Um dos nove ministros a ficar no cargo após Dilma
Rousseff assumir a Presidência, Nelson Jobim deixa o Ministério da Defesa
depois de quatro anos de gestão. Convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva para substituir o então ministro Waldir Pires, Jobim aceitou, em julho
de 2007, o desafio de controlar a crise aérea instalada nos aeroportos
brasileiros.
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal
(2004-2006) e ministro da Justiça do presidente Fernando Henrique Cardoso
(1995-1997), Jobim assumiu cobrando pontualidade e segurança das empresas
aéreas. Também promoveu mudanças nas direções da Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), então alvos de denúncias de ineficiência e corrupção.
Graças a isso, Jobim conseguiu atenuar os problemas
no setor aéreo. No entanto, as propostas de construção de um novo aeroporto em
São Paulo e o estímulo à maior concorrência na atividade não se concretizaram.
Na área militar, Jobim ganhou prestígio com os
comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Junto com o ex-ministro
da Secretaria de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger, Jobim elaborou
a Estratégia Nacional de Defesa. Aprovada em dezembro de 2008 na forma de
decreto presidencial, o plano estabelece ações de médio e longo prazo com o
objetivo de modernizar a estrutura nacional de defesa por meio da reorganização
das Forças Armadas, da restruturação da indústria nacional de material de
defesa e de uma nova filosofia de emprego das Forças Armadas.
A iniciativa sofreu forte impacto devido ao corte
no orçamento de 2011. O contingenciamento de mais de R$ 4 bi (26,5% do
orçamento do ministério) comprometeu o reaparelhamento das Forças Armadas. (EBC)
Quinta – feira 04/08/2011 – 18h:05
Postado pelo Editor
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