O
ministro Antonio Saldanha Palheiros, do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
decidiu quinta-feira (9/05), que o pedido de liberdade do ex-presidente Michel
Temer será analisado na próxima terça-feira (14/05), durante sessão da Sexta
Turma. Com a decisão, Temer deve continuar preso até o julgamento do caso. O
ministro é o relator do pedido de liberdade.
Nesta
tarde, Temer se entregou na Superintendência da Polícia Federal (PF) em São
Paulo, após a 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
(TRF2) determinar a volta dele à prisão.
O
ex-presidente e seu amigo João Baptista Lima Filho, conhecido como coronel
Lima, foram presos preventivamente pela primeira vez em 21 de março, por ordem
do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, entretanto,
quatro dias depois, o desembargador Ivan Athié, do TRF2, concedeu liminar
libertando os dois.
Ontem
(8), a Primeira Turma do TRF-2 derrubou a liminar por 2 votos a 1. A posição de
Athié foi vencida pelos votos dos desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito
Santo.
Operação
Descontaminação
O
pano de fundo das prisões e liberações de Temer e Lima é a Operação
Descontaminação, que apura a participação dos dois no desvio de recursos na
obra da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro.
No
início de abril, o juiz Marcelo Bretas aceitou duas denúncias do Ministério
Público Federal (MPF) tornando Temer, Lima e outras 11 pessoas réus. O
ex-presidente foi acusado dos crimes de corrupção passiva, peculato (quando
funcionário público tira vantagem do cargo) e lavagem de dinheiro.
Temer
é réu ainda em outras cinco ações penais, a maioria delas na Justiça Federal do
Distrito Federal (JFDF).
Defesas
O
advogado de Temer, Eduardo Carnelós, informou, após a decisão que determinou a
prisão, que não há fundamentos para determinar a nova prisão de Temer. A defesa
do coronel Lima não comentou a decisão do TRF2. (ABr)
Quinta-feira,
09 de maio, 2019 ás 18:00
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