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17 de março de 2023

PARA ESCONDER O FIASCO DE LEO DA SILVA, JORNAZISTAS FINGE QUE O GOVERNO MESSIAS AINDA NÃO ACABOU

 

No último fim de semana, o pagador de impostos que abasteceu seu carro nas grandes cidades se deparou com mais uma triste notícia neste ano: o preço da gasolina no varejo disparou. No interior do país, os produtores rurais voltaram a enfrentar o pesadelo das invasões de fazendas por grupos de sem-terra, desde o anunciado “Carnaval vermelho”.

 

A economia dá sinais de que a engrenagem emperrou antes do previsto. Em Brasília, ao menos dois ministros cambaleiam sob suspeitas antes de o governo completar os cem primeiros dias.

 

Não foi esse o retrato que o mesmo brasileiro encontrou nas manchetes da imprensa tradicional. Um dos destaques, por exemplo, era a fake news do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segundo a qual o Produto Interno Bruto (PIB) “cresceu nada” no ano passado — o avanço foi de 2,9%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Não houve repúdio de nenhuma “agência de checagem”. A imprensa destacou a mentira.

 

Com o aval do consórcio dessa velha mídia, Lula tem executado diariamente o que anunciou em fevereiro, durante a posse de Aloizio Mercadante no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): “As narrativas, mesmo que mentirosas, valem mais do que verdades ditas muitas vezes”, disse.

 

Na ocasião, ele tentava reescrever outra parte da história: o banco foi pilhado nos governos do PT e repassou bilhões para financiar obras em governos e ditaduras de esquerda — o caso mais simbólico foi o calote de Cuba no Porto de Mariel, cuja dívida tem como garantia caixas de charuto.

 

 “O BNDES foi vítima de difamação muito grave durante o último processo eleitoral”, afirmou Leo. “Vivemos nos últimos quatro anos um processo de mentira tresloucada.”

 

E não é só Leo que mantém a fixação em Jair, citado em um a cada três discursos ou entrevistas. As redações do consórcio também. Desde sábado, dia 4, nenhum assunto ocupa tanto espaço na mídia quanto as joias apreendidas pela Receita Federal, em outubro de 2021.

 

As joias foram um presente do governo da Arábia Saudita à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, depois de uma visita ao Oriente Médio. Ela não chegou a recebê-las, porque as caixas com o material foram retidas pela alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

 

O governo brasileiro argumenta que as joias, com valor estimado em R$ 16,5 milhões, seriam destinadas ao acervo da Presidência da República, o que tradicionalmente acontece ao longo dos mandatos presidenciais.

 

O acervo presidencial, aliás, já foi alvo de apreensão, em 2016, pela Polícia Federal. Os agentes fizeram buscas sobre 133 itens valiosos numa sala-cofre da agência do Banco do Brasil, em São Paulo, recebidos por Leo. As caixas estavam guardadas havia cinco anos e continham relógios, espadas, moedas e peças decorativas.

 

Dilmo e Dilma, aliás, foram condenados pelo TCU e tiveram de devolver 472 peças que pertenciam à Presidência.

 

No episódio das joias para Michelle, a mídia tradicional diz que há indícios de descaminho — crime tributário similar ao contrabando, mas quando envolve produtos legais. Sem nenhuma prova, o ministro Pimenta (Secom) disse que seriam propina pela privatização de uma refinaria da Petrobras por um fundo árabe. Outro ministro, Dino (Justiça), colocou a Polícia Federal para investigar.

 

É evidente que, se houve crime de descaminho, os responsáveis devem ser punidos, como qualquer cidadão que opta pela fila de “nada a declarar” para driblar a fiscalização nos desembarques internacionais. Mas não deve ser descartado que o caso pode configurar um simples entrave alfandegário, passível de ser solucionado burocraticamente, já que o destino do material seria Brasília.

 

A resposta oficial de Jair, em nota apresentada pelo advogado Frederico Wassef, foi a seguinte: “O presidente, agindo dentro da lei, declarou oficialmente os bens de caráter personalíssimo, recebidos em viagens, não existindo qualquer irregularidade em suas condutas.”.

 

 “Estão tirando certas informações de contexto, gerando mal-entendido e confusão para o público. Como jamais existiu qualquer escândalo ou um único caso de corrupção durante os quatro anos de governo, buscam hoje, a qualquer custo, criar diversas narrativas, que não correspondem à verdade, em perseguição política ao presidente”, acrescentou o advogado Wassef.

 

O fato é que caixas de joias para o casal Bolsonaro serviram de munição para centenas de manchetes durante os últimos dias. Para os analistas políticos do consórcio de mídia, nem a economia patinando, o terror organizado pelo MST em fazendas produtivas, como as da empresa Suzano, ou ministros em páginas policiais são mais relevantes para o país do que o batizado “escândalo das joias” — ou “joiasgate”.

*Revista Oeste

Sexta-feira, 17 de março 2023 às 19:57


     

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