Carolina Pimentel =
Os acidentes com vítimas e as mortes nas rodovias federais caíram,
respectivamente, 10% e 6% por dia durante o feriado da Páscoa, segundo balanço
nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado hoje (9/4). A média
diária foi de 22,5 acidentes fatais e 29,5 mortos.
Em quatro dias, foram registrados 90 acidentes fatais, ante 125 na
Operação Semana Santa de 2011, que teve cinco dias de duração, porque a
comemoração do feriado de Tiradentes coincidiu com a Semana Santa.. O número de
mortos chegou a 117, contra 155. Os acidentes reduziram também de 3.518, em
2011, para 2.569 este ano, assim como os feridos, que passaram de 2.223 para
1.524.
Apesar da queda dos números, a imprudência é a causa de mais de 90% dos
acidentes. De acordo com o balanço da PRF, 33% das mortes decorreram de colisão
frontal de veículos, depois aparecem os atropelamentos, com 13%. Das 33.267
multas aplicadas nesse período, 6.262 foram por ultrapassagens indevidas.
Para o porta-voz da PRF, Fabiano Moreno, o desejo de chegar com rapidez
ao destino ainda estimula manobras arriscadas nas estradas do país. “Nunca se
falou tanto em trânsito no Brasil como se tem falado nos últimos anos. Isso
gera uma consciência no motorista. Ainda não há uma mudança de comportamento,
mas já se vislumbra uma mudança de hábito”, disse.
“Às vezes, para ganhar
poucos minutos, o motorista faz uma ultrapassagem em um local proibido”.
Minas Gerais, estado com a maior malha de rodovias federais, lidera o ranking
de acidentes (349), feridos (262) e mortes (19). Em segundo lugar, aparece o
Paraná, seguido por Santa Catarina.
Durante a Operação Semana Santa, foram feitos 14.233 testes de
bafômetro, equivalente a um a cada 24 segundos. Do total, 581 motoristas foram
reprovados, sendo 231 presos em flagrante por dirigir embriagados.
No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o
bafômetro e o exame de sangue são as únicas provas de embriaguez ao volante,
criando uma polêmica, já que o motorista pode se recusar a fazer os testes.
O governo federal defende mudanças na Lei Seca pelo Congresso Nacional,
entre elas, retirar da legislação a dosagem de álcool que caracteriza crime,
permitindo que uma pessoa com sinas visíveis de embriaguez possa ser condenada,
além do uso de depoimentos de testemunhas como provas do crime.
Segunda –
feira 09/04/2012 – 17:15h
Postado pelo
Editor
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