Ruas
sem apoiadores, bandeiras, caminhadas de candidatos e pouca distribuição de
santinhos. Esse é o cenário do início das eleições nos municípios do Entorno.
Tradicionalmente, em ano eleitoral, o mês de outubro é a fase final das
campanhas e quando ocorre o primeiro e segundo turno nas eleições. Porém, em
tempos de pandemia, o que se vê é bem diferente. O primeiro motivo é a decisão
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de adiar o pleito. As datas iniciais, de 4
e 25 de outubro, foram substituídas por 15 e 29 de novembro.
Outro
fator é que as normas restritivas por causa do novo coronavírus ainda impedem
grandes aglomerações. É fato que alguns candidatos desrespeitam os protocolos
de segurança, discursam sem máscara e cumprimentam eleitores como se não houvesse
pandemia, como noticiou o Correio logo no primeiro dia de campanha. Mas, nas
cidades percorridas pela reportagem, o que se viu foram tímidas manifestações
de apoio a candidatos com adesivos em carros e quase nenhuma distribuição dos
chamados “santinhos”.
Em
Águas Lindas, a baixa movimentação causa até certo estranhamento entre os
moradores. Há, ainda, quem não saiba que a campanha eleitoral começou. Outros,
no entanto, já simpatizam com alguns candidatos. É o caso da vendedora Simone
Pereira, 37 anos. Ela conta que, por causa da pandemia, a propaganda está bem
menor do que de costume. “Estou vendo pouco movimento de campanha. Com a
pandemia, o movimento está bem abaixo do normal, está muito parado. Vi poucos
carros de som anunciando candidatos. Vi poucas pessoas entregando santinhos,
bem menos distribuição do que na eleição passada. Apenas um candidato passou
por aqui”, diz.
Já
Marlene de Souza, de 43 anos, está desempregada e mora no município há pelo
menos duas décadas. Ela revela não ainda conhecer os candidatos e também
atribui à pandemia o fraco movimento de comícios. Marlene afirma, no entanto,
que não acredita mais no poder do voto como ferramenta para melhorar a
sociedade. “Os políticos que estão nos cargos atualmente não fizeram nada para
melhorar isso. Nem adianta votar”, desabafa.
Promessas:
Dr.
Lucas da Santa Mônica (Podemos 19), médico, 39 anos
»
Promete modernizar equipamentos e realizar marcação de consultas on-line;
adquirir UTI móvel; criar uma maternidade, um centro de fisioterapia e
reabilitação e um centro odontológico
Hamilton
Borges (PSL), pastor, 48 anos
»
Fala em treinar o servidor público para tratar bem o cidadão. Afirma que vai ao
hospital pessoalmente, mesmo que de madrugada, fiscalizar o trabalho dos
médicos contratados pelo município
Mandata
Coletiva (PSol), candidatura coletiva de mulheres
»
Propõe atuar junto ao governo estadual para que o Hospital Regional (Hugo 9)
possa ser concluído e inaugurado; ativar a UPA no bairro Mansões Odisséia;
criar uma maternidade
Subtenente
Castro (PRTB), policial militar, 55 anos
»
Promete atuar para concluir as obras do Hugo 9 e passar a gestão para o governo
federal; melhorar equipamentos e condições de trabalho do hospital municipal
Bom Jesus
Tenente
Rajão (Patriota), bombeiro militar, 44 anos
»
Propõe a criação de uma maternidade; UBSs com horário estendido, funcionando
não apenas em horário administrativo; e passar o hospital em obras há 15 anos
para uma PPP
Túllio
(DEM), servidor público federal, 51 anos
»
Promete entregar o hospital regional em obras há pelo menos 15 anos; aprimorar
UPAs para atender a casos de maior complexidade; ampliar a Saúde básica e a
assistência farmacêutica
(Com
O Correio Brasiliense)
Domingo,
11 de outubro, 2020 ás 18:00
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