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Governador tucano de Goiás, cuja agenda de compromissos públicos foi cancelada nas últimas duas semanas, planeja manifestação política para pressionar Supremo a votar o processo do Mensalão; comício aconteceria em Goiânia; saída por cima sobre beco de ligações com Carlinhos Cachoeira?
O governador Marconi Perillo planeja reunir
em Goiânia lideranças de todo o País para pressionar o Supremo Tribunal Federal
a julgar o processo do mensalão.
A informação é do jornalista Jarbas Rodrigues
Jr., na coluna Giro, de O Popular de (17/4). Diz a nota: "Ato da oposição
- O núcleo do governo de Marconi Perillo (PSDB) planeja promover um ato público
em Goiânia, com lideranças nacionais, para cobrar do STF julgamento do processo
sobre o mensalão."
Ou seja: sob os holofotes das denúncias
envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira, o governador tucano, anti-Lula, planeja
virar a mesa, trazendo para o Estado os holofotes da oposição ao PT, acusado
por ele próprio de criar uma espécie de cortina de fumaça com a Operação Monte
Carlo, que o envolve, para encobrir o mensalão, que envolve Lula.
Na segunda, Marconi Perillo foi destaque no
Jornal Nacional, que mostrou diálogo, gravado pela Polícia Federal, de
Cachoeira com seu braço direito, Wladmir Garcez. Os dois conversavam sobre
nomeações de aliados no governo de Marconi e comemoravam.
Na sexta, o governador já dava indicações de
que, em vez de se defender, partiria para o que muitos consideram
contra-ataque. Em um evento na capital goiana, afirmou: “Os interesses
(envolvidos na operação da PF) são muito maiores. Buscam acobertar outros fatos
que aconteceram no Brasil, cujo desfecho está previsto para esse ano, como é o
caso do mensalão.”
Abaixo, reportagem publicada em 17/4 com
entrevista do governador Perillo:
Lúcia Norcio _Agência Brasil, Curitiba – O
governador de Goiás, Marconi Perillo, negou na terça – feira (17/4) ter
recebido qualquer indicação para preenchimento de cargos públicos do empresário
goiano, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar um
esquema de exploração de jogos ilegais.
“Todos os funcionários do governo
goiano são escolhidos por competência técnica. Desde agosto do ano passado,
todas as mais de 800 gerências administrativas são preenchidas rigorosamente
pelo critério de meritocracia”, afirmou o governador, que participou hoje de
uma reunião de governadores do PSDB, em Curitiba.
Perillo disse ainda que mandou apurar todas
as denúncias envolvendo as relações de Cachoeira com funcionários do governo
goiano. Disse que, apesar de terem pedido afastamento dos cargos, não há nada
comprovado contra as pessoas citadas na investigação da Polícia Federal.
“Os
secretários é que indicam boa parte das pessoas que vão compor as suas equipes
e eles têm responsabilidade por estas indicações”, ressaltou o governador.
O governador goiano rechaçou com veemência as
suspeitas de que teria agido para defender interesses do contraventor. “Jamais
alguém teria ousadia para me procurar como governador para tratar de assuntos
que dissessem respeito a atos ilegais”. E garantiu que não há omissão do
governo do estado em relação à contravenção ou crimes de qualquer natureza.
Marconi Perillo informu que, desde janeiro do
ano passado, a Polícia Civil goiana deflagrou cerca de 400 operações no estado
para apreensão de máquinas caça-níquel. Das 1.902 máquinas apreendidas, mais de
100 já foram destruídas e o restante aguarda autorização judicial.
Sobre as relações da Construtura Delta, do
empresário Carlos Ramos, com o governo de Goiás, Perillo informou que se
limitam a apenas dois contratos: um de locação de 2 mil veículos para a área de
segurança pública, licitado em 2009, e outro referente a dois lotes de obras de
reconstrução de 2,08 mil quilômetros de rodovias estaduais. “Participaram da
licitação 96 empresas de todo o Brasil e tivemos uma economia nas obras em um
valor de R$ 170 milhões.
A Delta venceu com deságio de 23%. E são contratos
pequenos”, disse o governador goiano.
O governador do Tocantins, Siqueira Campos,
também negou a existência de contratos com empresas ligadas a Carlinhos
Cachoeira. E garantiu que, apesar de ter sido apresentado a ele, não tem nenhum
relacionamento com o empresário goiano.”Uma vez, estava em companhia de um
amigo, o doutor Athaíde de Oliveira, me apresentou rapidamente ao Cachoeira”.
Além de Perillo e Campos, participaram da
reunião de governadores tucanos Beto Richa (Paraná), Geraldo Alckmin (São
Paulo), Antonio Anastasia (Minas Gerais), Simão Jatene (Pará) e José de
Anchieta Júnior (Roraima).
Quarta – feira 18/4/2012
às 11:15h
Postado pelo Editor
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