A deputada distrital Liliane Roriz, caçula do ex-governador
Joaquim Roriz, declarou nesta terça-feira (9) com exclusividade ao Diário do Poder que seu pai “é candidato natural a
governador do Distrito Federal”. Segundo ela, Roriz tem plenas condições de
saúde e jurídicas para concorrer às eleições 2014. “Roriz é candidato a
governador, mas ainda está estudando para qual partido vai e ainda não sabe
quem será seu vice. Ele [Roriz] teve uma visita cordial do ex-prefeito de São
Paulo Gilberto Kassab, do PSD – falaram muito de política, o Kassab o convidou
para entrar no partido”, contou. Leia a entrevista completa:
O Roriz vai concorrer nas eleições 2014?
Meu pai eu acho que é um candidato natural a governador, o povo sabe o que quer
e tem pedido que ele volte. A gestão dele é uma gestão positiva, então, a gente
acredita que se tudo der certo, ele tem condições físicas, de saúde e jurídicas
para sair candidato.
Então, a candidatura do Roriz é uma certeza…
Roriz é candidato a governador mesmo. Ele ainda está estudando por qual
partido, ainda não sabe o vice, mas ele é candidato.
Não tem perspectiva nenhuma de composição?
Nada da
composição. Tem que ter muitas conversas com pessoas de vários grupos. Ele teve
uma visita cordial do [ex-prefeito de São Paulo] Gilberto Kassab, ele foi o
único que realmente o visitou até hoje. Ele fez uma visita, falaram muito de
política e o Kassab o convidou para entrar para o partido [PSD].
Seu pai tem dito a aliados que te quer no Senado. Existe essa
possibilidade?
O meu papel é de fiscalizar. A gente tem, mais do que nunca, que ouvir primeiro
para definir as prioridades. Os políticos se afastaram muito das suas bases, a
gente tem que mudar muito a maneira de conduzir nossos processos políticos,
procurar soluções para as pessoas de menos poder aquisitivo. Brasília está
vivendo um momento que as políticas públicas estão muito ruins, então, temos
que fazer o que é melhor para a cidade. Não posso dizer que quero isso ou
aquilo, porque não é bem isso. Se Brasília precisar de mim em algum outro
cenário, eu vou estar à disposição. A gente tem que entender, enxergar e
colocar dessa forma.
Mas, você vai ou não tentar o Senado?
Quando você entra na política, você quer alcançar algo maior, mas isso tem o
seu tempo. Meu momento é de querer o melhor para a minha cidade. Fizemos uma
pesquisa para saber o melhor cenário para o futuro, o que as pessoas querem de
mim. Você tem que ouvir o que as pessoas estão dizendo, ouço muito: ‘Se seu pai
não vier, venha você’, se me quiserem como governadora, vou ser. Se me
disseram: ‘Se seu pai vier, nós queremos você como senadora’, então eu vou ser.
Mas, meu pensamento é que você tem que ir para outros cargos, eu acho que tem
que ter o rodízio, você tem que deixar outras pessoas entrarem. Seria deputada
distrital novamente, sem o menor problema, apesar de não ser meu desejo
pessoal. Mas, se for essa a minha missão, eu retornarei.
Como você visualiza a bancada do DF em 2014?
Eu acho que vamos ter uma bancada anti PT. Esse modelo que está ai, onde [o
governador do DF] Agnelo Queiroz está com a maioria, é muito ruim. É um
absurdo, as pessoas não sabem lidar com a oposição, ele massacrou a oposição e
fez da Câmara Legislativa um puxadinho. Agnelo tinha a maioria e fez o que
quis. Então, eu acho que a renovação vai ser grande, de uns 70%. No Senado, tem
que ter gente que pense na cidade. Na Câmara Federal, acho que vai dar uma
renovada também, de uns 50%. Acho que tem tempo para pensar nisso, porque
depende dos grupos políticos que vão se formando. Vai acontecer muitas
mudanças, ninguém entra mais na conversa do PT.
Por: Myrcia Henssen
Terça-feira 09 de julho