Divulgada
na quarta-feira (21/02) pela primeira vez pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD) contínua 2016: acesso à internet e a televisão e posse de telefone móvel
celular para uso pessoal confirma o que foi sinalizado por outros estudos do
órgão. O acesso à internet, a substituição de TVs de tubo e a posse de celular
são tendências crescentes no país. A pesquisa abrangeu 211.344 domicílios
particulares permanentes em 3,5 mil municípios.
Realizada
no último trimestre de 2016, a sondagem apurou que - de 69,3 milhões de
domicílios particulares permanentes no Brasil - apenas 2,8%, ou 1,9 milhão, não
tinham televisão, com destaque para o Norte do país, onde o percentual é o mais
elevado (6,3%).
Por
outro lado, no total de 67,373 milhões de domicílios com televisão no Brasil,
existiam 102.633 milhões de televisões. E 63,4% eram de tela fina e 36,6% de
tubo, com o primeiro tipo em 66,8% dos domicílios e o segundo, em 46,2%.
Os
maiores percentuais foram encontrados para televisão de tela fina nas regiões
Sudeste (73,8%), Sul (71,1%) e Centro-Oeste (69,1%). No Nordeste, os
percentuais ficaram equiparados: 54,2% dos domicílios tinham TV de tela fina e
54,3%, televisores de tubo.
Computador atinge 45,3% dos domicílios
permanentes
O
estudo do IBGE constatou a existência de microcomputadores em 45,3% dos
domicílios particulares permanentes e somente 15,1% com tablet, o que equivale
a um terço dos primeiros. “Mas comparando as regiões Norte/Nordeste com
Sul/Sudeste, são patamares bastante diferentes”, observou Maria Lúcia.
No
Sul/Sudeste, 53,5% e 54,2% dos domicílios, respectivamente, tinham
computadores, enquanto no Norte e no Nordeste esses números não chegavam a 30%.
“Também tem a ver com a questão do preço do equipamento mais caro”, completou.
Em
termos de telefones nas casas, a pesquisa revelou que alcançava 33,6% o total
de domicílios com telefone fixo convencional em 2016. Esse número sobe para
92,6% quando se trata de telefone móvel celular. A pesquisadora destacou que o
acesso à internet, em todas as regiões, era feito por meio do celular.
“Mais
de 90% das pessoas que acessam a internet usam o celular. E é maior a questão
do acesso por celular no Norte (98,8%) e Nordeste (97,8%), porque é onde não
tem o microcomputador”.
Quando
se analisa a finalidade de utilização do celular para acessar a internet,
verifica-se que o principal motivo citado pelas pessoas foi para enviar
mensagens de texto e vídeo por aplicativos diferentes de e-mail, totalizando
94,2%. Em seguida, com 76,4%, vem a finalidade de assistir a vídeos, inclusive
programas, séries e filmes. Para isso, contribuem alguns fatores, como a
portabilidade, isto é, a pessoa carrega o celular com ela, além da praticidade
de dar respostas rapidamente.
Mensagens de texto por celular
No
conjunto de 179,424 milhões de pessoas de dez anos de idade ou mais no Brasil,
64,7% usaram a internet nos três últimos meses que antecederam ao levantamento
no domicílio, sendo 65,5% mulheres e 63,8% homens. “Quase todo mundo que
utiliza o celular para acessar a internet o faz para enviar e receber mensagens
de texto”.
A
parte da população que dispunha de celular para uso pessoal com acesso à
internet foi mais elevada no contingente ocupado (83,2%) do que no não ocupado
(71,1%). O mesmo ocorreu em relação ao nível de instrução. No grupo sem
escolaridade, o indicador situou-se em 43,6%. Já no grupo com ensino superior
completo, alcançou 97,5%.
“As
atividades que estão mais relacionadas com estudo, com pesquisa, com maior
escolaridade são os grupamentos com maior percentual de pessoas que acessavam a
internet”, disse.
Para
o Brasil, os dois motivos mais citados para a não utilização da internet foram
não saber usar (37,8%) e falta de interesse em acessar (37,6%). Nas regiões
Sudeste e Sul, que têm estrutura etária mais envelhecida, a principal razão
alegada foi a falta de interesse, superior a 40%.
Já
nas regiões Norte e Nordeste, com população mais jovem e que acessa mais a
internet, o motivo principal alegado foi não saber usar a rede, correspondendo
a 33,7% e 40%, respectivamente. No Nordeste, a explicação é que o serviço de
acesso à internet é caro (16%). “A questão do preço parece ter um efeito
negativo para a região”, afirmou Maria Lúcia.
Em
todo o país, no período pesquisado, 41,104 milhões de brasileiros não tinham
telefone móvel celular para uso pessoal, o equivalente a 22,9% da população com
dez anos ou mais. As justificativas apresentadas, como aparelho telefônico caro
(25,9%), falta de interesse em ter celular (22,1%), usar o aparelho de outra
pessoa (20,6%) e não saber usar o telefone móvel celular (19,6%) somaram 88,2%,
segundo o IBGE. (ABr)
Quarta-feira,
21 de fevereiro, 2018 ás 10hs00
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