O
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, inaugurou sexta-feira (3/04)
o Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública Nacional (CIISPN), em
Brasília. O órgão vai integrar e coordenar informações de segurança e operações
com outros órgãos de inteligência nos estados. De acordo com o ministro, o
centro é estratégico para o combate a organizações criminosas.
“A
integração é tudo em matéria de segurança pública. Estamos insistindo muito
nessa política e acredito que com isso nós conseguimos fazer mais com menos”,
disse Moro. “Às vezes a polícia de um estado não se comunica com a de outro
estado ou com a Polícia Federal. E uma das principais ideias aqui é fortalecer
essa troca de informações”, acrescentou.
A
unidade de inteligência é composta por agentes das polícias civis e militares,
órgãos federais e outras instituições especializadas no combate às organizações
criminosas, como o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Esse
é o segundo centro de integrado de inteligência. O primeiro, voltado para a
Região Nordeste, foi inaugurado no ano passado, em Fortaleza (CE), pelo então
ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Na próxima semana, Moro inaugura,
em Curitiba (PR), o centro da Região Sul. A intenção do governo é que exista um
centro em cada uma das regiões do país.
Entre
os objetivos dos centros estão a integração entre os agentes de segurança
pública para produção de conhecimentos estratégicos e o acesso integrado dos
conteúdos das bases de dados das diversas instituições e órgãos que compõem a
estrutura de segurança pública.
“Essa
unidade não é só questão de espaço físico. Você convoca policiais de diferentes
estados e do Distrito Federal e isso faz com que diferentes experiências
estejam reunidas e vai construindo laços de confiança e integração”, disse o
ministro.
Coaf
Questionado
sobre a possibilidade de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf) sair da Justiça e retornar para a Economia, o ministro disse que não há
nenhum movimento dentro do governo para fazer a mudança.
“Não
existe nenhuma área do governo defendendo o retorno, a posição do governo foi
externada na Medida Provisória [870/19]. Foi o governo quem editou a MP
transferindo o conselho da então Fazenda para o Ministério da Justiça e
Segurança Pública”, disse o ministro. “Achamos que o Coaf fica melhor aqui e
não tem nenhum movimento dentro do governo [para mudar]. Vocês podem perguntar
o ministro Paulo Guedes que ele vai dizer que não tem nenhum interesse no
conselho”.
Moro
disse que a discussão em relação ao Coaf, travado no Congresso Nacional,
resulta de incompreensão sobre a atuação do conselho na Justiça. “É importante
o Coaf estar aqui na Justiça e Segurança Pública porque ele tem informações
essenciais em matéria de lavagem de dinheiro e que nos serão extremamente úteis
para combater principalmente as organizações criminosos. Se você não tem o
rastro do dinheiro fica muito difícil combater essas grandes organizações
criminosas”, disse. (ABr)
Sexta-feira,
03 de maio, 2019 ás 18:53
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