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23 de junho de 2022

EVANGÉLICOS SE DESCOLAM DE MILTON RIBEIRO E SEGUEM NA DEFESA DO CHEFE

 

A bancada evangélica quer passar o pano na prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana, e dos pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos, da Assembleia de Deus Cristo Para Todos. Aliada de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro, a Frente Parlamentar Evangélica admite o desgaste que o escândalo traz para a campanha à reeleição. Seus integrantes se dizem “constrangidos” com o caso protagonizado por evangélicos, mas pretendem manter o apoio a Bolsonaro e ajudar na reação do Palácio do Planalto, temerosos com a repercussão negativa entre os fiéis.

 

O escândalo do gabinete paralelo operado por pastores sem cargo no Ministério da Educação, revelado pelo Estadão em março, agora ganhou a chancela oficial da Polícia Federal (PF), que citou suspeitas de que os alvos tenham cometido quatro crimes: corrupção passiva, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa.

 

O ex-ministro ingressou no governo com articulação do hoje ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça, segundo deputados que tiveram outros indicados preteridos. Logo ao perder o cargo, Ribeiro recebeu socorro em público da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. “Deus vai provar que ele é uma pessoa honesta”, afirmou Michelle.

 

Apesar do escândalo, Bolsonaro manteve a programação de participar no sábado da Marcha Para Jesus, em Balneário Camboriú (SC).

 

O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), diz que o escândalo não vai afetar a adesão a Bolsonaro no segmento, embora o presidente tenha perdido densidade antes quando foi acusado de interferir na PF pelo ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.

 

Diante do cenário adverso, o pastor Marco Feliciano (PL-SP) foi um dos primeiros a reconhecer que a prisão do ministro e dos pastores-lobistas causa “profundo constrangimento” na comunidade protestante, em especial nas Assembleias de Deus, ramo do qual ele faz parte. “É um dia muito triste para a igreja evangélica de vertente pentecostal”, disse Feliciano.

 

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, lembrou que cobrou “investigação total” do caso, em março. Na ocasião, ele disse que os líderes das igrejas não “tomariam lama” por causa de dois religiosos e, apesar de ter preservado o ministro num primeiro momento, passou a pedir a demissão com a revelação de que ela estampara a própria imagem em bíblias, que teriam sido compradas como forma de propina.

 

Os evangélicos também deram o tom de comparação com escândalos de corrupção em governos do PT, estratégia que o comitê bolsonarista quer emplacar para evitar uma sangria maior. Para eles, não há base para comparação com casos como mensalão e petrolão.

 

Procurado pelo Estadão, o deputado João Campos (Republicanos-GO), que era aliado dos pastores e foi um dos que abriu portas no governo a eles, inclusive com reuniões no Palácio do Planalto, não quis se manifestar.

(Com informações do Estadão)

Quinta-feira, 23 de junho 2022 às 14:43

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