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16 de abril de 2012

MARCONI, ANTI-LULA, ACUSA PT DE ACOBERTAR MENSALÃO



Vassil Oliveira.=

Governador tucano, que já declarou que quer ser candidato a presidente da República contra o petista, se mostra vítima do ódio lulista e alvo de uma conspiração petista.

A tese da reportagem da revista Veja deste final de semana já estava na boca do governador Marconi Perillo (PSDB) na sexta-feira: a operação Monte Carlo é uma cortina de fumaça dos petistas para esconder o mensalão. Assim como estava na do presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), que afirmou que o PT quer usar o caso Cachoeira para “abafar o mensalão”.

Sexta é o dia de fechamento da revista. E foi o dia em que Perillo voltou a se apresentar como vítima do PT e de Lula, e, indiretamente, comemorou o desvio de foco da cobertura da imprensa para a Caso Carlinhos Cachoeira, antes mais centrada nele e agora focada no governador Agnelo Queiroz, que é do PT.

“Em relação aos episódios envolvendo a Operação Monte Carlo, nos últimos dias, órgãos da imprensa se despertaram para o fato que o que se quer na verdade, não é apenas a apuração em relação a essa operação aqui. 

Os interesses são muito maiores. Buscam acobertar outros fatos que aconteceram no Brasil, cujo desfecho está previsto para esse ano, como é o caso do mensalão”, disse Perillo.

O governador é um dos fiadores da existência do mensalão. Sem apresentar provas claras, ele garantiu que avisou o então presidente Lula da existência da prática. 

Como testemunha, citou a na época deputada federal Raquel Teixeira (PSDB), procurada pelo colega deputado Sandro Mabel (PR, hoje PMDB) com proposta para mudar de partido. Raquel admitiu a conversa com Mabel, mas a ligação do caso com o mensalão foi feita pelo governador.

Na prática, Perillo alimentou a munição da oposição contra Lula bem no auge das denúncias. Lula não esquece e não perdoa, como já deixou claro em vista a Goiás. Não esquece também que Marconi teria lhe prometido votar e trabalhar em favor da volta da CPMF, quando ainda estava no Senado. O tucano não só descumpriu o acertado como no mesmo dia fez discurso na tribuna criticando o imposto.

Nos últimos meses, auxiliares do governador têm feito elogios abertos à presidente Dilma e críticas duras ao ex-presidente Lula. No geral, dizem que ela é republicana e tem ajudado Goiás. Já ele, falam, está coberto de ódio e rancor em relação a Marconi e por isso o governador é alvo de ataques da imprensa nacional. O governador, assim, seria uma vítima da ira de Lula. 

Na sexta, o discurso foi nessa direção. “Infelizmente procuram denegrir a honra das pessoas, mas felizmente a Justiça pode às vezes tardar, mas não falha. E eu vou continuar de cabeça erguida, defendendo as coisas do nosso Estado e trabalhando para que ele seja cada vez mais próspero”, disse, em evento de inauguração da sede do Conselho Estadual de Educação.

Marconi fez de Lula seu algoz em discursos faz tempo. É o contraponto recorrente quando quer, por exemplo, se apresentar como nome tucano para disputar a presidência do partido. O anti-Lula.

Em março do ano passado, durante evento do PSDB, chegou a afirmar em discurso que se Lula for candidato, nem Aécio Neves nem Geraldo Alckmin terão coragem de enfrentá-lo, o que então abre caminho para ele entrar na disputa. 

A presidência, para os marconistas, é caminho natural para seu líder e o projeto é acalentado, incentivado e destacado em regularidade na mídia goiana.

Antes, porém, o governador terá de explicar suas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele nega proximidade. Mas nos últimos dias auxiliares diretos dele tem pedido para sair do governo. Todos com uma coisa em comum: ligações diretas com Cachoeira.

Marconi, assim, age como uma ilha cercada por gente de Cachoeira, gente curiosamente escolhida por ele para participar do governo. Coincidência?

Já caíram: o procurador-geral do Estado, Ronald Bicca, o presidente do Detran, Edivaldo Cardoso, a chefe de gabinete da governadoria, Eliane Pinheiro, e o Procurador-chefe administrativo da Procuradoria-Geral do Estado, Marcelo Siqueira. Há suspeitas ainda de dinheiro destinado a campanhas

Segunda – feiras. 16/4/ 2012 às 18:40h
Postado pelo Editor