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31 de março de 2023

IMPRENSA ESQUERDISTA FAZ MALABARISMOS PARA BLINDAR O TODES E ESQUECE O QUE É MAIS GRAVE

 

O descondenado quer “f..er” o Moro. E quer nomear para o Supremo Tribunal Federal (STF) seu advogado privado, que conseguiu tornar suspeito o juiz que o condenou. Vive assombrado pelo passado, que tem mais peso para ele no momento que o futuro.

 

É visível o malabarismo que a imprensa petista vem fazendo para tentar explicar a fala irresponsável dele sugerindo uma armação da Polícia Federal para favorecer o senador Moro no inquérito que investiga a trama de uma facção criminosa contra funcionários do Judiciário brasileiro.

 

As mais aloucadas teorias conspiratórias surgem para tentar mudar o rumo da história, enquanto o verdadeiro problema é deixado de lado: a grave ameaça do crime organizado contra o Estado brasileiro.

 

Ao minimizar a existência de tal complô, com a intenção de não valorizar a atuação de Moro no combate à corrupção e ao crime organizado, a esquerda deixa de lado a segurança nacional para proteger a segurança pessoal do descondenado, que já não pode ser deixado sozinho para seus improvisos. Sugerem que terceirize o embate com Sergio e Messias, uma maneira de blindá-lo.

 

Outra tentativa de desmoralizar o ex-juiz Moro é taxá-lo de direitista. Ora, alguém tem dúvida disso? Se tinha, quando Moro apareceu na campanha presidencial ao lado de Bolsonaro como seu assessor num debate, depois de tê-lo acusado de tentar interferir na Polícia Federal para salvar seus filhos e apaniguados, já era possível constatar que preferia Bolsonaro a Lula. Ajudou, assim, a alimentar a narrativa de que o nove dedos era um inocente que perseguia por questões políticas.

 

Embora Leo não tenha sido inocentado por nenhum outro juiz, suas condenações foram anuladas por questões técnicas ou prescreveram. Porém, a esta altura, a narrativa de que Leo cometeu atos de corrupção é uma verdade para grande número de eleitores, que o rejeitaram nas urnas. Atacar Moro por ser de direita é a mesma coisa que atacar Lula por ser de esquerda.

 

É bom que os petistas não esqueçam que, por mais extravagante que pareça, boa parte dos brasileiros teme que Leo nos leve a um governo comunista. Uma reunião de Moro em Buenos Aires — com líderes da direita latino-americana, como os ex-presidentes Mauricio Macri (Argentina), Felipe Calderón (México), Jorge Quiroga (Bolívia), a deputada espanhola Cayetana Álvarez de Toledo, além de Juliana Awada e Gerardo Bongiovanni — foi publicada por sites petistas como uma prova de que Moro é um extremista de direita.

 

Difícil classificar a maioria desses dirigentes de “extremistas”, mas é fácil classificar de extrema esquerda alguns ditadores com quem o descondenado costuma posar, como Daniel Ortega, da Nicarágua, Nicolás Maduro, da Venezuela, ou Miguel Díaz-Canel, de Cuba.

 

Agindo assim, a imprensa esquerdista, que não tem pudor em apoiar qualquer atitude de Leo, mesmo quando erra (erra?), está apenas criando espaço para que Moro volte a ser um candidato potencial da direita brasileira, que hoje não se constrange em se identificar com essa tendência política.

 

Vale lembrar que todo “salvador da pátria” está convencido de que tem a solução para todas as questões. Bolsonaro demitia os que se atreviam a contestá-lo, até que o silêncio fosse total. Lula não precisa demitir ninguém, pois quem ousa contestá-lo?

*Com O Globo

Sexta-feira, 31 de março 2023 às 12:40 


    

24 de abril de 2020

BOLSONARO ACABA DE CONSTRUIR SEU MAIOR ADVERSÁRIO POLÍTICO



Após quase 15 meses como ministro da Justiça, Sérgio Moro deixou o governo de forma inteiramente compreensível se considerarmos que ele não teve a autonomia e muito menos condições de cumprir o papel que lhe foi prometido quando aceitou o cargo ainda em novembro de 2018.

Convém lembrar que Sérgio Moro, antes de virar ministro, vinha de uma carreira na magistratura que ganhou súbita fama pelo seu trabalho na operação Lava Jato. Sua vinda para o governo foi uma jogada de risco para ele próprio não apenas por abrir mão da sua condição de Juiz para a condição de “político” pela natureza do novo cargo, mas sobretudo por emprestar ao governo de Jair Bolsonaro um prestígio pessoal que naquele momento lhe dava a condição de um dos homens públicos mais populares do País.

No cargo de ministro, Sérgio Moro acumulou conflitos públicos com o presidente da República que tiveram pelo menos duas consequências: 1) a perda de status como homem forte do governo que seria decorrência natural do seu prestígio público e 2) o início de um processo de erosão do seu capital político-eleitoral, conquistado pela sua atuação, muitas vezes contestada no âmbito da legalidade de algumas decisões, durante a operação Lava Jato, e crucial para a manutenção de projetos políticos pessoais uma vez que não poderia mais voltar à magistratura.

Qual será o futuro de Sergio Moro? Considerando o capital eleitoral que ainda detém, a busca por uma candidatura à Presidência da República – o mais provável – ou ao governo do Paraná, onde tem domicílio eleitoral, são os destinos mais prováveis. Ao sair do governo Bolsonaro nesse momento, e não se vincular à postura do presidente em relação à covid-19 e ainda fixar posição pela autonomia da Polícia Federal no contexto de investigação das fake news, que alcançam os filhos do presidente, permite a Moro manter prestígio social e pleitear voos eleitorais mais ambiciosos. Se demorasse um pouco mais no governo certamente ampliaria seu desgaste e, com isso, suas ambições desceriam aos cargos de senador ou deputado.

Qual o futuro do governo Bolsonaro? Esse é ainda mais incerto. Não é racional em termos de busca de governabilidade a postura de Bolsonaro em demitir o seu ministro mais popular no momento e aquele que empresta ao governo um prestígio moral no combate à corrupção. Fica ainda mais difícil compreender a atitude de Bolsonaro por isso ocorrer no mesmo instante em que ele busca costurar a formação de uma base política, inclusive com o Podemos, partido mais alinhado com Moro, para tentar reverter as continuas derrotas do governo no Congresso.

Bom lembrar que partidos políticos, apesar de negociarem cargos no governo em troca de apoio político, também fazem cálculo eleitoral. O impeachment de Dilma Rousseff mostrou isso claramente. E nesse momento, para muitos partidos, ficar ao lado de Moro pode fazer mais sentido para suas sobrevivências eleitorais do que assumir a condição de partidos “do” ou “no” governo.

Ao fritar Sérgio Moro, Jair Bolsonaro não apenas aumentou perigosamente o seu isolamento, como também construiu seu maior adversário político para 2022, caso seja candidato a reeleição ou termine o mandato. Moro poderá, inclusive, mostrar sua força política com a possibilidade de interferir já nessas eleições de 2020.

* Marco Antonio Teixeira é cientista político e professor da FGV-SP

Sexta-feira, 24 de Abril, 2020 ás   12:00