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11 de setembro de 2020

FUX DIVULGA PAUTA DE JULGAMENTOS DO STF PARA ÚLTIMOS MESES DE 2020



O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, definiu sexta-feira (11/9) a pauta de julgamentos do plenário da Corte para os próximos três meses. Segundo o tribunal, a divulgação antecipada do calendário das sessões que serão realizadas entre setembro e dezembro deste ano tem objetivo de promover a segurança jurídica e auxiliar o trabalho de todos os envolvidos nos processos que estão em tramitação.

No dia 30 de setembro deve ser julgada a constitucionalidade de pedidos para retirada ao ar de notícias e programas de televisão que citem pessoas que foram presas, cumpriram a pena e não querem mais ser identificadas como autores de crimes.

Em 14 de outubro, a Corte deve decidir se candidatos a cargos públicos podem pedir o adiamento das provas de concursos públicos por motivos religiosos. No dia 22 do mesmo mês, os ministros vão decidir se a realização de revista íntima nos presídios fere o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. O calendário completo foi divulgado no site do STF.

Ontem (10), Fux tomou posse no cargo de presidente do Supremo. O ministro cumprirá mandato de dois anos e acumulará a presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo mesmo período.

Em seu discurso, Luiz Fux disse que sua gestão será focada na proteção dos direitos humanos e do meio ambiente, garantia da segurança jurídica, combate à corrupção e incentivo à digitalização do acesso ao Judiciário. (ABr)

Sexta-feira, 11 de setembro, 2020 ás 22:00  

ALTA DO PREÇO DOS ALIMENTOS DÁ INÍCIO A UM MOVIMENTO POLÍTICO PARA MANTER AUXÍLIO EM R$ 600



A alta do preço dos alimentos reforçou movimento de sindicatos e políticos em prol da manutenção do auxílio emergencial em R$ 600. Centrais sindicais marcaram para a próxima quarta-feira o lançamento da campanha, “#600 pelo Brasil, bom para o cidadão, para a economia e para o Brasil”. O movimento pretende, também, levar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a colocar em votação a medida provisória que reduziu o valor para R$ 300 até o fim do ano.

De acordo com João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, vários prefeitos e candidatos a prefeituras pelo país aderiram ao movimento. Onze centrais sindicais (de trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público) lançaram manifesto rejeitando a diminuição do auxílio.

Se depender o presidente Jair Bolsonaro, contudo, nada vai mudar. “A gente lamenta, eram três meses, nós prorrogamos para mais dois, cinco meses, e agora acabou. Criamos um outro auxílio emergencial, não mais de R$ 600, mas de R$ 300. Não é porque quero pagar menos, não. É porque o Brasil não tem como se endividar mais”, disse ele, nesta quinta-feira (11/9), à noite, durante live nas redes sociais.

Bolsonaro aproveitou para fustigar os governadores que lideraram as medidas de isolamento na pandemia de covid-19. “Eu não quero culpar ninguém, não, mas vão pedir auxílio para quem tirou seu emprego, para quem falou ‘Fique em casa, a economia a gente vê depois’. O Brasil todo parou. Chegou o boleto para pagar a conta aí”, apontou o presidente.

Além das entidades sindicais, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou projeto de lei para garantir o auxílio emergencial de R$ 600 para profissionais da cultura. A MP já recebeu 264 emendas. Uma delas é a do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) para a continuidade dos R$ 600 até 31 de dezembro. Ele alega que o benefício representou quase a totalidade da renda dos 10% mais pobres do país e que a alta no preço dos alimentos é motivo para manter o valor do auxílio. “O estado brasileiro tira dos pobres e dá para os ricos”, disse.

*Correio Brasiliense

Sexta-feira, 11 de setembro, 2020 ás 12:00

10 de setembro de 2020

PREÇO DO ARROZ PROVOCA BRIGA ENTRE MINISTÉRIOS DA ECONOMIA E DA JUSTIÇA



A decisão do Ministério da Justiça de notificar mercados e produtores sobre a escalada de preços do arroz caiu como uma bomba no Ministério da Economia. Assessores do ministro Paulo Guedes reclamam que a medida vai contra a lei natural de mercado e levanta temores sobre a volta do tabelamento de preços. Por isso, enviaram um ofício para a Justiça na quinta-feira (10/09) para avisar que "o caminho não é por aí".

A notificação da Justiça foi enviada a 65 empresas na tarde dessa quarta-feira (09/09), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). E argumenta que "diante do sensível aumento de preços de itens da cesta básica, em especial do arroz, a Secretaria Nacional do Consumidor decidiu notificar o setor produtivo e comercial para esclarecer as causas do aumento nos alimentos que compõem a cesta básica brasileira". Para isso, a pasta pede uma séria de informações sobre o comportamento recente da cadeia produtiva do arroz e diz que vai usar esses dados para entender se a recente alta de preços é um reflexo da atual conjuntura pandêmica ou se também é fruto da cobrança de preços abusivos.

A ação, contudo, foi recebida com estranheza pelos assessores de Guedes e até por parte do mercado. A equipe econômica lembra que já há leis que preveem punições para quem infringir o direito do consumidor cobrando preços abusivos e diz que, por isso, não seria necessário fazer essa notificação. E mais: alega que a medida tem ares de um eventual monitoramento e/ou tabelamento de preços - possibilidade que vai contra os ideias liberais de Guedes e que, segundo economistas, poderia trazer mais prejuízos que benefícios.

"Já passamos pelo 'fiscal do Sarney' e vimos no que deu. A solução não é por aí", cravou um assessor de Guedes. Economistas concordam que, apesar de o arroz já ter subido 19,25% neste ano, a solução para o problema não passa pelo tabelamento de preço. Eles explicam que, ao controlar os preços, o governo pode desincentivar a atuação dos produtores nas áreas tabeladas, o que poderia reduzir ainda mais a oferta e aumentar ainda mais os preços de produtos como o arroz, como aconteceu na época da hiperinflação.

A equipe econômica diz, então, que foi esse o recado enviado à Senacon, via ofício, nesta quinta-feira. "Questionamos as notificações de ontem e avisamos que não é por aí", contou um técnico. Segundo ele, a fim de desincentivar qualquer ideia desse tipo na Justiça, o texto deixa claro que controlar preço ou controlar margem só vai agravar o problema do arroz. "É a mesma coisa que combater praga com pesticida", frisou.

Os assessores de Guedes ainda pedem que problemas de mercado devem ser resolvidos com soluções de mercado. E dizem que uma dessas medidas já foi tomada nessa quarta-feira, quando o governo zerou a tarifa de importação do arroz para garantir a oferta do produto e, assim, "estimular a concorrência". Porém, admitem que essa ação vai levar um tempo para surtir efeito na ponta. "A abertura da importação demora uns 60 dias. É preciso ter paciência", alertou um técnico.

Apesar de já ter mostrado incômodo com a alta do arroz e dos demais produtos da cesta básica, o presidente Jair Bolsonaro já garantiu que não vai tabelar preços. "Não vamos interferir no mercado de jeito nenhum. Não existe canetaço para resolver o problema da economia", afirmou o chefe do Executivo na noite dessa quarta-feira.

O Ministério da Justiça foi questionado sobre a queixa da Economia, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.

*Correio Brasiliense

Quinta-feira, 10 de setembro, 2020 ás 20:00