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8 de abril de 2012

DEMÓSTENES QUEBRA SILÊNCIO E CRITICA PROPOSTA DE DILMA



por João Domingos =

De­zes­sete dias de­pois de ter se re­co­lhido ao si­lêncio di­ante das sus­peitas cada vez mais graves de li­gação com o em­pre­sário de jogos de azar Carlos Au­gusto Ramos, o Car­li­nhos Ca­cho­eira, o se­nador De­mós­tenes Torres (GO) fez sua pri­meira ma­ni­fes­tação pú­blica. 

E foi em seu blog par­ti­cular (http://​www.​demostenestorres.​com.​br/​), no qual postou no sá­bado, às 14h04, um ar­tigo com crí­ticas ao pa­cote de ajuda para a in­dús­tria anun­ciado pela pre­si­dente Dilma Rous­seff no dia 3.

No blog, De­mós­tenes não faz ne­nhuma menção às sus­peitas das li­ga­ções com Car­li­nhos Ca­cho­eira nem sobre o seu in­certo fu­turo. Já sem par­tido (des­fi­liou-se do DEM para fugir à ex­pulsão no mesmo dia 3 do pa­cote de Dilma), ele res­pon­derá a pro­cesso de cas­sação no Con­selho de Ética do Se­nado. 

Se o jul­ga­mento fosse hoje, não há dú­vidas de que per­deria o man­dato. Mas ele tem dei­xado re­cados que são dados por seus ad­vo­gados se­gundos os quais, em sua opi­nião, fará uma de­fesa que po­derá con­vencer os pares de que não está en­vol­vido com Car­li­nhos Ca­cho­eira, preso num pre­sídio de se­gu­rança má­xima, em Mos­soró, desde o dia 29 de fe­ve­reiro.

No blog só é pos­sível per­ceber algo da an­gústia do se­nador por causa dos úl­timos posts em seu Twitter, da­tados de 23 de março, quando co­me­çaram a apa­recer as con­versas gra­vadas pela Po­lícia Fe­deral, que au­men­taram ainda mais as sus­peitas sobre a li­gação dele com o em­pre­sário de jogos de azar. 

Sua der­ra­deira ma­ni­fes­tação no mi­cro­blog diz: 'O so­fri­mento pro­vo­cado pelos se­guidos ata­ques a (sic) minha honra é di­fícil de su­portar, mas me am­paro em Deus e na cer­teza de minha ino­cência '. Uma se­mana de­pois, di­ante da imi­nência da ex­pulsão, o se­nador pediu o des­li­ga­mento do DEM.

'Saco de bon­dades'
O ar­tigo em que De­mós­tenes cri­tica o plano de ajuda à in­dús­tria bra­si­leira tem por tí­tulo a lo­cução 'Um Brasil maior para os pe­quenos'. Nas suas 38 li­nhas, o se­nador lembra que o go­verno apre­sentou no dia 3 'mais um saco de bon­dades', com o slogan de 'não aban­donar a in­dús­tria bra­si­leira'. Para De­mós­tenes, 'o pa­cote é menos que o es­pe­rado, prin­ci­pal­mente para quem so­bre­vive acos­sado pela con­cor­rência nos pró­prios Brics.'

Se­gundo o se­nador, o go­verno da pre­si­dente Dilma usa 'a tá­tica de tratar o es­sen­cial aos es­pasmos'. Ele con­si­dera que isso pode dar certo em ou­tras áreas, mas na planta das fá­bricas é ne­ces­sário res­peitar o ca­len­dário anual. 'O em­pre­sário tem des­pesas a quitar em todos os 365 dias do ano e o fun­ci­o­nário de­pende do equi­lí­brio do mer­cado para ga­rantir a car­teira as­si­nada.'

E con­tinua: 'A en­gre­nagem é pra­ti­ca­mente a mesma desde a re­vo­lução fa­bril, com o agra­vante de o sis­tema não se re­sumir mais a um em­bate entre tra­balho e ca­pital.'

De­mós­tenes diz, no ar­tigo, que 'a era dos slo­gans de car­tilha ficou no pas­sado pré-com­pu­tador. Es­tamos no sé­culo do em­pre­en­de­do­rismo, em que qual­quer pessoa deve re­ceber a opor­tu­ni­dade de in­vestir em seu ta­lento para crescer'.

O se­nador con­si­dera, no ar­tigo, que o go­verno se es­queceu dos pe­quenos: 'Evi­den­te­mente, os gar­galos são abis­sais para grandes e pe­quenos, porém o poder de pressão dos mi­cros se re­sume ao grito di­ante dos juros em em­prés­timos, em geral com agi­otas clan­des­tinos.

 A es­pe­rança é que, mesmo aos sustos, a eles chegue a sa­cola de fa­ci­li­dades sa­cu­didas pelo go­verno quando a que­bra­deira se avi­zinha.'
Para De­mós­tenes, 'a de­fesa dos em­pregos, parte do anúncio da pre­si­dente Dilma Rous­seff, deve ser ob­ser­vada também a partir dos em­pre­en­di­mentos de fundo de quintal, das lo­ji­nhas sem re­gistro, dos fei­rantes.'

Quase ao final do ar­tigo há até es­paço para um elogio à po­lí­tica do go­verno: 'A re­dução de juros, que de­veria ser ge­ne­ra­li­zada e per­ma­nente, é uma das boas no­vi­dades, assim como um alívio no peso dos en­cargos tra­ba­lhistas, que es­peram ser re­vistos com ur­gência. Ao menos, seria de­se­jável que os US 25 bi­lhões anun­ci­ados em re­forço para o BNDES fossem di­re­ci­o­nados para a turma do Sim­ples.'

Nas úl­timas duas li­nhas, De­mós­tenes volta à crí­tica e cita os pro­blemas na in­fra­es­tru­tura bra­si­leira: 'En­quanto isso, ro­do­vias, portos, ae­ro­portos, fer­ro­vias e a bu­ro­cracia se­guem seu curso, tra­gando so­nhos de todas as ex­ten­sões.'

Domingo 8/4/2012 ás 16:00h
Postado pelo Editor

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