O
procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato,
lançou nesta segunda-feira a campanha ‘Dez Medidas contra a Corrupção’, do
Ministério Público, que pretende recolher 1,5 milhão de assinaturas para
apresentar ao Congresso um projeto de iniciativa popular com ações
anti-corrupção.
Com
vídeo , que circula nas redes sociais, ele pede ajuda da população
para “mudar a história do nosso país”:
“Escândalos
de corrupção envolvendo diferentes governos e partidos nos enchem de indignação.
Anões do orçamento, Propinoduto, Sangue-suga, Mensalão, Lava Jato. A corrupção
sangra o nosso país. Apesar dos resultados já obtidos, é muito difícil punir os
corruptos no Brasil. Precisamos mudar a legislação para garantir que esses
criminosos sejam presos, permaneçam por mais tempo na cadeia e devolvam o
dinheiro que desviaram da saúde, segurança e educação. Precisamos de 1,5 milhão
de assinaturas para que essas ideias se tornem projeto de lei assim como na
ficha-limpa. Se você, assim como eu, entende que está na hora de termos uma
nova história, participe da campanha Dez medidas contra a corrupção. O juiz
Sergio Moro, os procuradores e os delegados da Lava Jato já assinaram. Assine
você também e colha assinaturas. A Lava Jato trouxe esperança, mas agora nós
precisamos da sua ajuda. Vamos juntos construir um país mais justo”, disse.
No
Rio de Janeiro, em entrevista a jornalistas, ele criticou a corrupção no país e
disse que, baseado em dados das Nações Unidas, o Brasil gasta R$ 200 bilhões em
propinas todos os anos. Afirmou ainda que o modo de como a corrupção é punida
no país "acaba se tornando uma piada".
Os
dez temas da campanha contra a corrupção são os seguintes: Prevenção à
corrupção, transparência e proteção à fonte de informação; Criminalização do
enriquecimento ilícito de agentes públicos; Aumento das penas e crime hediondo
para corrupção de altos valores; Aumento da eficiência e da justiça dos
recursos no processo penal; Celeridade nas ações de improbidade administrativa;
Reforma no sistema de prescrição penal; Ajustes nas nulidades penais;
Responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2; Prisão
preventiva para evitar a dissipação do dinheiro desviado; Recuperação do lucro
derivado do crime.
(EBC)
Terça-feira,
28 julho, 2015
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