Demóstenes: “O governo estacionou de vez, em meio às denúncias no
Ministério dos Transportes”
Infraestrutura – Senador aponta demissões por denúncias de
irregularidades como um dos entraves para o andamento de obras importantes para
o País
Voz ativa da oposição, de visão atenta, mas posicionamento imparcial
quando o assunto é a administração pública, o senador Demóstenes Torres lamenta
que o governo da presidente Dilma Rousseff está “patinando”. Afinal, lembra,
Dilma gastou seus primeiros sete meses de mandato para arrumar a casa,
dominada, até agora, por denúncias de corrupção, que já derrubou mais de 20
servidores do Dnit, além dos ministros Alfredo Nascimento, dos Transportes, e
Antonio Palloci, da Casa Civil.
Para Demóstenes, a inércia do governo não se justifica, visto que a
presidente também fazia parte ativa, em vários cargos no governo, entre eles, o
mais influente, que é a chefia da Casa Civil. “É a repetição de um governo que
se manteve oito anos no poder”, ressalta, ao cobrar, além das demissões a
devolução do dinheiro desviado, bem como a punição dos responsáveis, inclusive,
com cadeia.
O senador lembra que, antes de ser presidente, a então ministra-chefe da
Casa Civil foi batizada de Mãe do PAC, anunciado como acelerador de
crescimento, mas que acabou revelando-se ineficiente até o momento. “Não havia
sido feita metade da primeira etapa, lançou-se a segunda e estacionou de vez,
em meio às denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes”, lembra
o senador.
Resposta à sociedade
Agora, lembra Demóstenes, envolvida quase que unicamente na tarefa de
dar uma resposta à sociedade, após as malfeitorias dos seus designados, o
governo corre o risco de se ver engessado indefinidamente. Enquanto isso,
observa, ferrovias, rodovias, portos e aeroportos estão aos cacos, mas o
governo se mostra rápido ao rever contratos, sustar pagamentos, exonerar
servidores. “Ou seja, constrói mal, gasta mal e nomeia mal.”
Ao ressaltar a importância para o País de ter no cargo maior uma mulher,
Demóstenes lembra que a própria presidente se auto-intitulou “babá” e
“faxineira” do país, exatamente por deixar de gastar todo seu tempo e
competência no governo para cuidar de “tapar” buracos deixados pela trupe da
corrupção.
“O País está precisando mesmo é que ela seja presidente”, cobra
Demóstenes. No entanto, ressalta que se for mantido o ritmo de um grande
escândalo a cada quinzena, Dilma Rousseff vai continuar gastando semanas na fritura
dos envolvidos e meses na “faxina” das repartições. “E quando vai começar a
governar?”, questiona.
Edição: Carlos Mossoró
Imagem para divulgação
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