressurgirão: Fernando Collor, ex-Presidente da República que renunciou para não ser derrubado por um impeachment. Atual senador, indicado para a CPI pelo PTB. Anotem: Collor irá com muuuuita sede ao pote. Terá a chance da desforra. E, de voltar para a 1ª Divisão.

Renan Calheiros, senador, do PMDB. Renan renunciou à presidência do senado para não ser cassado num escândalo. Renan não fará barulho. Mas será implacável.

ACM Neto, líder do Dem. Fará muito barulho. Sem citar, claro, o mensalão do DEM – aquele com o governador Arruda de Brasília – e sem citar também a Cachoeira do Demóstenes, fonte dessa CPI.

A oposição, com grande reverberação na mídia, citará o mensalão do PT diariamente. Mensalão que entrará em cartaz em  julgamento no Supremo Tribunal Federal. A oposição, é possível prever, lembrará ainda que 10 ministros do governo Dilma caíram por malfeitos.

Os governistas, por seu lado, puxarão o passivo tucano: o caso Sivam, de US$ 1,4 bilhão, no começo do governo Fernando Henrique Cardoso; a compra de votos para reeleição de FHC; os Grampos do BNDES, aquele escândalo na privatização do Sistema Telebras -um meganegócio de R$ 22 bilhões que derrubou um ministro e o presidente do BNDES e que, depois, agora no final do ano, terminou dando em um livro. Escândalos esses que abalaram o governo de então, mas não tiveram CPIs.

Na apuração do chamado mensalão a investigação foi profunda, mas apenas vertical. Nunca foi horizontal. Por isso, permitiu o surgimento de heróis como Demóstenes, Efraim de Morais, e outros ainda menores. 

A CPI do Cachoeira é enorme chance para uma investigação horizontal. Geral. Que pegue todo mundo. Chance, como se diz, de "Passar o Brasil a Limpo".

Ou, de se seguir fazendo de conta que a corrupção frequenta apenas o partido do outro.

No Link abaixo, comentário no Jornal  Gazeta:


Segunda - feira.23/4/2012 ás 00:55
Postado pelo Editor

22 de abril de 2012

MARCONI: PROTESTO FOI ATO DE ‘MINORIA PARTIDÁRIA'



 BRT=

Em nota, governador goiano diz que apoia e saúda movimento pela ética na política por “se guiar e pautar por este princípio". Um manifestante foi preso e outros saíram do tom, e foram criticados pelos organizadores

Em todo o País o sábado foi de marcha contra a corrupção. Em Goiânia também houve protesto, porém direcionado para a segunda edição do ForaMarconi. No início da noite, o Jornal Anhanguera 2a Edição mostrou reportagem sobre o evento e, ao final, informou que, em nota oficial, o governo de Goiás disse que “apoia e saúda o Movimento Nacional pela Ética na Política por se guiar e pautar as ações do governo dentro desse princípio fundamental da democracia”. 

Sobre os protestos da capital goiana, registrou a nota: “Dentro da passeata de Goiânia o reduzido número de manifestantes mostra que se trata de uma minoria partidária e não representativa da nossa população.”

A movimentação de populares reuniu cerca de 5 mil pessoas, de acordo com informação obtida pelo Goiás 247 de policiais que acompanharam o manifesto. A TV anhanguera informou, porém, que a Polícia Militar estimou em 2 mil os presentes. No site de O Popular, os números são outros: “A Polícia Militar (PM) afirmou que entre 3 e 5 mil pessoas se reuniram no movimento, mas nas redes sociais internautas apontavam um número bem maior”, diz a matéria (leia aqui).

No protesto, um grupo de manifestantes pichou as paredes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral, que fica na Praça Cívida, onde está a sede do governo) e policiais agiram para dispersar os populares. Vídeos foram postados na internet com reclamações da ação (veja aqui). Equipe da TV Anhanguera que buscava registrar a manifestação foi impedida de gravar também por alguns manifestantes.

Segundo o Jornal Anhanguera, um deles chutou a porta e quebrou o vidro de uma viatura. Foi preso e levado ao 1o DP, no centro. Cerca de 300 pessoas foram então protestar em frente à delegacia. A polícia cercou o prédio e um helicóptero do Grupo de Patrulhamento Aéreo sobrevoou a área. O pichador foi levado depois para o 5o DP – “por questões operacionais” –, em Campinas, onde foi registrada a ocorrência. Ele vai responder por dano qualificado contra o patrimônio público.

Os organizadores da manifestação, no entanto, afirmam que as ocorrências foram isoladas. Logo depois do evento, já em vídeo se eximiam da responsabilidade e até tomaram a iniciativa de contornar os problemas (veja aqui). O Goiás BRT acompanhou o protesto e registrou que, no geral, foi pacífico, com participação inclusive de famílias inteiras .

Domingo 22/4/ 2012 às 10:59h
Postado pelo Editor

21 de abril de 2012

ABATIDO, MARCONI REFUGIA-SE EM SÃO PAULO



RTB =

Na tarde deste sábado(21/4), o governador de Goiás almoçava na Figueira Rubayat, com cara de poucos amigos, enquanto Goiânia era palco de novo protesto

Enquanto um segundo protesto FORAMARCONI tomava as ruas de Goiânia, o governador Marconi Perillo, refugiava-se num dos melhores restaurantes de São Paulo: a Figueira Rubayat.
Marconi estava sério, com cara de poucos amigos, sinalizando que se deixou abater pela crise de tem produzido denúncias em série em todo o País. Neste sábado, o jornal O Popular publicou reportagem indicando que Carlos Cachoeira intermediou a venda de uma mansão de luxo de Marconi Perillo, repercutindo denúncia anterior do RTB.

Sábado 21/4/2012 às 22:04 h
Postado pelo Editor

20 de abril de 2012

GOVERNADORES DE MT, PR E SC ABORDADOS POR JOGO


Notícia publicada pelo site Congresso em Foco revela grampos da Operação Monte Carlo em que o contraventor Carlinhos Cachoeira se gaba de parceria com o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) pelo lobby por loterias estaduais em três estados; Cerco ocorreu sobre Sinval Barbosa (PMDB), Beto Richa (PSDB) e Raimundo Colombo (PSD); e deu certo!


Embalou. Reportagem postada pelo site Congresso em Foco (http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/cachoeira-buscou-governadores-eleitos-de-mt-sc-e-pr/) na manhã desta sexta-feira 20 apontou a abordagem em dupla feita pelo contraventor Carlinhos Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo, sobre os governadores do Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), e Beto Richa (PSDB) e do Paraná, pela abertura de loterias estaduais. 

A Operação Monte Carlo interceptou telefonemas e e-mails que revelam Cachoeira dividindo a informação de que Perillo teria evitado a extinção de uma empresa estatal de loterias em Santa Catarina. Em Goiás, o governo estadual mantém a sua própria loteria.

As revelações ampliam o leque de apuração da CPI do Cachoeira, além de confirmar os estreitos vínculos entre o contraventor e o governador tucano.

Abaixo, íntegra da notícia publicada pelo site Congesso em Foco:
Cachoeira buscou governadores de MT, SC e PR

Emails e telefonemas mostram movimentação do bicheiro e de seus aliados para manter o jogo nos três estados. Em Santa Catarina, ele diz ter tido a ajuda do governador de Goiás, Marconi Perillo. 

Todos negam relação com o contraventor
Em conversa gravada pela PF, Cachoeira diz que Perillo teria intercedido para Raimundo Colombo manter loteria em Santa Catarina

Na tentativa de emplacar prestação de serviços de loterias estaduais, o grupo do empresário de jogos de azar Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, buscou contato com os governadores recém-eleitos de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB); de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD e ex-DEM), e do Paraná, Beto Richa (PSDB). 

Segundo telefonemas de Cachoeira interceptados pela Polícia Federal, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ajudou a evitar a extinção de uma estatal que controla loterias em Santa Catarina. 

Perillo nega e os demais governadores dizem que não negociaram nada com o bicheiro, que é o centro das investigações da CPI criada na quinta-feira (19/4) no Congresso.

No primeiro turno das eleições de 2010, Silval é reeleito em Mato Grosso. Beto Richa e Colombo ganham no Paraná e em Santa Catarina. Dois dias depois, em 5 de outubro, às 8h39, o ex-cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio de Souza, envia email ao argentino Roberto Coppola, consultor em jogos de azar. 

Ele comemora o resultado as urnas e pergunta como estão os contatos com os futuros governantes sobre as loterias estaduais. Questiona como teria sido a reunião de Coppola com Richa: “Roberto, viu o resultado no Mato Grosso? Foi reeleito o governador. 

E como ficou Santa Catarina agora? Paraná aquele encontro com foi bom (sic) com o governador eleito?”

Em resposta, às 18h52, o argentino Roberto Coppola mistura português com espanhol para dizer que o grupo vai conseguir ver implantada a loteria no Mato Grosso e em Santa Catarina. 

Afirma ainda que se reuniu com Colombo e com Richa. No primeiro, o resultado teria sido “bom”, segundo ele porque o coordenador da campanha de Colombo é que seria designado para dirigir a loteria. Mas com Richa, porém, o problema era que seu antecessor, o hoje senador Roberto Requião (PMDB), extinguira a loteria estadual.

“Em Santa Catarina también foi bon con Colombo porque o presidente da loteria era o jefe da campanha de Colombo. Em Paraná, fale com Beto Richa, o problema é que Requion por ler fecho a loteria e va a demorar, porque tein que facer uma nova lei. Esse filho da puta do Requion hasta que foi embora, incho o saco”, diz Copolla, no portunhol que usou no email.

Em 9 março de 2011, o governador de Goiás, Marconi Perillo, encontrou-se com Colombo em Santa Catarina. Oficialmente, foi uma visita “de cortesia”, segundo assessores do catarinense, ou, segundo comunicado do governo goiano, uma reunião para falar sobre “parcerias público-privadas”, com a participação inclusive do ex-presidente da companhia de energia de Goiás Ênio Branco, que hoje é secretário de Comunicação de Colombo. Mas, em diálogo de 10 de março, Cachoeira diz a um interlocutor não identificado pela Polícia Federal que Perillo, na verdade, foi convencer Colombo a não fechar a Companhia de Desenvolvimento de Santa Catarina, a Codesc, que administra a loteria inativa do estado.

“Inclusive tava com o governador de Goiás e levou o governador de Goiás pra falar com o governador de Santa Catarina”, explica Cachoeira, em telefonema grampeado às 15h41. 

Na conversa com o bicheiro, o interlocutor diz estar preocupado com a possibilidade de extinção da Codesc e, consequentemente, do negócio do jogo no sul do país. “Se acabar com a Codesc, acaba com a loteria”, alerta o homem não identificado. Essa mesma pessoa diz que Ênio Branco “estava tratando de tudo”.

A assessoria de imprensa de Colombo e de Branco afirma que a reunião teve mais de dez pessoas presentes e não tratou de jogo. Branco, porém, admite ter sido procurado por pessoas – das quais não se lembra – interessadas na manutenção da Codesc, a empresa que controlava o jogo no estado, mas não levou a questão adiante porque Colombo era contra o jogo.

Perillo rejeitou qualquer reunião para favorecer os negócios de Cachoeira. “Nunca conversei sobre legalização do jogo com quem quer que seja”, disse ele ontem (19), em nota ao Congresso em Foco. “Não gosto de jogos, exceto os de natureza esportiva, e procuro sempre desestimular quem joga.”

A assessoria de Colombo afirmou ao site que não existe possibilidade de as loterias voltarem a funcionar no estado. Entretanto, o presidente da Codesc disse, numa entrevista ao jornal Diário Catarinense, que há uma comissão que estuda o assunto. Procurado pela reportagem, Ximenes não retornou os pedidos de entrevista feitos ontem.

Sexta – feira 20/04/2012 – 21:05h
Postado pelo Editor