Eunice Pereira Amorim Carvalhido
Brasília - A procuradora-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Eunice Pereira Amorim Carvalhido, pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e o deputado distrital Chico Vigilante (PT). A representação foi enviada na quinta-feira (9) à PGR.
De acordo com as suspeitas, a empresa M. Brasil
teria doado R$ 100 mil ao Diretório Nacional do PT, R$ 300 mil ao comitê de
Agnelo Queiroz e R$ 50 mil ao deputado paulista Ricardo Berzoini,
ex-presidente do PT.
Além disso, também teriam recebido a quantia de R$
100 mil da M. Brasil o deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF) e o candidato
derrotado a deputado federal pelo Espírito Santo Guilherme Lacerda (PT),
ex-presidente da Fundação dos Economiários Federais (Funcef).
A M. Brasil é registrada em nome de um motoboy e de
um sargento do Corpo de Bombeiros da Bahia. Ao todo, a empresa teria doado R$
650 mil para as campanhas petistas nas eleições do ano passado.
As suspeitas foram enviadas ao MPDFT pelas
deputadas distritais Celina Leão (PMN) e Liliane Roriz (PRTB). De acordo com
informações do órgão, a procuradora-geral Eunice Carvalhido concluiu que “há
indícios suficientes para a instauração de investigação”.
No entanto, a procuradora decidiu encaminhar o
assunto para a PGR por entender que a competência para processar e julgar o
governador do Distrito Federal é do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Como a prova da infração penal é comum aos
representados, a legislação prevê que no concurso de jurisdições de diversas
categorias, predominará a de maior graduação. Sendo assim, os autos foram
remetidos ao Ministério Público Federal (MPF), a quem cabe oficiar nas causas
de competência do STJ”, argumentou a procuradora.
Luciana Lima
Sábado, 11/06/2011 - 14h11
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