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28 de janeiro de 2019

Problemas de transmissão e calor levaram país a importar energia

O forte calor que atingiu o país nas primeiras semanas de janeiro, aliado a problemas ocorridos em algumas linhas de transmissão, levaram o Brasil a importar emergencialmente energia elétrica do Uruguai e da Argentina, para melhorar a reserva interna disponível.

O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, esclareceu à Agência Brasil que o que levou à importação não foi um problema de falta de energia, mas de potência e de reserva de potência. “Nós teríamos condições de atender à demanda sem a necessidade de importar energia dos dois países. Mas por uma questão de reserva, nós solicitamos e fomos supridos por pouco mais de 2 horas. Passada a hora de maior demanda nós interrompemos o intercâmbio”.

Produção

No último dia 22, o país atingiu o maior nível de produção de energia em duas décadas, em decorrência do aumento elevado do consumo, provocado pelas altas temperaturas registradas.

Barata informou que nas duas últimas semanas o país enfrentou alguns problemas complexos, que começaram no Ceará, com a queda da linha Pecém-Fortaleza, no dia 11. Em seguida, fortes ventos derrubaram duas torres em Xingu, que retirou do sistema um dos dois Bipolos do Madeira. Na Bahia houve, ainda, a derrubada da linha [de transmissão] Barreiras-Rio das Éguas, em razão de uma tentativa de roubo de material.

“Na semana subsequente, as condições de agravaram porque nós perdemos o segundo polo do Madeira por problemas no transformador, em Araraquara, e perdemos ainda a usina nuclear de Angra II. Além dos problemas operacionais, tivemos um aumento considerável da potência ao longo da tarde por causa do forte calor”, disse Barata.

“Obviamente nós solicitamos uma importação emergencial da Argentina e do Uruguai, mas isso faz parte, nós temos um acordo com os dois países para, no caso de distúrbios sérios, nos socorremos mutuamente”.

Barata informou que, na semana passada, o país novamente teve necessidade de recorrer aos países vizinhos. “Nós tivemos, na ponta, uma demanda maior do que a da véspera e, novamente, com a importação dos dois países, nós atendemos toda a carga demandada sem qualquer tipo de distúrbio de frequência ou tensão”.

Intercâmbio

Para o diretor do ONS, mais que o socorro dos dois países “a robustez e a resiliência do Sistema Interligado possibilitou que o país passasse por esses problemas sem que o consumidor final sequer ficasse sabendo do ocorrido”.

Mas mesmo admitindo a robustez do sistema, "não podemos deixar de reconhecer a importância do intercâmbio com os países vizinhos. O que reforça a tese de que as interligações internacionais são absolutamente favoráveis ao aumento da confiabilidade do sistema, ao permitirem a ajuda mutua”.

“Neste caso específico, o intercâmbio foi favorável a gente, mas por diversas vezes fomos nós que socorremos o sistema argentino por problemas de queda de linhas de transmissões. E esse tipo de atendimento não é realizado em troca de pagamento, mas de crédito em energia”, esclareceu. (Abr)


Segunda-feira, 28 de janeiro, 2019 ás 18:00 

27 de janeiro de 2019

Brasileira está entre os 50 melhores professores do mundo

Docente há 14 anos na rede pública de ensino de São Paulo, nos últimos quatro como professora de Tecnologias, a bolsista da CAPES, Débora Garofalo, é finalista do prêmio internacional Global Teacher Prize. Ela é a primeira brasileira a estar entre os 50 melhores professores do mundo.

Para investigar as práticas de letramento na sala de aula de maneira convencional e na Web, pesquisando em que aspectos o ambiente escolar está formando os alunos leitores, Débora busca no mestrado a mudança de um paradigma no ensino-aprendizagem de leitura.

A professora explica ser importante que os alunos, principalmente de educação básica, consigam ler e compreender os textos de forma autônoma. “O método predominante nas escolas é a prática monológica de leitura, algo que perdeu efetividade com a chegada dos avanços tecnológicos”, ressalta.

No seu entendimento, é necessário considerar não apenas enunciados de textos e compreensões parciais, mas também os leitores, suas vozes e, sobretudo, que essa prática possa ser dialógica: “Temos estimativas sobre a crise da aprendizagem pelo Banco Mundial com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) que relatam estas dificuldades, além da falta de interesse e comprometimento com seus estudos. Por isso é essencial rever as práticas e o fazer pedagógico em busca de um ambiente escolar significativo e envolvente”, afirma a professora.

Débora foi indicada ao prêmio pelo trabalho desenvolvido com os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Almirante Ary Palmeiras, em São Paulo, onde – de forma interdisciplinar – trabalhou o incentivo à leitura (gêneros digitais e animações em stop motion), programação e robótica com sucata, onde foi retirada mais de uma tonelada de lixo das ruas. A inovação, criatividade, inventividade, pensamento crítico e científico foram explorados, aumentando as notas e diminuindo a evasão escolar.

Prêmio
O Global Teacher Prize é um prêmio anual promovido pela Fundação Varkey –instituição inglesa, com sede em Londres, dedicada a melhorar os padrões de educação para crianças carentes – que gratifica com U$ 1 milhão o trabalho do professor que contribuiu de forma relevante para a melhoria da educação. O Prêmio, atualmente, alcança professores de 120 países e a cerimônia de entrega ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes, no próximo mês de março.

Leia mais sobre Ciência, Tecnologia e Inovação em BRASIL CTI.


Domingo, 27 de janeiro, 2019 ás 18:00

Dodge cria força-tarefa para apurar rompimento de barragem da Vale

Uma força tarefa de procuradores vai apurar as causas e as responsabilidades do rompimento de barragem na Mina do Córrego do Feijão, explorada pela mineradora Vale, em Brumadinho (MG). A determinação é da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
A procuradora esteve sábado (26/01) na região e encontrou com familiares e autoridades que atuam no socorro das vítimas do rompimento e investigam os danos causados pela mineradora.

Dodge defendeu alteração dos protocolos científicos que atestam a segurança das barragens onde são depositados os rejeitos da mineração. “É preciso aprimorar esses protocolos científicos porque eles têm falhado. Minas Gerais tem quase 700 barragens que estão classificadas em razão do risco de rompimento e é preciso garantir que esse risco seja realmente baixo e que essas informações sejam confiáveis. ”

A Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal divulgou nota para repetir o alerta feito há três anos, à época do acidente em Mariana (MG), sobre “o grave risco existente em inúmeras barragens do país, tanto em virtude da falta de gestão adequada quanto também de fiscalização eficiente. ” (ABr)


Domingo, 27 de janeiro, 2019 ás 00:05


26 de janeiro de 2019

Sete governadores já decretaram estado de calamidade financeira


A situação fiscal dos estados vai influenciar o trabalho dos seus representantes no Congresso Nacional, que tomam posse na próxima sexta-feira, dia 1º de fevereiro, às 10h. Conforme dados do Banco Central, Tesouro Nacional e Instituto Fiscal Independente (IFI), é generalizado o quadro de dificuldades de receita e de despesa das unidades da Federação.
As demandas dos estados reforçarão a agenda de ajuste fiscal que o governo federal deverá propor ao Legislativo, inclusive a emenda constitucional para a reforma da Previdência Social. Conforme Antônio Augusto de Queiroz, que há mais de 30 anos acompanha o Congresso pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), “a situação quase endêmica das finanças estaduais vai abrir uma repactuação com a União”.

Segundo ele, o governo federal e os governos estaduais atuarão em conjunto no Congresso em favor de “compromissos coincidentes” e de um “pacto de esforço sistêmico e sintonizado” para privatizações de companhias estatais, controle de despesas, revisão do regime jurídico do funcionalismo público e outras reformas fiscais.


Crise gigantesca

Necessitando de soluções urgentes, a situação dos estados foi se deteriorando nos últimos anos com o aumento de gasto previdenciário. O quadro fiscal se agravou com a recessão econômica, desde o último trimestre de 2014, que afetou a receita. “Essas duas coisas é que fizeram os estados como um todo entrassem numa crise financeira gigantesca”, assinala o economista Raul Veloso, especialista em finanças públicas.

A necessidade de ajustamento das contas públicas dos estados é estudada por órgãos de monitoramento, política monetária e controle fiscal no âmbito federal. Segundo o IFI, do Senado Federal, a dívida consolidada líquida de todos os estados evoluiu de R$ 353,2 bilhões em 2009 para R$ 746,4 bilhões em agosto de 2018.

Em análise sobre a capacidade de pagamento dos estados feita pelo Tesouro Nacional, e publicada no Guia para o Governador, apenas o Espírito Santo obteve nota “A”. O resultado de cada estado computou os indicadores de endividamento, de poupança corrente, e de liquidez. Os piores resultados foram para o Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Estados ricos

O Banco Central também monitora as estatísticas fiscais das unidades da Federação. Planilha publicada no final de 2018 chama atenção para a contabilidade dos estados mais ricos. Segundo a Tabela 29, de estatísticas fiscais regionais, a dívida líquida do Rio de Janeiro em novembro passado era 57,4% acima que a receita. No caso do Rio Grande do Sul, o percentual era de 38,3%; São Paulo, 22,9%; e Minas 21,6%.

Fábio Klein, analista sênior de finanças públicas da consultoria Tendências, explica que além das dificuldades comuns - como gastos previdenciários, folha de pagamento dos servidores em alta, e recessão -, esses estados foram os que mais sofreram com a diminuição da atividade industrial por causa da crise e a respectiva baixa na arrecadação. No caso do estado do Rio de Janeiro, ele acrescenta que o desequilíbrio piorou a perda de arrecadação de royalties e os elevados gastos para a realização das Olimpíadas (2016).

O analista espera que em eventual repactuação da dívida entre estados e a União, os novos governadores assumam postura diferente dos seus antecessores “Na história, o que eu vejo é sempre assim: os estados sempre batem a porta da União pedindo ajuda, mas sempre postergam os movimentos de ajuste. Os estados querem todos os benefícios, mas na hora de fazer a dura lição de casa, não vemos esse movimento”.

Até o momento, sete unidades da Federação decretaram estado de calamidade. Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro (pela segunda vez) fizeram no final do ano passado. Rio Grande do Norte, Roraima, Mato Grosso e Goiás neste ano.

Ao decretar estado de calamidade, o governador ganha liberdade para descumprir os limites de gasto da Lei de Responsabilidade Fiscal, rever metas, repactuar dívidas e pagamentos. Além desse recurso, os estados podem aderir ao Regime de Recuperação Fiscal e deixar de pagar por três anos (prorrogáveis pelo mesmo período) a dívida junto ao Tesouro Nacional e até contrair novo empréstimo.

Até o momento, apenas o Rio de Janeiro aderiu. O especialista Raul Veloso chama atenção para que o estado cumpra um programa de ajuste. “É uma redução de aperto para voltar a respirar. Mas nada é de graça. Quando voltar a fazer os pagamentos, a dívida que não foi paga por acordo estará maior”, afirma. (ABr)


Sábado, 26 de janeiro, 2019 ás 08:00

25 de janeiro de 2019

Fevereiro seguirá com bandeira tarifária verde


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou sexta-feira (25/01) que a bandeira tarifária para fevereiro de 2019 será a mesma de janeiro: verde, sem custo extra para os consumidores. Apesar da manutenção da bandeira verde, o mês de janeiro apresentou volume menor de chuvas que o esperado.

Em nota, a agência disse que, “mesmo com a elevação do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) provocada pela diminuição das chuvas em janeiro, a estação chuvosa está em curso, propiciando elevação gradativa da produção de energia pelas usinas hidrelétricas e melhora do nível dos reservatórios, com a consequente recuperação do risco hidrológico (GSF)”.

O GSF e o PLD são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada, disse a Aneel.

Sistema

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado, de acordo com a Aneel, para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. A adoção de cada bandeira, nas cores verde (sem cobrança extra), amarela e vermelha (patamar 1 e 2) está relacionada aos custos da geração de energia elétrica. Na amarela há o acréscimo de R$ 1 a cada 100 kWh (quilowatts-hora). Na vermelha no patamar 1, o adicional nas contas de luz é de R$ 3 a cada 100 kWh; no 2, o valor extra sobe para R$ 5.

Dicas de economia

Para evitar aumento significativo nas contas, a Aneel dá dicas para que os consumidores economizem energia. Entre elas a de, no caso do uso de chuveiros elétricos, se tomar banhos mais curtos e em temperatura morna ou fria.

A agência sugere também a diminuição no uso do ar condicionado e que, quando o aparelho for usado, que se evite deixar portas e janelas abertas, além de manter o filtro limpo. A Aneel sugere, ainda, que o consumidor tenha atenção para deixar a porta da geladeira aberta apenas o tempo que for necessário e que nunca se coloque alimentos quentes em seu interior.

Uma outra dica da Aneel para que o consumidor economize energia é a de juntar roupas para serem passadas de uma só vez e que não se deixe o ferro de passar ligado por muito tempo. Sugere também que, durante longos períodos de ausência, o consumidor evite deixar seus aparelhos em stand-by. Nesse caso, o mais indicado é retirá-los da tomada. (ABr)

Sexta-feira, 25 de janeiro, 2019 ás 17:00

Comércio eletrônico deve preservar liberdade na internet

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, participou sexta-feira (25/01), em Davos, na Suíça, de uma reunião sobre comércio eletrônico. O Brasil participa de um grupo de 60 países que buscam fechar um acordo global para definir regras para o comércio eletrônico na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Na sua conta no Twitter, o chanceler disse que o Brasil defenderá a liberdade na internet e o potencial do comércio eletrônico. Segundo ele, foram lançadas negociações para o segmento.

“[O] Brasil defenderá a liberdade na Internet e o potencial do comércio eletrônico para gerar empregos, garantindo a proteção do consumidor, a privacidade e a cibe segurança”, afirmou Ernesto Araújo.

Os chineses têm apresentado com frequência a pauta do comércio eletrônico e a definição de regras para o setor. Em reuniões do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do G-20 (que reúne as 20 maiores economias do mundo), o assunto é recorrente.

O tema foi debatido pela primeira vez em uma reunião ministerial da OMC, em 2017, em Buenos Aires, Argentina. Para os chineses, o assunto é fundamental porque é um dos pilares da economia do país. O próprio diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, já se reuniu com empresários do ramo. (ABr)

Sexta-feira, 25 de janeiro, 2019 ás 8:29




24 de janeiro de 2019

SBP lança campanha de sensibilização para prevenir gravidez precoce


A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lançou quinta-feira (24/01) uma campanha para engajar, sensibilizar e fortalecer a atuação dos pediatras e hebiatras (especialistas responsáveis pela assistência à saúde dos adolescentes) na prevenção da gravidez precoce. O lançamento da campanha antecipa-se ao início da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, no dia 1º de fevereiro. A data foi instituída após o presidente Jair Bolsonaro sancionar a Lei nº 13.798, que acrescenta ao Estatuto da Criança e do Adolescente um artigo sobre o assunto.

Por meio do site Prevenção da Gravidez na Adolescência, a SBP apresentará aos médicos e à sociedade dados estatísticos, alertas sobre os riscos da gravidez precoce e detalhes da lei que instituiu a semana nacional dedicada ao tema. Também serão distribuídos cards pelas redes sociais e e-mail marketing aos mais de 23 mil associados.

Estarão disponíveis ainda dois documentos científicos destinados aos pediatras: o guia prático Prevenção da Gravidez na Adolescência e o manual de orientação Consulta do Adolescente: Abordagem Clínica, Orientações Éticas e Legais como Instrumentos ao Pediatra”, ambos de autoria do Departamento Científico de Adolescência da SBP.

De acordo com a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva, com a campanha, a entidade quer alertar todos os pediatras brasileiros sobre sua importância no processo. Para isso, a SBP está também estimulando todas as suas filiadas estaduais a fazer um movimento com discussões sobre o tema. "Queremos que o pediatra seja protagonista nessa ação de prevenção. Que, em toda consulta, ele possa alertar e orientar adequadamente não só o adolescente como seus pais."

A médica ressaltou que nas escolas brasileiras não há informação e educação sexual de maneira adequada e que muitas crianças e adolescentes não têm um pediatra que os acompanhe. "Ele [o pediatra] tem um papel fundamental na prevenção de doenças, na melhora da qualidade de vida e na orientação sobre a saúde da criança. Seu papel é importante também no acompanhamento do adolescente, na prevenção do uso de drogas, da gravidez."

Para Luciana, a educação sexual deve começar em casa, junto com a família, mas é sabido que há uma parcela significativa da população que não tem nível educacional adequado e não se sente confortável para passar as informações aos filhos. "A adolescência vai dos dez aos 20 anos e nesse período é preciso ter informação sobre os riscos das doenças venéreas, da gravidez, sobre a necessidade de preservativo, sobre atividade física".

Segundo Luciana, em muitas localidades brasileiras, as crianças e adolescentes só são atendidos na emergência e quando estão doentes. “Isso vai contra nossa ideia de que o pediatra tem que acompanhar esses indivíduos de maneira sistemática e periódica. Precisamos ter gestores e leis para isso, para que eles [os gestores] compreendam que. se queremos fazer um futuro diferente para o Brasil, temos que cuidar das nossas crianças hoje."

A presidente da SBP ressaltou que a época da gravidez deve ser escolhida pelos pais, em um momento de maior maturidade, e não como um acidente que ocorre nos primeiros anos da vida sexual da adolescente. “É inadmissível que interrompamos a vida de uma adolescente aos 12, 13 anos. Que ela deixe de ir para a escola porque engravidou. É preciso cumprir o ciclo do desenvolvimento, da infância, da adolescência, estudar, trabalhar, ter uma perspectiva de vida, para depois escolher ter um filho."

A médica disse ainda que normalmente a menina é mais prejudicada pela gravidez não planejada, porque o menino nem sempre tem maturidade para assumir o papel de pai nessa idade. "Nos hospitais públicos, muitas vezes chegam meninas de 17 anos já com três filhos, às vezes um de cada pai. Elas não têm expectativa de trabalho, não têm com quem deixar os filhos, e isso é muito ruim também para essas crianças."

Além do aspecto social envolvido, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos para a saúde da mulher e do bebê. Elevação da pressão arterial e crises convulsivas (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) são alguns dos problemas de saúde que podem acometer a jovem grávida. Para o bebê, os problemas mais comuns são a prematuridade e o baixo peso ao nascer.

Panorama

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), na América Latina e no Caribe, a taxa de gravidez entre adolescentes é a segunda mais alta do mundo, ficando atrás somente da África Subsaariana. Anualmente, ocorrem em média 66 nascimentos para cada mil meninas com idade entre 15 e 19 anos, enquanto o índice mundial é de 46 nascimentos.

Segundo os dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivo (Sinasc), do Ministério da Saúde, o percentual de gravidez na adolescência caiu 17% no Brasil em 2015. Em números absolutos, a redução foi de 661.290 nascidos vivos de mães entre 10 e 19 anos em 2004 para 546.529 em 2015. No entanto, apesar dos avanços, o número ainda é considerado grande, representando cerca de 18% do total de nascidos vivos no país. (ABr)


Quinta-feira, 24 de janeiro, 2019 ás 15:08

23 de janeiro de 2019

Prévia da inflação oficial registra taxa de 0,3% em janeiro


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a inflação oficial, ficou em 0,3% em janeiro deste ano. A taxa é superior ao registrado na prévia de dezembro de 2018 (-0,16%), mas inferior ao 0,39% da prévia de janeiro do ano passado.

Segundo dados divulgados quarta-feira (23/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa acumulada em 12 meses é de 3,77%.


A taxa da prévia de janeiro foi puxada principalmente pela alta de preços de 0,87% dos alimentos. Comprar alimentos para comer em casa, por exemplo, ficou 1,07% mais caro, devido a aumentos de produtos como carnes (1,72%), cebola (17,5%) e batata-inglesa (11,27%). O custo de comer fora de casa subiu 0,53% no período.

Outros grupos de despesas com impacto importante na prévia da inflação de janeiro foram saúde e cuidados pessoais, com aumento de preços de 0,68%, e despesas pessoais, com taxa de 0,43%.

Por outro lado, as reduções de custo dos transportes (-0,47%) e do vestuário (-0,16%) ajudaram a evitar uma inflação maior. Entre os principais responsáveis pela queda de preços dos transportes estão a gasolina (-2,73%), que também teve o principal impacto individual para frear a inflação, o etanol (-1,17%), o óleo diesel (-3,43%) e as passagens aéreas (-3,94%). (ABr)


Quarta-feira, 23 de janeiro, 2019 ás 9:22

22 de janeiro de 2019

Suspeitos de ataques no CE são mortos durante troca de tiros com PMs

Policiais militares do Ceará mataram dois homens na cidade de Quixadá, a cerca de 166 quilômetros da capital do estado, Fortaleza, na madrugada de terça-feira (22/01). Segundo a secretaria estadual da Segurança Pública e Defesa Social, Marcos Juan Ferreira de Sousa e Wesley Miguel Fernandez Muniz são suspeitos de integrar um grupo criminoso e dispararam contra os policiais militares, que revidaram e mataram os dois.

Ainda de acordo com a secretaria estadual, homens do Comando Tático Rural, da PM, foram ao local investigar uma denúncia anônima de que cinco suspeitos estavam reunidos em uma casa planejando ações criminosas, entre elas, assassinatos. Os militares não encontraram ninguém na residência indicada pelo denunciante, mas identificaram um acampamento no meio de um matagal próximo. Ao se aproximarem, os policiais foram recebidos a tiros.

Segundo a secretaria estadual, duas armas foram apreendidas com Sousa e Muniz, sendo uma delas de uso restrito. A pasta garante que os dois suspeitos também portavam munição de vários calibres e tinham antecedentes criminais por homicídio, tráfico de drogas e crimes contra a administração pública.

Durante a troca de tiros, mais três suspeitos conseguiram fugir. As investigações apontam que Sousa e Muniz participavam, junto com mais suspeitos, do planejamento e execução de assassinatos e de ações criminosas contra prédios públicos, veículos e propriedades privadas.

Pelo menos mais três ocorrências foram registradas no estado entre a noite desta segunda-feira (21) e a madrugada de terça-feira (22/01). Em Caucaia, a cerca de 20 quilômetros da capital, pessoas ainda não identificadas incendiaram uma sala da escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental Maria Corina Arruda. O fogo foi apagado antes de se alastrar pelo prédio, mas destruiu uma sala onde funciona a creche municipal, destruindo mobiliário e parte do material de ensino das crianças, além de outros equipamentos.

Em Fortaleza, bandidos atacaram com um artefato explosivo uma subestação da distribuidora de energia elétrica Enel, incendiando-a. Em nota, a empresa informou que a subestação do Bom Sucesso não teve sua estrutura afetada e está operando normalmente. Desde o início da onda de ataques, no último dia 2, 11 veículos a serviço da Enel foram incendiados. Ontem, outra subestação foi incendiada entre os municípios de São Benedito e Ibiapina.

A Câmara de Vereadores de Paracuru, a 80 quilômetros da capital, também foi alvo de pessoas não identificadas. Durante a madrugada, um coquetel molotov foi arremessado contra a parede externa do edifício. O vigia conseguiu apagar as chamas antes que elas se alastrassem, evitando maiores danos.

Ataques

Este é o 21º dia de ataques criminosos no Ceará. A secretaria estadual informou esta tarde que 411 suspeitos de participar das ações orquestradas foram capturados desde o começo da onda de crimes. A pasta, no entanto, não revelou quantos destes suspeitos permanecem presos ou apreendidos (caso de suspeitos com menos de 18 anos de idade).

Segundo autoridades estaduais e especialistas em segurança pública, as ações podem ser uma reação de facções criminosas à nomeação do secretário de Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, e ao anúncio de medidas para reforçar a segurança nos presídios, como a não separação de presos em presídios por facção.

Para tentar conter os ataques, o governo estadual convocou cerca de 1.200 policiais militares da reserva para voltarem ao serviço. No dia 4, o governo federal autorizou o envio de agentes da Força Nacional de Segurança Pública para auxiliar no combate aos ataques. No dia 13, o governador Camilo Santana sancionou leis que facilitam a adoção de medidas como a convocação dos militares reservistas; o pagamento  a quem fornecer informações que resultem na prisão de bandidos ou evitem ataques criminosos no estado, entre outras.

Nesta semana, devem começar a chegar os primeiros integrantes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária, subordinada ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Por razões de segurança, o órgão não informa quantos agentes prisionais serão cedidos por outros estados para integrar o grupo especial no Ceará. (ABr)


Terça-feira, 22 de janeiro, 2019 ás 18:31

Em Davos, Bolsonaro almoça sanduíche em restaurante popular de supermercado

São 3,5 mil participantes, mais de 300 eventos e 70 chefes de Estado e de governo. Mas o presidente Jair Bolsonaro optou por ir almoçar nesta terça-feira, 22, em um restaurante popular de um supermercado local, repleto de funcionários do “baixo clero” do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Simon Hecker, um brasileiro que mora na Suíça, chegou a fazer um vídeo e fotos do presidente. “Ele estava tomando uma Coca e comendo sanduíche”, disse. “Eu estava almoçando quando, de repente, ele passou”, contou.

A assessoria de imprensa do governo não revelou o destino de Bolsonaro quando ele deixou o hotel para almoçar. Apenas insistiram que “não tinham a informação”. Davos, conhecida como um dos locais mais luxuosos da Suíça, reserva a seus participantes alguns dos principais restaurantes da cidade. A opção, porém, foi por um cardápio diferente.

Depois do almoço, Bolsonaro retornou para o hotel, onde preparou seu discurso marcado para ocorrer às 12h30, pelo horário brasileiro. Na rua, um grupo de brasileiros ainda o aguardava com bandeiras do Brasil e camisetas com a imagem do novo presidente.

(Estadão Conteúdo)


Terça-feira, 22 de janeiro, 2019 ás  14:11