A Polícia Federal (PF) indiciou
neste domingo o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e
mais oito investigados na Operação Lava Jato, entre eles executivos que foram
ligados à empreiteira e consultores apontados como operadores de propina no
petrolão. A Andrade Gutierrez tem negado participação no esquema de fraude a
contratos da Petrobras.
O delegado da PF Eduardo Mauat
conclui o inquérito sobre o envolvimento dos indiciados nos crimes de fraude a
licitação, corrupção ativa, lavagem ou ocultação de bens ou valores e crime
contra a ordem econômica (cartel). Segundo a PF, foram objeto dos crimes
contratos das obras nas refinarias Rnest e Comperj. Parte das informações que
levaram ao incidicamento foram prestadas pelo ex-gerente de Serviços da
Petrobras Pedro Barusco, que fechou acordo de colaboração premiada com o
Ministério Público.
Os demais indiciados são Rogerio
Nora de Sá, Flavio Lucio Magalhães, Antonio Pedro Campello de Souza, Paulo
Roberto Dalmazzo, Elton Negrão de Azevedo Junior, Mário Frederico Mendonça
Góes, Lucélio Roberto Von Lehsten Góes e Fernando Antonio Falcão Soares, o
Baiano.
As investigações ainda prosseguem
já que o delegado informou que falta analisar uma série de documentos
apreendidos, bem como periciar celulares e mídias.
Em relação a Otávio Marques de
Azevedo, atual presidente da holding da Andrade Gutierrez, além de ter sido
citado nominalmente pelos colaboradores, vendeu a uma lancha a Fernando Falcão
Soares, o Fernando Baiano - o qual passou a ser o operador junto a AG a partir
de 2008/2009, segundo Paulo Roberto Costa, o que demonstra a proximidade entre
ambos. Já Rogerio Nora de Sá, presidente da Andrade Gutierrez até 2011, era um
dos principais interlocutores junto às diretorias de Abastecimento e de
Serviços", escreveu o delegado no relatório do inquérito policial.
"Entendemos ainda que, em relação a Otávio Marques de Azevedo e a Rogerio
Nora de Sá, não se trata de uma imputação objetiva, mas de não aceitar a
invocação de ignorância em benefício próprio. Em sendo os ajustes de licitações
e pagamentos escusos a dirigentes da Petrobras atos que em tese viriam a beneficiar
a empresa, não se tratando de mera iniciativa de algum executivo de forma
isolada e em benefício próprio, hão de ser entendidos como atos de gestão do
grupo Andrade Gutierrez."
Por: Felipe Frazão
Segunda-feira, 20 de julho, 2015
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