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5 de junho de 2016

ÁGUIAS IDEOLÓGICAS




O país enfrenta crises em todos os setores, e em todos eles o povo se defronta com surpresas que provocam extrema indignação. Tais crises não tem origem vindas apenas da corrupção, da desatenção ou da incompetência do homem. A maior crise que nos atinge e nos fere, contudo, é de índole mais nociva do que a histórica leniência da pública administração, aquela que nos aflige há decênios. É a que não conseguimos superar, é a completa ausência de qualidades morais no já combalido teatro da política. Nesta trincheira, são quase palpáveis as consciências experimentadas em renúncias morais e acomodamentos pessoais quando presentes a vantagem e o dinheiro fácil. O Brasil sonha igualar-se aos EUA, mas não foi colonizado como os EUA, que receberam fundamentos de convivência social pela imposição de regras rígidas transmitidas ao povo inglês desde os romanos até os quakers, que exerciam valores morais insuperáveis. Este era o verdadeiro tesouro da velha Albion, cujos princípios transmitiram à população da distante colônia na América, inicialmente catequisado por William Penn. Os pósteros também haverão de reconhecer que só o tempo, esse elemento tão fluido que nos governa, é que ditará a consciência cívica que necessariamente adquirirão os brasileiros no futuro, incorporados de convicções ideológicas mais puras.


A surpresa de hoje, embora a raiz da crise esteja entre as convicções ideológicas mais nobres, não se inclui entre as farras proporcionadas por nosso modelo político. Talvez a de hoje seja pior do que a da véspera. Trata-se aqui da cooptação de inocentes brasileiros às concitações das igrejas chamadas evangélicas, ou alternativas, que vem atuando no Brasil com extensa liberdade, enquanto todos nós sabemos que se tratam elas de agências financeiras, embora se preguem nelas os ideais da fé e da melhor conduta para se alçarem seus fiéis à sublime vida eterna. Dirão seus donos que não agem contra a lei. É verdade, porque o Brasil republicano é um estado laico. Mas é inadiável que seus adeptos sejam esclarecidos (sem obstrução de sua opção religiosa) de que o resultado final das pregações compõe uma monumental receita dos dirigentes de tais organizações.

Para tal comprovação, o espaço é pouco, mas o bastante para enumerar o patrimônio de alguns dos pastores destas organizações (tudo expresso em dólares), como o revela a conceituada e insuspeita revista Forbes. O sempre lembrado pastor Edir Macedo encabeça a lista, acumulando um patrimônio de 950 milhões; quem o segue é o “bispo” Waldemiro Santiago, acusando a revista como dono de uma cifra de 220 milhões; segue-o o pastor Silas Malafaia, que ostenta ativos de 150 milhões; em quarto, o sempre sorridente R.R. Soares, com 125 milhões, e, em quinto, o “apóstolo” Estevam e a “bispa” Sonia, aquele simpático e jovem casal que se alegra com seus 65 milhões.

Outros menos votados exercem a mesma atividade, isto é, convencem sua plateia de que o reino de Deus não é alcançável só pela fé.

O Ministério Público Federal também pensa assim?

(José Maria Couto Moreira)

Domingo, 05 de junho, 2016

4 de junho de 2016

'A MISSÃO DE TEMER É RECUPERAR O PAÍS', DIZ SENADOR AGRIPINO




Presidente nacional do DEM, o senador José Agripino (RN) acredita que a presidente afastada Dilma Rousseff tem chances praticamente nulas de voltar ao poder. Ele é um dos 55 parlamentares que votou pelo afastamento de Dilma, em 12 de maio passado.

Agripino, que está em seu quarto mandato no Senado, deu sua avaliação sobre o começo de governo Temer e elogiou a escolha das equipes econômica e ministerial. Confira na íntegra: 

Senador, o senhor acredita que a presidente afastada Dilma pode voltar?

A presidente afastada, se conseguisse voltar, seria pra reeditar o desgoverno que ela já estava. Ela não tem suporte político partidário, para votar nada, nenhum projeto, na Câmara dos Deputados nem no Senado. Dilma perdeu o comando da político-econômica brasileira. Acho que as chances dela voltar são praticamente nulas pela percepção que seria a volta do desgoverno, tanto no político quanto no econômico.

O senhor estima que serão quantos votos a favor do impeachment no julgamento?


Mais do que 55.

O senhor acredita que as gravações reveladas mostram que houve algum acordo político para que o processo fosse adiante?

Não tem nada disso. A divulgação dos áudios e logo em seguida as providências que Michel Temer tomou mostra que Temer tem compromisso com a recuperação do Brasil. É essa a missão dele: recuperar o Brasil.

Falando nisso, qual sua avaliação do governo Temer até agora?

O começo do governo é marcado de um processo que não é normal, do impeachment. Aconteceu a montagem de um governo que pudesse ter características de reprodução. Teve um início possível, no campo da economia. Aliás, Temer escolheu uma equipe econômica excelente. É uma das melhores equipes dos últimos tempos. E o ministério nomeado garante votos na Câmara para dar retorno ao pais.

Então para o senhor a prioridade do presidente Temer deve ser a economia?

A economia é fundamental. Sem recuperar a economia não tem como gerar receita. Se não reaquecer a economia não terá receita, por exemplo, para saúde, educação, segurança.

Por; Elijonas Maia

Sábado, 04 de junho, 2016

3 de junho de 2016

LAVA JATO MIRA NOS 100 MAIORES BENEFICIÁRIOS DA LEI ROUANET



A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba quer avançar agora sobre o financiamento de iniciativas culturais do país por meio da Lei Rouanet. O delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat encaminhou ofício ao Ministério da Transparência Fiscalização e Controle solicitando detalhes sobre os 100 maiores recebedores/captadores de recursos via Lei Rouanet nos últimos dez anos.

O pedido da PF foi enviado na última segunda-feira a Fabiano Silveira, que até aquele dia ainda ocupava a cadeira de ministro da Transparência - ele caiu após a divulgação de áudio em que aparece orientando investigados da Lava Jato.
A Lei Rouanet foi criada no governo Fernando Collor, em 1991. A legislação permite a captação de recursos para projetos culturais por meio de incentivos fiscais para as empresas e pessoas físicas. Na prática, a Lei Rouanet permite, por exemplo, que uma empresa privada direcione parte do dinheiro que iria gastar com impostos para financiar propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura para receber recursos.

O delegado da PF pede ao Ministério da Transparência que detalhe os valores recebidos pelos 100 maiores beneficiários naquele período discriminando a origem (Fundo Nacional de Cultura ou Fundos de Investimento Cultural e Artístico), os responsáveis por aprovar a liberação de verbas e também se houve prestação de contas dos projetos aprovados.

O pedido do delegado da Lava Jato foi feito no inquérito principal da operação, aberto em 2013 para investigar quatro grupos de doleiros e que acabou revelando um grande esquema de corrupção na Petrobras e em outras estatais e áreas do governo federal envolvendo as maiores empreiteiras do país.

Na solicitação, o delegado não informa quais as suspeitas que estão sendo apuradas ou mesmo qual a linha de investigação que possa envolver iniciativas que captaram recursos via Lei Rouanet. O Ministério da Cultura informou apenas que não foi procurado pela PF.

(Com Estadão Conteúdo)

Sexta-feira, 03 de junho, 2016