BOA VISTA/RR
- A Polícia Federal desencadeou nesta quarta-feira, dia 22, em Boa Vista, a
Operação Samedi, que teve o objetivo de desarticular uma quadrilha responsável
pelo comércio ilegal de Misoprostol, medicamento ilícito utilizado para
provocar aborto e que possui o nome comercial de Cytotec.
Na operação treze
pessoas foram presas, dentre elas comerciantes, proprietários e balconistas de
farmácias, farmacêuticos e intermediários, sendo ainda apreendidos ao todo
quase 600 comprimidos de Cytotec. Os presos foram indiciados nos crimes de
formação de quadrilha (art.288 do Código Penal) e por falsificação, corrupção,
adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinal
(art. 273 do Código Penal).
As
investigações foram iniciadas em janeiro deste ano, quando a Polícia Federal
começou a investigar as atividades do empresário paraense R.N.G., responsável
pela estocagem e venda dos comprimidos de Cytotec para uma rede de
intermediários, que os repassavam para as “consumidoras finais”, através de um
serviço semelhante ao disque-entrega.
Uma dessas entregas foi impedida por
policiais federais que no último dia 6 de junho, surpreenderam R.N.G. vendendo
cerca de oito comprimidos a um balconista de farmácia, no bairro do
Pintolândia.
Na ocasião, as investigações apontavam para a possibilidade de
haver mais comprimidos na residência de R.N.G., fato que foi confirmado durante
o flagrante quando os policiais encontraram uma vasta quantidade de comprimidos
abortivos estocada.
Nas buscas realizadas na residência de R.N.G. foram achadas
cerca 581 cápsulas de Cytotec e cerca de 800 reais apurados com a prática
ilícita.
O restante da quadrilha foi presa nesta quarta-feira, após o cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela 2º Vara Criminal da Comarca de Boa Vista, e realizados por cerca de 50 policiais federais.
De acordo com o que foi apurado durante as investigações, a cada negociação eram vendidos para o interessado na prática abortiva, de quatro a dez comprimidos, dependendo do mês de gestação apresentado. Estima-se que, desde o começo da investigação possivelmente 100 gestantes tenham se utilizado dos serviços do grupo chefiado por Raimundo Nonato.
Origem do
nome
Samedi é um loa dos mortos,
semelhante a um cadáver vestido e preparado para o enterro no estilo haitiano.
Ele tem a cara freqüentemente parecida a uma caveira branca (ou de fato tem uma
caveira como cara) e fala com uma voz nasal. Ele é um loa sexual,
freqüentemente representado por símbolos fálicos e famoso pela perturbação,
obscenidade, deboche. Além disso, ele é o loa do sexo e ressurreição, e nesta
última capacidade que ele muitas vezes é invocado por aqueles que estão perto da
morte ou a morte se aproxima, para cicatrização. Ele é considerado um juiz.
Quarta –feira
22/6/2011
Postado pela
Redação
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