Um
estudo divulgado quinta-feira (9/04) alerta que a distância social de 1,5
metro, recomendada pelas autoridades de saúde, é insuficiente para impedir o
contágio do vírus chinês e que essa distância deve ser de pelo menos quatro
metros.
Os
valores sugeridos no estudo, feito por pesquisadores e engenheiros
especializados em dinâmica de fluidos, das universidades de Leuven, na Bélgica,
e Eindhoven, na Holanda, baseiam-se em simulações de como as partículas de
saliva se soltam quando as pessoas estão paradas, caminhando, correndo ou
andando de bicicleta.
"Se
alguém transpira, tosse ou espirra enquanto caminha, corre ou anda de
bicicleta, a maioria das micropartículas permanece numa corrente de ar atrás
dessa pessoa, o que faz com que outra que venha atrás se mova em meio a essa
nuvem de micropartículas", explica Bert Blocken, professor de engenharia
civil nas duas universidades.
O
estudo constatou que a distância recomendada de 1,5 metro é "muito
eficaz" para aqueles que ficam em ambientes fechados ou ao ar livre com
bom tempo, mas que é insuficiente para situações em que as pessoas caminham ou
praticam esporte.
O
estudo mostra ainda que o risco é maior quando uma pessoa está atrás da outra e
é reduzido se estiver andando ou correndo lado a lado ou em formação diagonal.
Ainda
assim, os especialistas aconselham que diante dos cálculos realizados, seja
mantida uma distância de quatro ou cinco metros ao andar atrás de outra pessoa,
dez metros ao correr ou andar de bicicleta devagar e de pelo menos vinte metros
ao andar rápido.
O
novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou mais de
1,5 milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Depois
de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que
levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar situação de pandemia.
*Emissora
pública de televisão de Portugal
(Parece
piada de português)
Quinta-feira,
09 de Abril, 2020 ás 11:30
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