Vassil Oliveira =
O Site Brasil 247 publica documento encaminhado na tarde desta sexta 27 pelo ministro Ricardo Lewandowski à CPI do Cachoeira e ao Conselho de Ética do Senado; segredo de justiça que agora não é mais; diálogos em profusão; confira
Sócio da construtora Delta, funcionário do
contraventor Carlinhos Cachoeira e integrante de organização criminosa. É assim
que o procurador-geral da República Roberto Gurgel se refere, em inquérito
enviado nesta sexta-feira 27 pelo Supremo Tribunal Federal à CPI do Cachoeira e
à comissão de Ética do Senado.
247 obteve com exclusividade a íntegra do
inquérito. Há uma série de situações que ainda não haviam sido reveladas. Fica
ainda mais clara a ligação entre a ORGCRIM, como a Polícia Federal se refere à
Organização Criminosa, e o goverandor de Goiás, Marconi Perillo.
Os grampeados
falam em detalhes sobre a situação de diversos contratos da Delta Engenharia.
De número 3.430, o inquérito deve resultar na cassação, pelo Senado, do
mandato de Demóstenes. A autorização para a remessa do inquérito ao Congresso
foi dada pelo ministro Ricardo Levandovski.
Os dados poderão ser analisados
também pela Comissão de Sindicância da Câmara dos Deputados, que investiga os
parlamentares João Sandes Junior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO),
pelo envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Cachoeira é suspeito de envolvimento com jogos ilegais e foi preso na Operação
Monte Carlo, em fevereiro. A CPMI que leva seu nome investigará sua ligação com
políticos e empresários.
Leia aqui a íntegra do inquérito elaborado pelo
procurador-geral da República Roberto Gurgel.
Abaixo, seus sete anexos, pelos links abaixo:
Volume
1 - "É um recado
do Marconi", diz o senador Demóstenes a Carlinhos Cachoeira
Volume
2 - Neste anexo,
evidenciam-se as relações estreitas entre Carlos Cachoeira e a Delta.
Volume
3 - Cachoeira diz que
comprou um site de jogos por R$ 800 mil e que irá colocar seus negócios todos
nele. Conversas citam encontro do bicheiro com o prefeito de Águas Lindas (GO).
Volume
4 - Na quarta parte,
diálogos comprovam a relação de Cachoeira com o ex-diretor do Dnit, Luiz
Antonio Pagot, que “está doidinho para abrir a boca”.
Volume
5 - O ex-araponga
Adalberto Araújo informa por telefone a Carlinhos Cachoeira que está tentando,
sem sucesso, se infiltrar no governo do Distrito Federal.
Volume
6 - Nesta sexta
parte, há diversas conversas de Cachoeira com um de seus principais assessores,
Gleyb Ferreira da Cruz, com quem fecha negócios. Há também citações aos nomes
do ex-diretor da Delta Cláudio Abreu e do vereador de Anápolis Wesley Silva, os
dois presos na Operação Saint-Michel.
Volume
7 - Nesta sétima
parte do relatório, a PF descreve a influência de Carlos Cachoeira no governo
de Marconi Perillo, em Goiás, e fala até da tentativa de entrega de dinheiro no
Palácio das Esmeraldas. O Detran de Goiás seria da cota de Cachoeira, segundo a
PF.
Foto: Divulgação
Sexta – feira 27/4/2012
às 17:41
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