As diferenças abissais entre os resultados reais da eleição deste ano e aqueles projetados pelos maiores institutos de pesquisas eleitorais se tornaram um dos assuntos mais discutidos no país à medida que a apuração era totalizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em muitos casos, empresas com tradição no mercado, como Datafolha e Ipec, erraram por mais de 10 pontos, levando principalmente os políticos e militantes do campo conservador a questionar as metodologias usadas.
A distorção começa pelo cargo mais importante, o de presidente da República. Datafolha e Ipec apontavam diferença de 14 pontos percentuais entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O atual mandatário, no entanto, terminou bem acima do esperado, com 43,3% dos votos computados, enquanto os dois institutos o projetavam com 37% e 36%, respectivamente.
De acordo com a última pesquisa Ipec para a corrida ao Senado por Goiás, o candidato Wilder Morais (PL) iria amargar a quarta colocação, com 12% das intenções de votos válidos. Na realidade, ele acabou eleito, com 25,5% dos votos.
Na consulta, a disputa era liderada por Marconi Perillo (PSDB), que tinha 31% das intenções. Mas ele ficou em segundo, com 19,80%, e perdeu.
Já o Delegado Waldir (União Brasil), que aparecia em segundo lugar no levantamento do Ipec, com 22%, ficou em terceiro, com 17,04%.
* Metrópoles
Segunda-feira, 03 de outubro 2022 às 21:11
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